quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Bauzinho de Palhinha




 Feito em palhinha indiana e tiras/lascas finas de bambu e com fecho muito charmoso de ferro forjado, este bauzinho, que deveria ser um porta joias, é um primor de bem feito. 
Na parte de cima me parece que havia um enfeite - ou marca da fábrica - talvez de ferro, mesmo material do fecho, mas não existe mais.
Não consegui identificar a procedência do baú, se indiana, chinesa, não sei, mas ele é de fabricação artesanal e trabalhado por mãos pacientes que construíram este bauzinho perfeito e super requintado. 



Furinhos que deveriam ser de um enfeite ou marca de fábrica. Para dar uma disfarçar coloquei umas tachinhas antigas nos lugares. 


Gato . Datas Comemorativas . Foujita




Hoje, 8 de agosto é o Dia Internacional do Gato.
17 de fevereiro é o Dia Mundial do Gato.
4 de junho, Dia de Abraçar seu Gato.
29 de outubro, Dia Nacional do Gato, (EUA).
17 de novembro, Dia nacional do Gato Preto, (EUA)
Copiei essas datas pra tentar me lembrar sempre delas, se bem que, para mim, todos os dias são dos gatos, apesar de não criá-los e nem de tê-los vivendo comigo há mais de 30 anos. 
Quando morreram os últimos que tive, resolvi não sofrer mais com a separação e aí fui dando um tempo, tempo, tempo esse que se estendeu por uma vida já.
Ainda quero criar gatos, mas, hoje, minha casa está tão cheia de objetos e de coisas que conservo com tanto cuidado que se eu tivesse com um gato e ele quebrasse alguma coisa...gato é artreiro...não sei o que faria...o gato me poria em uma situação de risco kkkk eu poderia virar uma fera kkkk
-Meu deus, minha travessa Copeland do XIX!!!!!
-Meu santo do XVIII!!!!
O gato não merece os meus achaques.
Bem, criando ou não criando gatos, eles continuam morando comigo, mas dentro de mim, entre eu e um gato existe uma relação estranha de atração, eu piro quando vejo um gato, se pudesse levaria todos para minha casa, sou louco por todos.
Desde menino que sempre tive gatos e quero encerrar a minha vida ao lado de um. Daqui há alguns anos me aposento e acho que essa será a minha vida dali para adiante: eu gato velho com meus gatos novos.


Tsuguharu Foujita
Ano passado li Paris Boêmia de Dan Franck e relembrei de Foujita, o pintor modernista japonês/francês e que adorava gato. Ele tem mil desenhos e telas com o tema gato. 
Foujita passou um tempo aqui no Brasil, nos anos 30, imagino as loucuras que ele deve ter feito por aqui...quantos telhados ele subiu miando...
Neste Dia Internacional do Gato, selecionei alguns gatos de Foujita do Google. Foujita me parece que é daquele tipo de pessoa que tem um gato embaixo da pele. É gato. Foi gato.


P.S. Três coisinhas para dizer:
1- Escrever sobre gatos e as datas comemorativas a ele dedicadas pode ficar parecendo, talvez, uma coisa boboca e associado àqueles gatinhos-lindinhos-peludinhos-de lacinho-de cartão postal-das antigas folhinhas de final de ano. Mas não é isso. É lembrar de todos os gatos, ricos e pobres. Dos favorecidos pela sorte e também dos abandonados, tripudiados. Lembrar dos maus tratos por que passam os gatos de rua, os sem dono, aqueles que são vítimas de perversidades de gente doida. É lembrar que, ainda, os gatos são associados a coisas ruins, à superstições antigas e por isso perseguidos. Principalmente os gatos pretos.
2- Escrever sobre gatos me lembra de Carmen Mayrink Veiga, fascinada por eles e por eles lutou para que o gato brasileiro, de pelo curto, fosse reconhecido como uma raça e com pedigree.
Para aqueles que chamam o gato das ruas, das vielas, dos becos, das praças e casas desse Brasil, de pé duro e de vira-latas é melhor dobrar a língua. Eles são uma raça reconhecida internacionalmente. Todos eles têm valor e história. E Carmen colocou o seu prestígio nessa luta. E ganhou. E ganhamos nós e os nossos gatos.
3-Escrevi que tem 30 anos que não crio gatos. É verdade. Mas, durante quase 17 anos e meio, fui padrinho do gato de minha irmã, o Nicolau. Cuidei dele na alegria e na tristeza. 
Ele se foi há dois anos.