sábado, 30 de setembro de 2017

Casa Santa Rita . Salvador


Em um livro velho este carimbo da casa Santa Rita que nunca ouvi falar. Devia ser uma casa muito sortida, já que vendia até livros.

Monumento a Glauber Rocha . Salvador


Trabalhei durante mais de 10 anos em um local em que eu tinha que passar em frente a um monumento em homenagem ao cineasta baiano Glauber Rocha. Fiquei 3 anos trabalhando em outro lugar e deixei de passar por lá, agora, voltei a ter o mesmo itinerário e tomei um susto com que os meus olhinhos viram. 
O monumento fica numa pequena rotatória na Av. Heitor Dias, perto da entrada dos Dois Leões, perto da entrada para o bairro da Baixa de Quintas e se compunha de uma base - a única coisa que resta - de cimento coberta por granito em cima da qual ficava uma cabeça esculpida em bronze do diretor de cinema. Pregada à base ficava uma placa também em bronze com o nome de Glauber Rocha em destaque e o nome do prefeito ou governador da época em que foi inaugurado o monumento. Em volta, como dá para ver nas fotos que fiz de dentro de um táxi à noite há uns dois meses, um gradil e um canteiro circular de terra com grama.
Cheguei a ver este monumento perfeito, intacto e conservado. Um dia, passei e não vi a cabeça de Glauber!! Arrancaram, roubaram. Depois, tiraram a placa e o granito foi arrancado aos pouquinhos, um a um e, hoje, só resta do monumento a base crua em cimento. O gradil permanece, porém com parte faltando, aliás não sei como ele ainda está lá, deve estar muito bem fincado ao chão e resistiu à sanha dos ladrões.
Sempre achei estranho aquele monumento a Glauber naquele lugar, não entendo, não sei o porquê da escolha de local tão inadequado. Sei que Glauber morou nos Barris, poderiam colocar o monumento lá ou pela região do Campo Grande e Canela, dois bairros onde Glauber circulou quando jovem, pois estudou na Escola de Teatro da Ufba.
Voltando: aqui em Salvador o vandalismo impera, os habitantes noturnos fazem horrores, roubam tudo, tudo o que seja de metal para vender em qualquer ferro velho e descolarem uma grana. A cidade está toda assim e a todo momento aparece uma parte faltante em um monumento qualquer.
A cabeça de Glauber foi parar em um ferro velho e talvez já esteja derretida. Reciclada... 
Acho que se ele estivesse vivo daria boas risadas do destino da sua cabeça e da tristeza que virou o seu monumento acéfalo.
Coisas do Bra



Josephina Jordan e Mirtia Gallotti


Foto de 1985, coluna de Hildegard Angel, O Globo.






São Miguel Arcanjo . Santinho de 1942 . Oração e Jaculatória


 Santinho de uma festa em Mar Grande, Itaparica
Imaginemos como seriam as festas na antiga localidade, pomposas, evidentemente, como atesta a confecção do lindo santinho. Esperemos que a festa do Sagrado Coração de Jesus esteja ainda bem forte por lá e marcada por São Miguel Arcanjo a quem, nesses dias tenebrosos, devemos todos os dias recorrer.


 E vamos à jaculatória de São Miguel.
Adoro uma jaculatória!
 Ao sair de casa não há nada melhor!




O santinho - mínimo-  tem dois cortezinhos...será que era passada uma fitinha em cada lado e dava-se um lacinho mimoso? Acho que sim.
As beatas prendadas de Mar Grande davam a nota!
E eu dou a minha.


quarta-feira, 27 de setembro de 2017

São Cosme e São Damião . Bondosos Santos






27 de setembro dia de São Cosme e São Damião devoção baiana antiga, os santos mais queridos e populares do nosso Estado da Bahia. Missas e carurus, todos pagando suas promessas e agradecendo as graças recebidas. Hoje a devoção está bem menor, carurus menores, não mais aqueles em open house de antigamente de 300 mil quiabos e quando a gente escolhia em qual caruru ir.
Mas estamos aí e os santos Cosme e Damião estão no imaginário baiano e sempre presente, haja o que houver. E tem havido tantas coisas...
Essas imagens dos santos é uma pequena coleção que fui fazendo aos poucos, ganhando de presente algumas imagens, outras comprei - não se compra santo, troca-se! - e, hoje, tenho este pequeno exército a me defender dentro de minha casa e na rua e dando saúde a mim e aos meus.
Viva São Cosme e São Damião
Abaixo fotos de hoje do Jornal A Tarde da Igreja de São Cosme e Damião que fica no bairro da Liberdade.










