quinta-feira, 30 de junho de 2016

Audrey Hepburn . Ilustração de Hippertt


Lindo desenho de Hippertt. 
O Globo, setembro de 1991.

Dona Alegria . Recitativo!


E vamos ao recitativo! O poema de Lilinha Fernandes é uma belezoca, mas nas duas últimas estrofes a mensagem desanda, parece que Lilinha se baratinou, ficou louca e, no desfecho, se contradiz e fica  descrente da alegria. 
Nota 9 pra Dona Lilinha e o seu Dona Alegria.
Acho que em todos os casos é melhor deixar a alegria entrar pra dar uma arejada nos ambientes e nas mentes, principalmente. Até rimou...
Então, decorem bem o poeminha e recitem à perfeição!!!
(Anuário das Senhoras - 1936.)

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Ilustrações . Anos 50



Ilustrações do livro Técnica Moderna de Primeiros Socorros, edição de 1969.  As três primeiras são assinadas, mas não consegui informações sobre o autor - Arios - no Google. 
Com certeza os desenhos são de uma edição anterior da obra, provavelmente dos anos 50.

Ótimas técnicas de como retirar cisco dos olhos. 
Comprar livros obsoletos e ultrapassados tem lá as suas utilidades. 

domingo, 26 de junho de 2016

A Igreja da Vitória e o Monstrengo

 Foto de Betto Jr. - Correio da Bahia, 10.06.2016.


Fiz esta foto de Nossa Senhora da Vitória quando a igreja estava fechada para reforma e as missas eram realizadas em uma sala ao lado. A imagem estava assim, pertinho da gente, em cima de uma mesa simples, linda, perfeita.
O tal do prédio, que já está nas alturas - chegando ao céu - ainda estava na fase da fundação e, sinceramente, não imaginei que o monstrengo iria subir tanto e chegar a sujar o contorno da igreja. Mas subiu e rolou sujeira!
A igreja da Vitória era uma linda igreja barroca que foi totalmente refeita no início do XX naquele estilo neo clássico, eclético, tem de tudo e mais alguma coisa e bem ao gosto da época. Não é nada demais, mas também não é de menos. Com a ultima reforma o interior foi todo restaurado e voltou a antiga decoração do início do XX e é muito bonito. É uma igreja bem cuidada, pois a frequência é basicamente de gente abonada, tem muitas imagens lindas e a de Nossa Senhora da Vitória é deslumbrante!

Foco no monstrengo!!!!

Carmen Mayrink Veiga e Paula Cleophas . Marlene Rodrigues dos Santos . Fernanda Basto


Paula Cleophas é filha de Marlene Rodrigues dos Santos, uma elegante do Rio que se veste muito bem e faz a linha exagerada, roupas chamativas e saltos altíssimos, corte de cabelo sempre batidinho na nuca.. É ótima! Arrasa. Fecha. Lacra



A outra filha de Marlene é a Fernanda Basto, também ótima como a mãe, aliás, as três, mãe e filhas, são super elegantes, chamativas e...pintosas! Isto tudo sem serem peruas, é claro.
Das "novas" no pedaço elegante do Rio, os dois rebentos de Marlene já são uma realidade e uma promessa de continuação da elegância carioca.





As três são amigas de Carmen, a I e Única!
As fotos são dos meus reciclos - e já partindo para outros re-reciclos!!!   
Revista Quem, julho de 2004 (foto colorida) e O Globo, Coluna de Hildegard Angel, 1996, a foto em preto e branco.



sábado, 25 de junho de 2016

O Relógio das Flores de Mme. Delatour



Anuário das Senhoras de 1936 me trazendo alegrias e surpresas agradáveis. E em pleno 2016!!!
Portanto, viva o Anuário das Senhoras!
Este relógio das Flores é simplesmente ótimo!








Ainda bem que Mme. Delatour "poude" organizar o Relógio das Horas, assim, como são agora 4:45 sei que estou na hora do Jacintho. Daqui a pouco entramos na hora da Bela da Noite...
Achei ótimo esse reloginho! Vou memorizar e responder a quem, por acaso, me perguntar:  - que horas são? E responderei à contento e de acordo com Mme. Delatour:
- Que horas são?
- Nenuphar Amarelo!

sexta-feira, 24 de junho de 2016

São João! Salve 24 de Junho!




