quinta-feira, 28 de outubro de 2021

São Judas Tadeu

Hoje, 28 de outubro, dia de São Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis e padroeiro dos funcionários públicos.

O santinho, super lindo de São Judas, rico e com  todos os seus atributos, a palma do martírio e o machado, são alguns dos muitos que eu guardo ainda de uma coleção que já foi maior e hoje é menor e selecionada. Interessante e muito bonito na iconografia do santo é a chama no alto da cabeça de São Judas. E Viva a São Judas!!


 

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Sanduíches Anos 50

Peixinhos.
Navios.
Caretinhas.
Palhacinhos e, embaixo, Mascotinhos.

Eu amo esses livros de culinária antigos que ensinavam a confeitar bolos, fazer aquelas armações, enfeites de glacê etc. etc. Tenho alguns desses livros que, sempre que encontro, compro. As fotos são enlouquecedoras!!! Todas super coloridas e super retocadas. 
Já coloquei muita coisa aqui dos livros de Dolores Botafogo a rainha dos anos 50 e 60 dos bolos confeitados, cada um mais bonito que o outro, mais incrível e completamente malucos na execução. A Botafogo botava a imaginação para funcionar e com aqueles materiais à base de açúcar fazia bolos e bandejas que eram verdadeiras obras de engenharia, arquitetura e arte.
Esses sanduíches que estou passando a bandeja hoje aqui, não são de livros de Dolores Botafogo, são de uma dupla da pesadíssima que também faziam coisas inimagináveis nos bolos e salgados, Francisco e Elza Henriques Calçada. Deles eu tenho três livros, as edições de 53, 55 e 59. Esses sanduíches são da terceira edição do livro É Fácil Decorar, da Editora e Estamparia Calçada, São Paulo, 1953.
Os sanduíches são cortados com moldes, recheados e decorados. Os recheios são aqueles bem de época, bem gordurosos, pastas de manteiga, queijo, parmesão, frango, maionese, presunto, azeitonas e tudo que servisse para deixá-los além de lindos, em cima daquelas bandejas forradas com papel laminado, uma delícia e uma viagem louca pelo visual. A petizada deveria amar, as mamães nessa época eram elas quem fazia mesmo. Exaustas recebiam depois os convidados. O papai abria o bolso.
Me lembro que esses sanduíches eram feitos com antecedência e colocados entre panos úmidos que davam eles uma frescura e consistência super macia. Delícia!!! Fui em muitos aniversários de amiguinhos e amiguinhas nos anos 60, mas só me lembro mesmo dos sanduíches cortados em triângulos, macios, úmidos e com pastinha de queijo e presunto. Desses deslumbrantes aqui do livro dos Calçada nunca abocanhei. Nunca comi sanduíches obras de arte.
Os nomes dos sanduíches também são ótimos.

Vaso de Flores.
Arabescos.
Cachorrinhos.
Boneca de Alface.
 

domingo, 17 de outubro de 2021

Marlene Dietrich



Foto bem conhecida de Marlene Dietrich. Está no Google em muito melhor qualidade, mas preferi escanear da coleção Universo 1967 que reunia em suas páginas, mês a mês, tudo aquilo que havia sido notícia naquele ano. Eu tenho mais um volume, o de 1968, o primeiro foi o de 1966 e depois, não sei se a coleção continuou.

Gosto das páginas amareladas das antigas revistas e coleções e gosto do tom das impressões em cinza. Acho que as pernas de Marlene ficaram mais bonitas granuladas, mais insinuantes. O nítido das atuais reproduções, na maioria das vezes, perde o charme. E o mistério.

Essa foto de Marlene é do fotógrafo Milton Greene que, aliás, faz parte de uma série de fotos que ela fez com ele em 1952, tendo como foco as pernas perfeitas da estrela.

Voltando para os anos 60...

O mês era outubro e, naquele 1968 tão conturbado politicamente no mundo todo, Marlene estava em Nova York hipnotizando e eletrizando as platéias.

Um anjo provocante, Marlene Dietrich. Em cinza e eternamente Azul!



 

sábado, 16 de outubro de 2021

Modess . Um Reclame dos Anos 50

Já coloquei aqui algumas antigas propagandas do Modess, todas da revista Seleções da qual guardo vários exemplares justamente pelos reclames e anúncios sempre tão bem feitos, de uma época em que a maioria recorriam às ilustrações feitas por desenhistas maravilhosos. Esta propaganda é mais uma muito bonita com mulheres elegantes em preto e cinza e todas... protegidas.

Neste Brasil de 2021 de tantas e eternas desigualdades, o absorvente é ainda inacessível pra muitas mulheres de baixa renda que se expõem a perigos enormes de saúde pela falta do absorvente higiênico.

Triste constatar a distância entre o charme do reclame antigo e a triste realidade atual de muitas brasileiras desprotegidas no básico.

Esse anúncio é do final dos anos 50.



 

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Primavera...em Paris!


Adoro essas capas de discos de 12 polegadas e que têm umas capas ótimas feitas à partir de desenhos ou não. Esse disco eu achei pelo chão das ruas, abandonadinho na primavera de Salvador e tratei de fotografar. A vendedora da capa é ótima, enquanto merca as suas flores no lindo carrinho não larga o seu tricot! Ela não era boba! Amei! 
Meia, dois tricots, meia, dois tricots e assim ia a primavera parisiense.



