quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Propaganda do Pó de Arroz Coty


Linda propaganda do pó de arroz da Coty. A caixinha acima eu tenho há um tempo, me deram, sem o pó de arroz...  A caixinha não mudou o desenho de punças macias a bailar e prontas para cair numa cútis.

Amo esses reclames antiguinhos, realmente eram de um encanto captivante. Esse da Coty está em um Anuário das Senhoras de 1936.

-Bem, são 19:20, preciso empoar-me!



 

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Rio de Janeiro e O Barquinho de Roberto Menescal


 E o Japão está comemorando os 60 anos da música O Barquinho de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. Menescal também está aniversariando fazendo 83 anos.

E o Brasil, nada. Homenagem, pra quê??? A nossa cultura musical, aliás toda ela, está passando batida...numa batida diferente e indiferente a tudo o que de melhor  representa o nosso povo.

"Dia de luz festa do sol e o barquinho a deslizar no macio azul do mar", nessa pegada alegre e sofisticada da nossa melhor música, a Bossa Nova - por causa dela o Brasil é conhecido no mundo todo - é que deveríamos estar a navegar.

Esse clichê miudinho do Rio de Janeiro, com a linda enseada da Praia de Botafogo, está em uma revista National Geographic de 1926.

E viva o Brasil. E salve o Japão que prestigia a nossa melhor música e parabéns ao Barquinho e a Roberto Menescal.



domingo, 25 de outubro de 2020

Uma Armadura Medieval


Fiquei sabendo outro dia pelo Facebook de um museu na Espanha de armaduras medievais, aquelas roupas de proteção que se usava nas lutas entre adversários nos campos da Europa, inimigos contra inimigos, aqueles que lutavam para impor alguma coisa, tomar um reino etc. Hoje não usamos armaduras, mas saímos todos com a intenção de estarmos blindados para os baixos astrais que sempre pintam no nosso cotidiano citadino.

Voltando. Folheando um livro de história do antigo ginásio, daqueles livros que compro pela rua justamente por causa dos desenhos e reproduções em clichês, encontrei a armadura que me lembrou do tal museu da Espanha. Não fui ao museu, mas sou letrado, tenho um livro de História!

As armaduras, tem aquelas articulações que apesar de servirem para os movimentos nas lutas deveriam ser uma tortura. Imagine o rapaz, o cavaleiro ao chegar em casa e tirar aquela roupa, que alívio ele não sentiria..."essa armadura está me matando!" E tinham umas coisas interessantes que eram uns "crochets" de ferro, umas malhas de ferro (cota de malha) que pareciam rendas com caimento perfeito, um chiquê. Paco Rabane deve ter se inspirado nas armaduras para as roupas futuristas que criou nos anos 60.

Eu nunca soube os nomes das partes que se compunha uma antiga armadura. Amei a cota de malha, a babeira, o coxote, a greva, a faldra. Adorei. Uma hora dessas a gente volta a usar armaduras...já estamos e entramos de sola na Idade Média...





A capa do livro História da Civilização de Joaquim Silva, edição de 1934.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Jane de Castro

 


Mais uma grande perda para o teatro brasileiro, para o entretenimento, para o show, para o glamour em cena, para a graça. Pelo talento como atriz e como cantora, pela figura linda que era Jane de Castro em todos os palcos em que atuou, seja no teatro, no cinema, e na TV, recente-se a arte brasileira com o seu falecimento.

Recentemente fiz uma postagem aqui sobre um show dirigido pela cantora Marlene em 1982 em que uma das estrelas era Jane de Castro, Bonecas com Tudo em Cima. E Jane de Castro sempre esteve por cima e no primeiro time dos grandes atores transformistas do Brasil.

A noite está mais triste sem uma de suas estrelas de muito, muito brilho.

A bela foto de Jane de Castro é do Google.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Propaganda da Golden State . 1926


Num tempo em que as viagens de avião ainda não eram, ou não tinham ainda se desenvolvido o bastante para rodar o globo, a viagem de navio e os cruzeiros marítimos era o que havia de melhor para se locomover, um transporte luxuoso que oferecia conforto e segurança aos seletos, ricos e snobs viajantes.

