sábado, 7 de novembro de 2015

URCA! . Ai, que saudade eu tenho da Urca...


Um passeio na Urca, uma andada de ida e volta por um lugar lindo, tranquilo, silencioso e, o melhor, seguríssimo. Pode-se ir e vir à vontade, um direito que assiste a todos nós, mas que, hoje, se tornou um costume, uma condição rara e um privilégio - quando acontece -  para alguns seres em nosso país.
E eu fui um desses seres que, por uma tarde, desfrutei do meu direito de cidadão.
Vamos andar pela Urca? Não encontrei com Roberto Carlos, morador do bairro, mas senti o porquê da sua preferência pelo bairro: a tranquilidade, é claro!

 Em todas as pedras abaixo da balaustrada, jovens e senhores "em trabalhos de pesca". Não vi nenhuma mocinha em trabalhos de agulha. Infelizmente vi mocinhas grudadas no smartphone.

 Um tipo de escultura para sinalização de barcos, eu acho. Interessantch.

 Igreja de Nossa Senhora do Brasil que tem no altar, Santa Terezinha. Aliás este bater de perna pela Urca foi no dia 1 de outubro, à tarde, dia da santa. 
Pela manhã, estive na Igreja de Santa Terezinha em Botafogo que é totalmente art déco e lindíssima. Fiz fotos. Depois coloco aqui.




 Pão de Açúçar em nuvens. 
E lá vem o Cassino da Urca onde eu me apresentei muito nos anos 30 e 40...


 Me deu uma vontade de mergulhar nesta prainha...mas não sou de mar, sou de terra.
Mas, da próxima vez, eu vou de saída e um catalina por baixo. Composto, evidentemente. Um chapéu de ráfia, uma bolsa de palhinha bem alegre e com o dagelle dentro, é claro.
E, se der vontade, estiro uma artéx na areia e pronto.
E peço a alguém pra bater uma chapa: Estive na Urca!

 O cassino por onde passamos por baixo de colunas. 
Notei muitas lantejoulas pelo chão. Lantejoulas de época, é claro. Aquelas de metal.
Será que caíram da capa que encobria Virgínia Lane que, por baixo, praticamente seminua, usava um sumário biquini???
Acho que sim!

 TV Tupi.
Me lembrei de Flávio Cavalcanti. De Belinha. De A Grande Chance, de Um Instante Maestro! De Mister Eco, de Danuza Leão, de Denner Pamplona de Abreu... 
E deixe eu ficar por aqui, porque senão eu embarco para os anos 70 e não volto mais!
E olhe que amanhã é domingo!!!

 A calçada do Cassino da Urca. Carmen Miranda pisou aqui. 
E euzinho também!

 O interior do Cassino. Agora é tipo, "espaço" para exposições, parece que tem um centro de audiovisual, não sei. Só sei que não deve ter - obviamente - a cara do cassino quando da sua glória.
Agora é clean. 

 Colunatas!

 Entrada do Cassino.


 E vamos andando. Na areia um cesto de lixo de material plástico laranja. Verdadeiramente encantador. E útil. A prainha é limpíssima!!!!

 O belo Cassino. Que deveria voltar a ser cassino, mas aí, acabaria com a tranquilidade do local.
Já era. Já foi.

 Um casal em trabalhos de pesca. perguntei se rola peixe. "Quase nenhum", me respondeu o rapaz.


  Pimpolhos na balaustrada observando a pesca. 
Boa foto. Uma cagada amadora.

 E voltando.



 -Rola peixe, perguntei.
-Quase nenhum. Passatempo.





 Santo Antônio em azulejo na porta de um prédio. 
Infelizmente, não fotografei os prédios art déco que margeiam toda a Urca. São lindos, mas eu achei que iria incomodar, era tudo tão tranquilo por ali. Não vi ninguém pelas janelas. Entrei numas que iria invadir a privacidade dos moradores.
Da próxima vez, fotografo.

 Beleza!


 Vamos assistir à Grande Chance. Estou torcendo por Áurea Martins e você?

 Calçada bêbada.

 Número 13. Canal 6 . TV Tupi. Urca.


 Parte do Cassino que ainda vão restaurar.


E fim!

Baronesa Carmen de Saavedra


1958.




Fotos do livro Castro Maya, Anfitrião, 1997.