 ...meia, dois tricots...sous le ciel de Paris...meia, dois tricots...

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Língua Portuguesa . Vinheta


 Vinheta de abertura do livro Língua Portuguesa de João F. Pinto e Silva, editado em 1925.

Senhora Sant'Ana, mãe e mestra, deixa os seus afazeres pra ensinar a Maria Menina.

domingo, 10 de outubro de 2021

Caderno de Variedades 2

No classificador escolar onde eu guardei minhas 'variedades' doas anos 70, desenhos e cartazes, trabalhos de um grande amigo meu na época, Marcio Meirelles estavam lá. Nessa época, Marcio  desenhava e pintava em azul. Eu adorava, achava lindo e ele me deu muita coisa em papel e também trabalhos em outros suportes.

Marcio era ótimo desenhista e pintor e essas habilidades ele levou para o teatro onde, além de dirigir suas peças, também faz os cenários e os figurinos. Talentoso e múltiplo o rapaz.




Euzinho.

Abaixo, um desenho que, depois de feito, passava verniz por cima. Era a técnica vernissage KKKKKKK, morríamos de rir com o nome.





Euzinho.






 


Bethânia, onipresente.





Tenho mais trabalhos de Marcio, com o tempo, fotografo e acrescento aqui nessa página.

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Raoni




 No post anterior relatei uma série de iguarias de nomes indígenas tão brasileiros, mas que, infelizmente, caíram no esquecimento. Línguas indígenas das quais herdamos muitos léxicos que estão hoje no dia a dia de nós brasileiros.

Lembranças desse povo tão rico bonito e sofrido. E a figura mais incrível para melhor representá-los é o cacique Raoni. 

Sábio, altivo e imponente.

domingo, 3 de outubro de 2021

Produtos do Brasil


 Um texto para Leitura e Recitação que serve para Reflexão. Quantas frutas, legumes e raízes elencados neste Productos do Brasil que já desapareceram, sumiram do mercado, das feiras e das mesas do brasileiro. Saíram de moda, o gosto das pessoas mudou. Muitas dessas iguarias não são mais cultivadas ou, melhor, agora são cultivadas de maneira restrita em agricultura familiar de cultivo orgânico como  PANCs. Continuam vivas para quem quer e se importa com o que come.

 É uma tristeza isso, esse esquecimento de alimentos tão ricos e gostosos que simplesmente foram trocados por outros processados, caros e péssimos para a saúde.

Há muito tempo li uma matéria de Nina Horta para a Folha de São Paulo em que ela comentava o 'desaparecimento' do Mangarito. Em outra matéria do mesmo jornal, uma senhora paulista dizia que tinha saudades de muitas coisas da mocidade, entre elas a do Mangarito cozido, cozido na carne como a batata e que era uma delícia. Hum!!! vontade de provar!!

O Mangarito, vi outro dia aqui na net, voltou a ser cultivado, introduzido novamente nos lares, nos lares de quem quer comê-lo, trocá-lo pelo pão branco com presunto e queijo. O Mangarito são pequenas batatinhas que se cozinham e descascam depois. Será que é muito trabalhoso fazer isso, se dar ao trabalho de descascá-lo??? Mais fácil enfiar um pão na boca.

A Mangaba que é uma maravilha e tão comum em Salvador praticamente não existe mais para comprar. Tem Mangaba, freguês? - Não!! 

Como elas nascem, brotam naturalmente nos terrenos de praia ou litorâneos - cadê a Mata Atlântica??? - que estão todos loteados pelos empreendimentos imobiliários e pelas invasões, então, tchau Mangaba! Foi um prazer em conhecê-la, querida.

Araçá, já era. E tinha o Araçá Cagão, pequeno. Foram-se os dois. Ficaram as goiabas imensas, medonhas que nem cheiro têm.

O Caju, silvestre, fruta que marcava o verão, miúdo e delicioso da Ilha de Itaparica... cadê ele? Agora o Caju é de todo o ano, não só do verão, e enormes e sem graça.

O que será, hoje, do Cambucá - 'uma remota batucada' como na canção do repertório de Dalva de Oliveira. Nunca comi. Daqui do Nordeste não deve ser e, de onde ele é, será que ainda nasce? O Baco-Pari...muito prazer. Joazes...olá, rapazes! Mandapusá, oi! A  Ata, estou escrevendo aqui uma ata do já era. Taiobas sumidas, nem mais no efó que rareou também na mesa baiana de azeite. Dá muito trabalho picar, bater na tábua...

Eu adoraria comer, o Inhame Asselvajado, uma Junça, Mangaritos redondinhos...ui, que maravilha! Caraetê, Caraju. Cará Barbado não deve ter mais barba, pelo algum, coitado do imberbe Cará!

E o Morici? Nunca vi, nunca comi! Existe ainda neste  Brasil queimado de meu deus de 2021?? Do Morici lembro do ditado, 'é tempo de Morici, cada um que trate de si'. Nesses tempos de 'farinha pouca meu pirão primeiro', quem é que ainda de lembra dos Productos do Brasil?

Uns poucos, sim. 

Há ainda os pequenos agricultores que plantam e comercializam. Os resistentes.

 No mais, ou no tudo, são lindos os nomes das iguarias, todos eles de origem Tupi.

O lindo texto está no livro Língua Portuguesa de João F. Pinto e Silva de 1925.