quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Animais de Rifa


Eu amo esses desenhos tão simplesinhos, tão ingênuos, animais  de rifa, animais onde pomos a nossa esperança e jogamos com a sorte. A rifa é engraçada...rifa-se um vidro de perfume...um queijo de cuia, um jogo de panelas, uma toalha de crochet, um ventilador...qualquer coisa dá para rifar e descolar uma graninha para ajudar a quem tá apertado. E nós, que colocamos nosso nome no quadradinho do animal escolhido, pomos a nossa fé naquele que mais nos identificamos e gostamos.

Essa cartela eu vi por esses dias em uma papelaria, achei tão bonito certos desenhos que comprei para escanear e colocar aqui.























 

sábado, 26 de setembro de 2020

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Roberto Burle Marx . O Dia da Árvore


Burle Marx. Hoje, 21 de setembro, o Dia da Árvore podemos lembrar dele, do amor que ele tinha à nossa flora, da paixão pelas plantas exuberantes brasileiras que ele sabia tão bem conservar e valorizar em seus deslumbrantes projetos paisagísticos, pelos jardins que ele plantou por todo o Brasil trazendo para nós, da cidade, aquelas espécies da nossa flora que não víamos e começamos a ver através do seu trabalho. As cidades ficavam mais bonitas, mais alegres, mais verdes, mais coloridas, o cotidiano menos duro, com pausas para respirar.

Aqui em Salvador, lembro da linda Av. Paralela que hoje, não tem mais nada daquilo que ele projetou, pois virou uma via férrea. Quem não amava entrar por ali e ver os jardins e canteiros no meio da pista, imensos, largos e cheios de plantas frutíferas e flores, uma coisa maravilhosa! Antes de chegar ao Centro Administrativo para trabalhar, todo soteropolitano, sejam os que iam de ônibus ou de carro se maravilhavam e relaxavam com aquele jardim de Burle Marx, o jardim que ele projetou para os baianos. Um presente verde. Era um relax antes de cair no batente.

O paisagista já se foi, mas deixou muitos seguidores e admiradores que estão por aqui no Brasil e no mundo plantando as suas ideias. Se estivesse vivo, enlouqueceria com o presente que estamos vivendo de fogo, fumaça e cinzas, de devastação das matas, do verde que ele amou mais que tudo.

Essa matéria que escaneei está em uma revista Manchete de janeiro de 1982. Já naquela época ele andava assustado com a perspectiva negativa do que viria a acontecer no Brasil se não houvesse preservação do nosso meio ambiente.

E deu no que deu.



 

sábado, 19 de setembro de 2020

Passeio Antiguinho . Uma Exposição em Belo Horizonte . CEMIG 2016


Visitei essa exposição em 2016 e desde aquela época que estou para postar aqui no blog as fotos que fiz dela. Adorei, logo ao entrar no antigo casarão a decoração de cadeiras soltas no ar, pendendo do teto e presas por estruturas de andaimes de ferro o que dava um contraste magnífico com a imponência do edifício, da construção suntuosa e da escadaria belíssima. Nada como misturar o antigo com o novo, dar aos espaços outros usos e novas possibilidades de intervir sem macacar, sem descaraterizar. Adorei, fiquei suspenso no ar, sem respirar com o engraçado equilíbrio.

Não me lembro o nome da exposição. Brasilidades?? Não posso afirmar, mas tem tudo a ver. Sei que teve uma mostra com esse nome lá no CEMIG.









A mostra tinha uma parte  popular com a decoração do teto, linda, em papel de seda picotado, imagens de santos em gesso bem coloridas em altares, objetos e, os bordados que, posso dizer, tenha sido a parte erudita da exposição, pois são aqueles bordados clássicos feitos por antigas bordadeiras e que pertenceram à antigas famílias mineiras. Hoje, esses bordados tão classudos, refinados são parte do acervo no Museu do Bordado em BH que infelizmente não visitei.

Uma pena eu não ter guardado alguma coisa impressa sobre a exposição, assim poderia precisar melhor o período e detalhar e identificar melhor o que estava exposto. Não sei quem organizou, quem fez a curadoria, quem concebeu. Mas, enfim, as imagens que fiz falam por si mesmas. Amei esta exposição. Naquele momento BH fervilhava com o movimento cultural da cidade, hoje, imagino o paradeiro que deve estar.


Um Divino divino.













Os bordados e as amostras.


Frivolité. É uma renda super leve. Uma vez me disseram que alguém tinha uma colcha de frivolité e que quando ela estava sobre a cama a mesma perecia que andava...kkkk. Acho que o frivolité dá essa sensação de movimento na extrema leveza. Hoje, poucas prendadas fazem a renda. Outras frivolidades deram lugar ao belo frivolité.

Os bordados e as amostras de crochet e bainha abertas feitas por antigas prendadas mineiras. As prendadas escassearam.



















E as cadeiras no desce e sobe da escada em leque e a leveza que deram ao local. O que era pesado, de repente flutuou no espaço. Amei!


Beleza de altar, beleza de instalação.