Casarão imenso que deve ser do início do século XX, em estilo neoclássico, com tudo o que se tinha de direito relativo à enfeites à venda nas casas de materiais de construção da época, ou importados da gringa pra dar um realce.
E haja adereços aplicados para enriquecer, dar pompa ao casarão enorme. Confeita aqui, confeita ali e o casarão incha e enche os olhos do passante.
Formidável! Disseram muitos.
Não gosto desse casarão, é tão mal aproveitado que se torna mais feio do que é. Talvez se tivesse uma outra serventia ficasse mais simpático. Mas deixa pra lá, ninguém sabe como ele ainda está de pé! Sinistros já ocorreram e ele se safou.
Tem uma parte que parece estar oca. Aliás, Salvador é a cidade das casas ocas. Possuem fachada e por trás nada. Aliás, vê-se o céu azul...Um amor! Um encanto de paisagem por trás do descaso e abandono do patrimônio.
Xá pra lá!
A fachada neoclássica é semelhante, nos adornos, com o frontão da Igreja da Vitória. Aliás, este foi um dos motivos que me levaram a fotografar o casarão. Comparar.
Este paredão que se ergue e se sobressai na fachada do casarão era um tipo de decoração padrão usado em muitas edificações da época. Aqui no casarão, ele tem um medalhão no centro e um vaso ou uma flor-de-lis na parte de cima. Na fachada da Igreja da Vitória, tem o mesmo paredão com um nicho no centro e uma cruz, na parte alta, arrematando.
Prefiro a antiga igreja da Vitória em estilo barroco que foi totalmente coberta por uma outra fachada neoclássica no início do séc. XIX.
Acho que na época deveriam achar a igreja pobrezinha, singela, brejeira demais. Queriam pompa!!! Luxo!!!
Então, modificaram e confeitaram à Dolores Botafogo.
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