segunda-feira, 25 de setembro de 2017

domingo, 24 de setembro de 2017

Carmen Mayrink Veiga . Lançamento da Revista Vogue Carmen . 1997


Coluna de Danuza no Jornal do Brasil, texto ótimo, hilário, espirituoso, uma delícia ler a coluna de girafinha
Ela escrevia tão bem que, acabou escritora e autora de vendagem imensa. O Na Sala com Danuza foi parar em todas as salas do Brasil elegante, classe média, média, baixa, enfim toda a pirâmide social adquiriu o "manual" de Danuza Leão. Quem resistiu àquele texto??? Marcou época. Eu adorei! 
Depois vieram muitos outros, todos ótimos, leves, delícias de ler, crônicas do JB, crônicas da Folha de São Paulo. E livros e livros e livros a man cheia. E ela poderia lançar outros tantos, se quisesse. Lança, Danuza!
Aqui, Danuza ainda estava no Jornal do Brasil, coluna de março de 1997. Ler as notinhas do "salto agulha" é viajar, hoje, por um passado tão perto que, no entanto, e muito de repente ficou para trás. O Rio e o Brasil mudou muito. Balas e tiroteio não combinam com saltos agulhas, então é melhor ficar em casa a ir a qualquer lançamento. Paranoia ou mistificação? 
Verdade.
A Vogue Carmen Mayrink Veiga foi um sucesso, comprei logo a revista que tenho até hoje guardadinha.
Para os admiradores de Carmen, a bela brasileira, estas notinhas dos meus guardados.




Ui! Que mulher é esta?????? Brasileira?????
-É.
-Pois é.



Coluna de Fred Suter, 23 de março de 1997, Jornal O Dia. Nas fotos Carmen com Gilda Sarmanho que era uma mulher elegantíssima, Celinha Valadão e Consuelo Pereira de Almeida. As três viviam sempre nas colunas sociais da época, mas, nunca mais ouvi falar delas, sumiram, foram-se, para onde não sei.
Vera Loyola continua no Rio e sempre aparece.
Este post é um registro - para variar - de a quantas andavam as colunáveis, as elegantes, as que frequentavam no Rio de Janeiro, infelizmente e outrora elegante e que, no lançamento da Vogue/Carmen, foram todas elas em revoada.


A bela Carmen!

Freira


Pequena ilustração em um dicionário de inglês. 
É freira tô dentro!

sábado, 23 de setembro de 2017

Um Velho Bowl . Uma Velha Tigela


Tigela de cerâmica da antiga Fábrica Santo Eugênio de São José dos Campos, São Paulo
A tigela está "bem sambada", mas, mesmo assim comprei, coloquei de molho durante dias, lavei em águas mil e pretendo usar! Como me dizia uma velha tia avó, "água só não lava a língua". Então...
Eu adorei o tom da tigela, um azul claro e leitoso e com umas manchas tipo um marmoreado. Nova, ela deveria ser muito bonita, mas como gosto de coisas velhas e com suas marcas do tempo, repito: água só não lava a língua!
Futuros pães e bolos e etc. farei no meu bowl Santo Eugênio.
Anos 50, 60? De que período será? 
Os dados da Fábrica Santo Eugênio - localização - fui pescar no ótimo site de Fábio Carvalho, o Porcelana Brasil, mas este modelo não vi por lá.

 2 x. de ft. ovos. leite. manteiga. mistura tudo
 e bate-se em um elegante bowl antigo. a receita ficará mais saborosa. a petizada irá amar...
e é por isso que eu digo, meus amigos, bowls só da Santo Eugênio!

Ilustrações de Poty para o Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa de Aurelio Buarque de Hollanda Ferreira

 Uma vez achei este dicionário de Aurelio para comprar e deixei pra lá. Me arrependi porque fiquei me lembrando das ilustrações de Poty que não me saíram da cabeça. Mas, como ando muito por aí nos sebos e brechós de meu deus, achei hoje pela manhã e a preço de apenas uma banana, o tal dicionário da Editora Civilização Brasileira, de 1967 e 11 edição
As pedras rolam, as pedras se encontram e sempre há uma surpresa para mim quando entro em um lugar de despojos. Aproveito-me deles, meu lado traça, não daninho, evidentemente, muito bonzinho, aliás,  pois compartilho o meu penoso trabalho de escanear - traça laboriosa - para que todos que fuçam o meu blog possam, no mínimo, se distrair.
Bem, Poty Lazzarotto foi um artista plástico brasileiro, curitibano, de obra vastíssima e variada, e que me lembro muito de seus trabalhos em  ilustrações para livros de Jorge Amado, de muitos outros autores  e das obras editadas pelas Edições de Ouro - já coloquei aqui as ilustrações para Diva de José de Alencar. As Edições de Ouro publicava livros de bolso que eu comprava loucamente para ler quando adolescente. Eles publicavam tudo que havia de literatura, todos os autores. E eu, traça leitora, fiz à festa na época.
Sobre Poty, o Google está cheio de informações e de imagens, mas as ilustrações deste dicionário não estão dando sopa por lá. Portanto, façam à festa!
Acho que Poty deve ter adorado ter recebido esta encomenda de fazer as introduções ilustradas para os verbetes do dicionário mais popular e mais conceituado do Brasil. Além de descolar uma grana, ele deu vazão e tratos à bola criando imagens que coubesse para o dicionário. E são desenhos lindos, todos lindos, mas alguns são deslumbrantes. As ilustrações para as  letras K e Y são soberbos! E por aí vai...
Em cada abertura de página vários desenhos dos mais simples aos mais sofisticados.
Uma boa viagem pelo ABC de Poty.








































"tataluga" marca de quem manuseou o dicionário.