São João é um santo tão festejado mas, diferente de outros, não vejo normalmente pessoas fazendo promessas, rezando terços, fazendo novenas etc. Agora é só festejos. E licor. E cerveja e o forró moderno que não consigo identificar que estilo de música seja. São João é festa, é dança.
Acho que nas cidades do interior deve se rezar missas em homenagem ao santo, principalmente naquelas em que São João é o padroeiro. Assim espero!
Aqui em Salvador, a igreja fica numa grande avenida, movimentada, de trânsito intenso e meio afastada do centro. Isso prejudica sua visitação que fica restrita àqueles que moram por ali, acho eu. Mas é uma igreja nova, simples, dos anos XX. Não é das antigonas.
E Viva São João!


terça-feira, 21 de junho de 2016

Uma Tarde Agradável . São Paulo em 1957

 Deve ter sido uma tarde muito agradável para estas mocinhas posar no alto de um arranha-céu em São Paulo, porém, posso imaginar alguma ter dito:
-Ai, estou tendo tontices! Fazer pose numa balaustrada a 30 andares do chão! Sinto-me desfalecer!!!!
O fotógrafo americano J.D.Barnell deve ter feitos vários "kodacs" até escolher por este que virou a capa da Seleções de outubro de 1957. Realmente, uma maravilha de foto.
-Apesar de estar inebriada com tanta beleza, estou com a cabeça nas nuvens!
-Acalmem-se garotas em breve vocês estarão nas bancas de todo o Brasil! 
- Sinto "virtigens"!!Mas a cidade de São Paulo é tão agradável...
-O senhor Barnell, apesar de nos colocarem em situação de vulnerabilidade, foi um encanto. Decididamente um gentleman!
-Um americano de truz!
-De escol, querida!
-De jaez, já disse! 


Comprei esta Seleções numa feira em BH. Estava no chão, abandonadinha, com manchas de água, folhas em ondas, mas, quando apurei a vista e vi esta capa, fui para as nuvens! Quando cheguei em Salvador, tratei de colocar a foto dentro de uma grossa enciclopédia para desamassar ( já virei catedrático em reciclo!).
Como eu gosto dos anos 50!!! 40 foi uma década séria - sem pano, sem fazenda, sem tecidos, sem roda, sem duas larguras, sem pano enfestado. 50 foi tudo o contrário. Muita fazenda! Da linha AAAAberta!
60 já vivi a minha infância, sei de cor e salteada.
Bem, delírios à parte e voltando à foto, ela é realmente linda, apesar de estragadinha- fiz uns retoques para os buracos não ficarem gritantes, mas é um arraso e pronto! Visto, nota 10!
Eis um típico quadro dos anos 50, uma cena de sol, de céu claro e o progresso no horizonte de São Paulo.
-Uma tontice!!!!
Estou tendo ânsias!
-Vou desmaiarxxx!



domingo, 19 de junho de 2016

Canivet do Tempo 3 . Estampa de Santa Bárbara



Outro canivet do tempo: estampa de Santa Bárbara que comprei na leva dos santinhos pequenos.
A estampa é parecida com a que já tenho assignada pela Leiber, fábrica alemã que produzia estampas lindas e de ótima qualidade. Esta não tem marca de fábrica.
As traças fizeram o seu trabalho destrutivo e, acho que o antigo dono querendo barrar o avanço implacável dos insetos, passou uma mão de verniz no papel que com o tempo oxidou, envelheceu e escureceu a estampa. Ele fez a "técnica do vernissage" kkk e o resultado é que não visualizamos bem a linda Santa Bárbara e as cenas do seu martírio contado em volta da imagem central da santa.
Ai, as lepismas saccharinas infelizes!!!!
Que destraça!


Canivets do Tempo 2 . São Roque e Senhor do Bonfim


 Linda estampa de São Roque orlada pelo laborioso trabalho das traças que, se fossem mais rápidas, não teriam deixado nem a sombra do belíssimo santinho. Elas deixaram exatamente o essencial da imagem. Ainda bem!!!