Este este anúncio da Golden State que oferecia os seus navios aos passageiros de altas posses é, como os dois outros que postei aqui seguidamente, um luxo só. Todos os três são de 1926, e todos da revista National Geographic de minha pequena coleção e escaneados por euzinho. Esses reclames eram elaborados pelo Departamento de Arte da revista que tinha em seu quadro desenhistas, ilustradores e artistas gráficos de altíssima qualidade profissional e que jogavam duríssimo nas ilustrações dos reclames para vender o peixe aos ricaços envolvendo-os com um trabalho de alto nível.

Este desenho de uma passageira adentrando o navio com uma simples bolsinha na mão e um carregador - coitado - logo atrás se esfalfando com o peso das canastras da madame. O desenho é lindo, mas mostra bem a eterna divisão de classes e os trabalhos subalternos sempre desempenhados pelos negros. Mas, ele, o carregador, está chiquérrimo também em seu uniforme e de quepe na cabeça. Atrás um homem e seu chapéu. Bem mais atrás, outra silhueta masculina. Tudo em cinza. E a elegante em primeiro plano, passa, alegre, leve e satisfeita. 

Sim, mas a divisão de classes estava presente entre os passageiros que viajavam nesses navios de luxo também. Havia a primeira classe que era a podre de chique, a segunda, a terceira e... o porão!

Precisava tudo ser tão chique? Estava-se em 1926, do século XX.

Superfine.



 

domingo, 18 de outubro de 2020

Propaganda do Packard 1926


Precisava ser tão chique, refinado e de bom gosto este reclame do Packard??? E essa gente tão elegante e snob no camarote de um teatro...eles chegaram e foram embora a bordo do Packard!

Criadas pelo Departamento de Artes da National Graphic - esta aqui é de 1926 - as propagandas eram um luxo, luxo o produto, no caso o Packard, e luxuosa a forma de divulgá-lo a grupo tão seleto, como o que está no desenho assignado que ilustra a bela peça publicitária tão própria de uma época que... acabou.

Ficaram as revistas antigas amarelecidas a lembrarem daquele tempo, ficou minha pequena coleção à qual recorro quando quero viajar, espairecer olhando essas propagandas e as ilustrações que eu amo de paixão, ir para época menos terrível - talvez -, a fugir - será que consigo?- da realidade tenebrosa deste século XXI.

Folheio uma revista. Fico na torrinha dos teatros. Na última fila.

E viajo sem Packard.



 

Propaganda de Radiola RCA


Precisava ser tão chique os antigos reclames ? Mas, eram! Antes da entrada definitiva das fotografias substituindo as ilustrações nos anúncios e propagandas, as revistas, ou mantinham artistas ilustradores sensacionais nos seus Departamentos de Arte, ou reproduziam pinturas de época assignadas, como esta aqui.

Era tudo muito chique e nem faz muito tempo...esse lindo reclame é de 1926 e está em uma National Geographic. É para ver e sonhar e constatar que a vida já foi muito chique e há muito pouco tempo...não foi nada tão remoto não, é século XX, do qual, ainda estamos vivendo todos os prazeres e dores que chegaram ao século vigente o XXI, que mais parece ser o final dos tempos, o século conclusivo da nossa civilização.



 

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Trajes Típicos, Trajes de Época


Em uma revista Seleções de 1953, uma página com esses desenhos de vários povos e os trajes, antigos e modernos, próprios das suas culturas e épocas. Um paletot dos século XX já está ali marcando a roupa do homem das cidades.

Ótimos desenhos feitos pelo departamento de artes da Reader's Digest.



 

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Museu Afro-Brasileiro . Salvador . Bahia


Foto em uma Manchete de janeiro de 1982. A Bahia nessa época fervilhando culturalmente e mais rica com a inauguração desse museu Afro Brasileiro que é uma maravilha, e possui um acervo sensacional. Aliás, estou precisando voltar lá para rever as belezas guardadas lá.

