quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Santa Cecília

O dia 22 de Novembro passou e eu não postei esse santinho de Santa Cecília marcando a data. Ano passado postei um santinho lindo dela, de 1919, este, deve ser por aí também. 
Os antigos santinhos eram lindos, estampas super bem feitas e as santas e os santos super elegantes em seus trajes e atributos chiquérrimos. Santa Cecília aqui nesta estampa está linda num vestido/túnica em verde e lilás, manga boca de sino amarela, e nas orlas muito bordado. Arrematando o decote um broche. Um esplendor. Na mão esquerda segura o seu instrumento, um pequeno órgão. E a música, muita música, há música no ar!!!
22 de Novembro era o dia do aniversário de minha avó paterna que eu amava. Calma. Calada, triste, mas não amarga, silenciosa. Viveu suavemente. Como uma música suave.

domingo, 24 de novembro de 2019

A Bahia em duas Receitas de Bolos de Isaura Bruno - Mamãe Dolores



O "pulo do gato", o êxito da receita deve ser a vasilha vidrada...kkk e me lembrei das vasilhas, panelas, alguidares e caxixis - pequenos objetos e também as panelinhas para as crianças brincarem de "cozinhado" e que se vendiam e vende ainda na feira de São Joaquim. Eram todos vidrados. Existem as vasilhas que não são vidradas, no barro puro, mas, essas, não deveriam servir para fazer o bolo baiano. Deviam solar!
Esse detalhe da vasilha ter de ser vidrada é o máximo nessa receita de Isaura Bruno. Imaginar que as antigas donas de casas tinham em seus acervos de cozinha vários tipos de vasilhas. Hoje, grande parte das donas de casa, compram bolo na loja mais próxima. Falta de tempo. Praticidade. Desgosto doméstico.



"Isto é velho do tempo em que já se escrevia Bahia com H". Então essa receita do Bolo Baía é velhíssima!! A Bahia ainda se escrevia com I.
Êxito, amigos e amigas e vamos bater bolos em vasilhas vidradas ou não, com H, ou com I, sem H, o segredo é a paciência. Haja!

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Genaro de Carvalho

Uma tela de Genaro de Carvalho, artista baiano que eu amo e mais conhecido por suas tapeçarias.
A foto eu fiz em uma recente exposição retrospectiva do artista, que já estava demorando de acontecer.
A mulher retratada é a linda Nair de Carvalho, viúva de Genaro e, a tela, com gatos, eu amei mais ainda.

domingo, 17 de novembro de 2019

Três Receitas de Bolos de Natal de Isaura Bruno - Mamãe Dolores



Uma senhora, leitora do blog, me pediu que colocasse aqui uma receita de um bolo de natal que ela fazia pelo livro de Isaura Bruno - Mamãe Dolores - mas se esqueceu da receita. No livro tem essas três receitas de bolos natalinos que estou postando agora. Portanto, deverá ser uma das três à por ela esquecida.
E... Feliz Natal!







sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Lupercília


Comprei esta fotografia em 2016/17 em um bazar, junto com ela estava um livrinho de orações que já postei aqui, o Nova Cartilha da Doutrina Cristã, que pertenceu a esta garotinha quando moça, datado de 1945. Quando vi a foto é claro que endoidei com a beleza da imagem que, até alguns dias quando escaneei e fotografei para postar aqui, julgava tratar-se de um menino, já que a roupa usada por ela e pelas crianças na época eram todas parecidas, tipo uma batinha que servia para ambos os sexos. O cabelinho curtinho, cortado rente ao casco parecia o de um menino, mas, era uma menina, que vir a saber ao retirar a foto da moldura e ler a dedicatória enviada a uma Mme. Hilda Lima por Lupercília, uma menininha por quem os pais escreveu assinando por ela.
 Lupercília deveria ser uma menina negra de família abastada, ou com certos recursos financeiros, pois para posar em um estúdio fotográfico como o Maffra daqui da Bahia, havia que ter grana. A foto é enviada a uma Madame, a família de Lupercília deveria ser bem relacionada. O traje da menina é muito bonito e rico, em rendas, o sapatinho de alça em verniz, ela está uma beleza, linda...emocionante a foto e pensar que, muitos anos depois a mesma e mais o livro de orações dela estivessem em um bazar para venda, quem sabe, num estágio antes de ir para o lixo se eu não os tivesse comprado. Eu me interesso por velharias, a maioria, não, talvez ninguém visse a beleza da foto, a humanidade da foto, a história da foto e todas as relações que me passa pela cabeça quando a olhei, quando olho ela. Lupercília foi uma menina privilegiada, já que a maioria negra do país não tinha condições de registrarem a imagem de seus filhos em um fotógrafo profissional. Esta imagem é, portanto, um registro importante, histórico sobre as famílias negras da Bahia do início do século XX e das famílias negras que ascenderam socialmente.
Fico intrigado com o corte do cabelo da menina que ficou parecendo um menino. Anularam o cabelo dela. Não sei se por "higiene" foi cortado assim, não sei se às meninas negras não era dado o prazer de ver seu cabelo crescer, se achavam feio o cabelo do negro...se desprovido de beleza, não merecia crescer...não sei se era moda ou costume da época esse corte. 
Hoje isso não acontece.
Me lembro de muitas meninas negras com o cabelo grande dividido ao meio e com duas trancinhas amarradas nas pontas uma à outra. Lupercília estava quase carequinha. Mas, que distinção, e que olhar e que porte!
Uma foto mágica esta.






sábado, 9 de novembro de 2019

Carmen Mayrink Veiga. 1961


Foto de Carmen Mayrink Veiga da coleção de revistas Manchete do amigo Paulo. Na capa, além de Carmen, Tereza Sousa Campos e Lourdes Catão, as eternas três mais elegantes da outrora altíssima sociedade carioca.
Puxei a brasa para minha sardinha, aliás, para o Antiguinho e destaco as imagens de Carmen que, em 1961, já era o colosso de sempre, mesmo que ao lado de Lourdes e de Tereza.
O fotógrafo Hélio Santos foi o autor das imagens.

Carmen Mayrink Veiga, A Colossal!!

domingo, 3 de novembro de 2019

Nossa Senhora das Candeias

É também chamada de Nossa Senhora da Lampadosa. Todas clareiam os nossos caminhos. 
Esta estampa remete a Nossa Senhora das Candeias padroeira da cidade do mesmo nome aqui da Bahia. A igreja fica no alto de um monte como o da estampa. Agora deve ser um monte revestido de construções mil.
Quando petiz estive lá, mas não lembro de quase nada. No Rio de Janeiro, ensaiei uma ida à Igreja da Lampadosa no centro, mas não fui...ai!, a violência urbana que reduz os nossos passeios e o direito de ir e vir a zero. Horror! Zoninhas de conforto prefiro, mesmo sem luz...mas, na próxima ida à Cidade Maravilhosa (?) irei visitar a igreja e ver a imagem da Luz, da Lampadosa. Rezar e pedir claridade. Depois, comprinhas caríssimas no Saara, Rua da Alfândega e adjacências.
Esta estampa é de um quadrinho, aqueles bem populares, antiguinhos que eu amo tanto...moldurinha vermelha, coberta por um plástico amareladíssimo. Separei para colocar um vidro legal e deixar a imagem bem visível. 
Nossa Senhora das Candeias merece.
Dia 1 foi Dia de Todos os Santos. Este ano venho de Candeias. De Lampadosa