sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Uma ilustração de Manoel Victor Filho


No livro Guia Internacional do Bar de Michael Jackson - 1988, Editora Abril - encontrei o traço refinado de Manoel Victor Filho - 1927/1995, autor de muitas ilustrações para Monteiro Lobato, ilustrações que povoavam a vida e instigavam a imaginação das creanças do nosso Brasil.
O autor fazia muito desenho colorido e cheio de detalhe, neste aqui ele foi econômico na linha fina linha percorrendo o alvo papel. 

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Camomillina Apresenta: A Sagrada Família


Como eu gosto de um santinho antigo!, bem velhinho e se for com uma estampa daquelas bem populares, retocadinhas, adoro mais ainda. Este de A Sagrada Família é uma gracinha...as carinhas de Nossa Senhora, de São José e a do Menino Jesus são lindas demais!
Graças aos deuses e à Sagrada Família!, eu sempre estou encontrando santinhos velhos por aí que vou acrescentando aos montes que tenho. Este eu achei há pouco e achei uma maravilha, mais ainda por ser de propaganda. 
A Camomilina devia ser um alívio para as creanças com dentinhos a nascer.
 - A neném está assaz melhorzinha! dizia a mamãe.
Vermisanina "Reis", preciso ter a mão, caso eu tenha um ataque de vermes de surpresa, não é mesmo?
E vamos à pharmacia!


sábado, 24 de agosto de 2019

Coisas da Globerama


As ilustrações da Globerama - Tesouro de Conhecimentos Ilustrado - que eu gosto por motivos vários que já mencionei aqui. Esta, acima, é uma forma estranha e transparente pairando no ar, no infinito e se multiplicando em um tempo estranho. O que será?
São coisas. As coisas da Globerama. 

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Onça


A imagem acima é de uma intervenção de Paula Cardoso à partir de foto de Emílio White.
Onça pintada sobre cenário vermelho. 
Sangue.
Em certas ocasiões quando nos servimos de coisas que nos salvam e socorrem à última hora, recorremos à expressão "safa-onça". Safar a onça.
Não sei a origem do dito popular, dessa expressão que é muito usada no Rio de Janeiro. 
No contexto atual está difícil para a onça encontrar um caminho que indique a ela aquilo que seria "um safa-onça". 
Difícil um safa-onça para a onça.

domingo, 18 de agosto de 2019

O Telefone da Miloca



Esse modelo de aparelho foi lançado em 1956. Prático, na parte de baixo ficavam os números para discar. Emilinha Borba - a Miloca -, que não era boboca, não perdeu tempo e adquiriu logo o dela.
Este desenho está em um livro didático dos anos 60, num capítulo que trata da evolução nas comunicações. Às vezes encontro este modelo de telefone nos antiquários, mas são vendidos a preço alto. Gosto deles, acho lindo, tão cara de uma época e a cara de Emilinha, a Miloca, mas já tenho os meus dois aparelhos antigos, um dos anos 60, verde, e um dos anos 50 de galalite branca.
Esta foto de Emilinha com o seu telefone moderno é o máximo, tudo, a pose, o vestido em um estampado que já não vemos, o sapato, o sofá, a pintinha no rosto da cantora realçada com lápis. 
Estava nos trinques a Rainha do Rádio, Rainha da Marinha, nossa Miloca.


Carmen Mayrink Veiga ... e Nada Mais



No início dos anos 2000, um amigo encontrou em um sebo este "Café Society". É claro que ele comprou o livro imediatamente e me mandou uma xerox. O assunto sociedade, ou melhor, a alta sociedade, a carioca principalmente - era só o que nos interessava naquela época, aliás, há décadas que adorávamos ler tudo, saber tudo sobre os colunáveis, kkkkk saber quem era quem - quem era bem - ui!, as famílias tradicionais, enfim, tudo o que se referisse àquele mundinho, aliás, grand monde, ao qual não pertencíamos e nem iríamos nunca pertencer, já que éramos e somos ainda e sempre da classe média, média, média: café com leite, pão com manteiga. E trabalho.
As colunas sociais de Ibrahim, Zózimo, Nina, Hilde, Reinaldo Loy, Danusa, Swan, Fred Suter, Boechat e tantos outros do Rio e, de São Paulo, Tavares de Miranda, Alik Kostakis e outros era onde bebíamos as informações, sorvíamos, nos deleitávamos e ríamos à socapa também, aliás o riso era uma constante, pois, na verdade, fazíamos uma leitura crítica e não ficávamos nas bobices da admiração puramente supérfluas. O fútil era adorável de se ver e de se ler nas colunas, pois, para os verdadeiramente ricos todas aquelas extravagâncias eram naturais e, para nós, simples mortais, sobrenaturais. 
Roupas, menus, casas, decorações viagens, festas, joias, tudo muito comum para os bem nascidos, era para os leitores daquelas colunas - euzinho e ele incluídos -, o máximo, entenda-se, com distanciamento, nada de viagens inúteis. Hoje, quando leio uma coluna social (?) e leio que um rico, uma rica usou isso, fez aquilo, viajou para não sei onde, tudo cafona, o vômito vem. Não há naturalidade. Tudo é novo rico ou mentalidade de. 
Hoje, já deixei a carreira de tiete, de macaca de auditório - duas definições já caducas para fã - dos ricaços, também, pudera!, os grandes nomes tradicionais, as grandes famílias e as grandes damas da sociedade - o nosso grande interesse - já não estão mais aqui, o mundo mudou - o grand monde mais ainda - e o que sobrou, apequenou-se e não dá mais caldo. Mas o certo é que esse assunto já foi pra mim e virou passado, mas, não vou jogar fora os meus papeis velhos - fazer a louca - amealhados com o meu rico dinheirinho - as folhas de revistas e jornais que acumulei. Agora jogo tudo aqui e muito respeitosamente.
Mas, Carmen ficou. Ela se eternizou no Hall of Fame em vida, da moda, dos costumes, do refinamento, do mundo e agora nas nuvens do céu, da net. Está nas casas. Estrela, está para todos.
Este livro foi lançado em 1956, ano do casamento de Carmen com Tony Mayrink Veiga e neste capítulo está a história do encontro dos dois e sobre o fascínio que Carmen já exercia na sociedade carioca da época. É isso que José Mauro, o autor, nos relata no seu "Café Society".
(a dedicatória escrita no livro é simplesmente sensacional kkkk e as ilustrações de Santa Rosa uma maravilha.)