domingo, 11 de junho de 2017

Maneco Muller / Jacinto de Thormes : Senhor Elegância . Veja Rio / Dezembro de 1996


Dos meus guardados dos submergentes elegantes da antiga e extinta sociedade carioca, posto hoje aqui esta ótima matéria escrita por Sílvio Ferraz sobre Maneco Muller, que assinava Jacinto de Thormes em sua coluna social do Rio de Janeiro nos anos 50.
Leiam essas histórias antiguinhas, deliciosas e cheias de charme. 
"Depois eu conto..."







Abaixo, dois momentos de Jorge Veiga, cantor que lançou o samba Café- Soçaite de Miguel Gustavo cuja letra cita o colunista social Jacinto de Thormes, o Maneco Muller, e o bordão depois eu conto que finalizava as colunas e deixava um suspense no ar.
Uma outra música, "Café - Soçaite", também cantada por Jorge Veiga, está aqui em uma cena de chanchada da Atlântida com direito aos hilários atores, Zé Trindade, Violeta Ferraz - KKKKK - e Zezé Macedo!!! KKKKKK





Bethânia também gravou o Café-Socaite de Miguel Gustavo.  A primeira gravação é de 1968 e foi registrada em disco. No final da música e substituindo o "depois eu conto", ela citava Nina Chavs, então, a colunista social de O Globo e muito lida na época.
Em 2002, em apresentação em um show, ao final da música, Bethânia substitui o nome de Nina Chavs por Hildegard Angel, a colunista social na ativa no Rio de Janeiro, porém não mais vinculada a nenhum jornal impresso, mas, agora, no blog da net que leva o seu nome.
Pelo visto, Jacinto de Thormes /Maneco Muller ainda dão muito pano legal e pra manga no café society.





A música Café-Soçaite foi lançada em 1955. A "Dama de Preto" segundo conta Joaquim Ferreira dos Santos na biografia de Zózimo Barroso do Amaral, não era ninguém e, sim, uma personagem que, sempre de preto e mal humorada "exalava veneno e contrariedade." Foi criada por Ibrahim Sued para fazer um contraponto nas notícias geralmente elogiosas das suas colunas sociais. Imagino que a Dama de Preto funcionava como um escape para Ibrahim criticar e falar mal de alguma coisa ou alguém.
Mesmo sendo fictícia, tinha gente que insistia em ver e associar esta dama de preto às senhoras Elisinha Moreira Salles e a Beki Klabin. Segundo Joaquim elas detestavam esta confusão.


Foto de Ricardo Fasanello. 
Maneco Muller e, ao fundo, o belo Copacabana Palace, endereço de festas elegantes comentadas por Jacinto de Thormes.

Carmen Mayrink Veiga . 1963






Um amigo me mandou essa xerox com o textinho acima. A xerox com o tempo ficou assim, esmaecida. Quem tiver tempo sobrando poderá até colorir pra dar uma vida, um realce. Mas eu gosto assim mesmo, antiguinha.