segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Passeio Antiguinho . Casa na Rua Direita da Piedade . Os Pródromos da Morte!


 Passei hoje pela Direita da Piedade-Piedade, Senhor!-e me deparei com este rombo na fachada da casa onde foi a Gráfica Bureau. O que é isso????
Isso é mais uma casa que vai abaixo. Ou é mais uma casa a se adequar a um tipo de comércio qualquer a ser instalado futuramente. Devem estar fazendo uma vitrine ali no buraco da frente, acho.
São tantas as modificações na urbe que daqui há pouco não saberemos onde estamos. Que cidade é esta? É um Alzheimer na paisagem. Um branco. Um rombo.Um buraco.Um vazio. Um nada.
Um Alzheimer cultural.
Bem, não estou aqui pra sofrer por Salvador, carregar seus ais, seus estertores, seus esgares de dor.
Constato a merda que estão fazendo na cidade.
Mas seria melhor nem ver!
 Ou ver e ser indiferente. Como todos hoje são.
 -Onde estou?
-Não era qui que tinha uma casa assimmmmm

 EDUCAÇÃO PARA TODOS




Carmen e Tony Mayrink Veiga . Lourdes Catão . 1966





Passeio Antiguinho . A Casa da Família Soares da Cunha . Nos Pródromos da Morte . Graça

 Há mais ou menos 1 mês fui na Graça e levei a máquina para fotografar esta casa. Imaginei que iria encontrar alguém que me deixasse entrar, mas a casa estava sem ninguém. Voltei esta semana e, de novo, casa fechada, tapumes com cadeados. Fiz uma última foto.
Ontem, postei aqui no meu blog, uma casa de 1916 no centro e a classifiquei como nos "pródromos da morte", exagero meu, já que apesar de mal conservada, a casa em questão está habitada, tem alguma utilidade, serventia e isso faz com que ela tenha a sua vida prolongada. Está bem longe de ir pra chon. 
O mesmo não acontece com a casa dos Soares da Cunha que, desabitada há tempos e recentemente vendida, está na iminência de ser demolida para dar lugar a um edifício. Irá pra chon.
Bem, com mais essa casa derrubada, este lugar pelo qual passamos sempre e a vida toda, ficará uma outra coisa, pois perderemos uma referência que temos da Graça.
O bairro, com certeza, não será mais o mesmo. Aliás, há muito tempo que ele já é outro.
Os construtores podiam aproveitar a casa para local de festas.
 Mas a classe média que vai morar no edifício deve odiar coisa antiga, coisa velha. Gostam de tudo novo. Tudo frio.
Mas... podiam não derrubar a casa!
Ó céus!