sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Irmã Dulce . 1965








Adoro Irmã Dulce! Como eu morei na Cidade Baixa em minha infância e parte da adolescência, era muito comum  vê-la andando pelos Mares - onde eu morava - Roma, Uruguai, Bonfim... às vezes nos horários mais absurdos e de muito calor, ao meio dia, uma da tarde, sob o sol escaldante, de repente, aparecia Irmã Dulce caminhando. Andava com uma pasta, vinha devagar, calma, de cabeça baixa vencendo as distâncias. Ela vivia pedindo ajuda, esmolava por toda Salvador para manter o hospital que fundou no bairro de Roma que atendia os mais pobres, aqueles que não tinham a quem pedir socorro. O socorro vinha dela, de Irmã Dulce.
Ela andava dizendo "deus te abençoe", porque todos falavam com ela e pediam a sua benção. Eu fui uma dessas pessoas. Ela já tinha uma aura de santa. Sempre foi santa.
Uma maravilha Irmã Dulce! Viveu pra fazer o bem.


A matéria é da revista Seleções, abril de 1965.