quarta-feira, 15 de abril de 2020

Porta e Postigo



Foto do livro História de Sorocaba de Aluísio de Almeida que eu comprei há pouco tempo pelas imagens - principalmente essa - que ele traz, como essa janela espetacular do século XVII, austera, divina, com o postigo alto, na parte alta da janela, para que a intimidade do interior da residência não fosse jamais devassada, mas deixava, porém, que o ar entrasse arejando o ambiente familiar.
Imagino que as mocinhas deveriam subir em bancos e só os olhinhos delas ávidos de vida, aparecessem no alto do postigo vislumbrando a rua, o movimento, o mundo.


(Cresci ouvindo essa palavra, postigo. Abra o postigo, feche o postigo, não abra a porta, abra o postigo, veja quem é pelo postigo, não deixe o postigo aberto, não deixe o postigo fechado. - está vendo? se o postigo estivesse fechado certo alguém não tinha entrado, se o postigo estivesse aberto dava para ver quem estava chegando... tá chovendo? abra o postigo pra ver. A chuva parou?olhe pelo postigo... vamos dormir, feche o postigo.
Eu acho que hoje ninguém sabe o que significa postigo, muito menos a sua finalidade e a função: resguardo. 
E alguém sabe o que é resguardo hoje?)