segunda-feira, 26 de junho de 2017

Barão Drinks







Lista Telefônica de Salvador de 1975. O Barão era um bar ótimo que ficava no fim da Ladeira da Barra e  pertinho da praia do Porto. Ficava abaixo um pouquinho do nível da rua num calçadão interno, tipo varanda e com mesas. Dava pra ver todo o movimento da praia, o vai-e-vem do povo, o trancetê pra cá e pra lá.
Acho que o bar fechou no finalzinho dos anos 70. Foi ficando meio decadente e terminou fechando as portas.
O Barão é do tempo em que a Barra era um lugar chique, gostoso, ia rico, ia classe média, artistas, muito doidos, uma mistura ótima. A Barra era a nossa Ipanema, numa comparação por ser um lugar descontraído e um "porto" livre, o lugar onde se lançava as modas da cidade, onde aconteciam as coisas legais e que repercutiam depois em toda cidade de Salvador. Havia liberdade naquela área e zero preconceitos.
Entre um chopp e outro no Barão, dava-se um mergulho na melhor praia de Salvador que é, ainda é - apesar de tudo! - o Porto da Barra. Pelo menos o mar é o mais legal. 
Era muito bom de se ir lá.
Hoje eu não frequento mais.

Retrato de Menino


Preferi escanear o ingresso do museu. Amei este Retrato de Menino.


Ex-Árvore


Fiz esta foto no Parque do Ibirapuera em fevereiro deste ano. O parque é lindo, com muitas árvores e plantas e flores e pássaros e lago e sossego e verde no meio da agonia cinza de Sampa. E caminhando por lá, topei com imensos troncos de árvores cortadinhos rentes ao chão, árvores que devem ter tombado por si próprias em alguma época. O desenho desses troncos das, hoje, ex-árvores são interessantes. Viraram desenhos no chão. Parecem umas patas. Patas gigantes. Patas- piso, patas-degraus, batentes que se destacam no chão em meio à grama e às folhas secas caídas na terra. 
Mas são ex-árvores.