Abaixo, uma foto de Nara Gentil que saiu recentemente no Correio da Bahia de 3 de setembro de 2020. Amei essa foto que me surgiu bem a calhar no momento de fazer esta postagem. O Museu Afro Brasileiro está abrigado em um dos salões da antiga Faculdade de Direito de Salvador, no Terreiro de Jesus. O edifício é o que está atrás da árvore grande que, também, é uma das belezas do Largo do Terreiro.


 Abaixo, o Terreiro de Jesus em outro ângulo, foto de Betto Jr., Correio da Bahia, 31 de agosto de 2020.



domingo, 11 de outubro de 2020

Nossa Senhora de Nazaré . Imagens de Beto de Abaetetuba


Imagens lindas, trabalho tipicamente brasileiro, inspirado em tema católico, a Virgem de Nazaré. A santa é aqui representada mostrando a riqueza e a diversidade da nossa arte popular que se manifesta nas formas, nas cores vivas, na liberdade da criação/recriação da imaginária sacra por seus artistas.

Essa representação da Virgem, trabalho em madeira decorada de maneira inusitada com estampas super coloridas e originais é obra de Beto de Abaetetuba do Pará e me emociona tanto ou mais que uma imagem erudita. Nessas imagens percebemos a originalidade na criação - todas são diferentes uma das outras - e ficamos reverentes e alegres ao vê-las. Autênticas obra de arte. É de cair de joelhos, rezar e pedir a Santa de Nazaré  tantas coisas...enfim, que nos leve para um 2021 muito menos barra pesada do que foi este 2020.

Essas imagens eu peguei hoje no Facebook, na página da amiga Nina Sargaço.







 

sábado, 10 de outubro de 2020

Arranjos de Flores Nos Anos 30


Esses arranjos de flores super delicados, minimalistas e leves estão em um Anuário das Senhoras de 1935. Os vasos de vidro simples contribuem também para a beleza do todo. Super moderno, bonito e delicado o modo como arranjaram as flores. E o tom em verde da matéria é lindo. Antigo!!!

Vamos copiar?





 

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

O Vestir Hoje em Dia

Álbum Trajes de Todas as Épocas. A roupa espacial é de H. Charles Mc Barron.

E hoje veste-se basicamente jeans e camisetas. Nos pés, tênis. É a roupa de todos e de todos os dias, de todas as horas. Quando a ocasião é mais formal, cada um puxa do seu armário, do acervo particular, alguma roupita que convém. Pega-se um classicozinho, mas que também é o basiquinho. E estamos conversados.


 

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

BB


 Brigitte Bardot, a mais linda, num desenho ótimo.

O desenho lembra o trabalho de Roy Lichtenstein que fazia clichês inspirados nas histórias em quadrinhos. Esse desenho de  BB, por sua vez, é de inspiração Lichtenstein.
Peguei essa imagem no Facebook e não trazia a autoria.

domingo, 4 de outubro de 2020

Um São Francisco em Imagem de Eládio Brasil

 

Escultura popular de barro, assinada por Eládio Brasil. Eu amo este trabalho e vislumbro nele a mão perfeita e devota de um grande artista popular que, pra mim, muitas vezes, tem mais valor que o trabalho erudito. Mas cada qual, cada artista é um, cada trabalho com suas especificidades e belezas. 

Essa imagem é uma maravilha, tenho ela há algum tempo e comprei assim que bati o olho. É linda, cheia de humanidade, assim como São Francisco que está aqui lindamente revisto e esculpido pelo artista Eládio Brasil.

Salve todos os artistas populares do Brasil que estão rareando, os artistas do "Brasil Profundo", aquele cheio de tradições e de folclore tão rico, de tantos artistas de mãos grossas, calejadas e sensíveis a se expressarem nas mais diversas formas de arte e trabalhos, de mãos cheias de talento e de sensibilidade.

E Viva São Francisco!!!!!



sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Ilustração Elegante


 Lindo e elegante desenho num antigo livro de Latim - Ludus Secundus - do Pe. Milton Valente, edição da Livraria Selbach, 1952.
Como legenda está escrito "Salubrior est vita in montibus" que significa "vida saudável nas montanhas".
Vamos todos para às montanhas, então. Na planície não está dando certo.