As traças, as tais destruidoras, que fazem incríveis canivets ao longo do tempo e que, no afã de comer o papel, constroem até desenhos e caminhos interessantes. Mas sabemos que, se a fome da traça for muita e combinar com o abandono de qualquer tipo papel, dele não restará nada.
Este desenho da traça foi de uma antiga enciclopédia de meu pai que resistiu ao tempo, ou seja, a elas, as traças.


Santinho do Senhor do Bonfim, a grande devoção popular do povo de Salvador. Nele, as traças fizeram aquele trabalho na horizontal, retirando toda a massa de cor, prejudicando a leitura da imagem. Posteriormente, o santinho ficaria no ponto de rendilhado e, se continuasse ainda mais tempo de déu em déu e rolando por ahaí, nada sobraria dele pra contar a história.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Canivets do Tempo 1: Nossa Senhora das Candeias e Santa Luzia

Nossa Senhora das Candeias em estampa assignada - que eu não conhecia - toda trabalhada pelas traças, as loucas por papel. Felizmente não comeram  o meio da imagem. Chegaram perto... Ainda bem que cheguei a tempo. Eu sou o oposto das traças: conservo papel e o devoro de outra forma.

 Comprei hoje esses dois santinhos de papel presos em pequenas molduras que, como a estampa, já estavam se desfazendo e pedindo a morte. Comprei, dei uma sobrevida, já pensando em escanear e colocar aqui esses restos de devoções particulares e antigas que um dia já ficaram pendurados na parede da casa de alguém. Comprei mais outros dois e depois vou colocar aqui. Agora, é a vez desses dois canivets  "trabalhados ao longo do tempo" pelas traças que roeram, cavaram, cortaram o papel tecendo uma renda finíssima e delicada, como o trabalho manual das freirinhas que, no interior de seus conventos preenchiam o tempo picotando papel.
A traça é uma desgraça - uma destraça - inutilizam coisas preciosas, mas não é que elas fazem um trabalho até bonito? Elas roem o papel na horizontal - tinhosas!!! - e ele vai ficando fino, tão fino que se rompe e aí aparecem os desenhos, o rendado, os caminhos sem fim, os canivets produzidos pelas insaciáveis traças. Alguns "trabalhos" parece que elas deram um banho de prata, brilham, brilham!!! 
Uma vez fiz uma pesquisa em uma biblioteca, pedi uns livros e quando trouxeram e eu abri, tinha traça do tamanho de um dedo! IMENSAS, prateadas e brilhantes. Uma coisa!
Bem, não estou aqui defendendo as traças, mas que elas fazem um trabalho surpreendente, é inegável.
Infelizmente para o mal.





Santa Luzia, imagem bem conhecida da santa e toda trabalhada em rendados das traças. Ainda bem que elas não enlouqueceram e roeram tudo. Ficaram nas bordas.


Canivet de Santo Antônio de Pádua. Este é produto de fábrica. Uma beleza. Uma riqueza!
 Já havia colocado este santinho rendilhado em outro post aqui no blog.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Jornal Domingo Ilustrado . 1971: Wanderléa, Mutantes, Elis, Nara, Tom Jobim, Sérgio Ricardo, Chico Buarque, Capinam, A Bolha


 Da minha coleção - que foi de meu pai - estas duas páginas do Domingo Ilustrado de outubro de 1971, época do Festival da Canção do Rio. Fofocas, fofoquinhas, fofocões.
O Domingo Ilustrado era um jornal lindo editado por Samuel Weiner, coloridíssimo, imenso, cheio de páginas com matérias ótimas, fotos magníficas, o papel super bom o que faz com que depois de tantos anos, as fotos estejam perfeitas, o jornal inteiro super lindo e pronto pra ser lido ainda e tirar um grande sarro.
Por ser muito grande e estar encadernado é impossível escanear. Só rola fazer fotos. 
Já coloquei algumas matérias aqui no blog e, agora, jogo esta: um barato 70!