segunda-feira, 30 de julho de 2018
Pick up
Mais uma das ilustrações malucas e maravilhosas da Globerama - Tesouro de Conhecimentos Ilustrado -. Um disco, um braço de um pick up. Só isso, simples, exato desenho.
Agora é só escutar a música.
domingo, 29 de julho de 2018
Gilda Sarmanho e Tonia Carrero
A linda Tonia e a elegante d. Gilda Sarmanho em foto de agosto de 1984, coluna de Hildegard Angel, O Globo.
Brasília
Brasília em "calunga de louça", em souvenir, lembrancinha que era comprada para dizer e comprovar, depois, que alguém havia estado na capital do Brasil. Esses enfeites, este é do tipo quadrinho, eram para ficar nos móveis, nas estantes, enfeitando. Para dar um realce a mais, colocava-se um paninho por baixo deles de crochê ou bordadinho... dava mais vida ao enfeite. A classe média, a média média e a baixa adoravam esses enfeites trunfos - eu viajei!
Hoje esses objetos que acho bonitinhos, pois adoro uma cafonice, são descartados e jogados fora e quando eu os encontro por aí, trato logo de comprar. Tenho vários que vou guardando, entulhando, até que depois me descarto também, mas dou para uma pessoa que gosta do kitsch como eu.
Este quadrinho Brasília é da Porcelanarte - Paraná, fábrica que fez algumas coisas interessantes em louça nos anos 60. No site Porcelana Brasil de Fábio de Carvalho tem imagens da produção em louça utilitária da antiga da fábrica, mas, para o meu gosto, são enfeitadas demais, pomposas, com dourados demais, excessos decorativos para aparentar uma louça refinada, aristocrática. Não gosto.
Da Porcelanarte, fico com algumas coisas e com os "calungas de louça" que amo e me fazem rir...há coqueiros em Brasília, em frente ao Palácio do Planalto?? KKKK
O paninho em crochê era dos guardados de minha avó materna.
sábado, 28 de julho de 2018
Tereza Rachel
Vasculhando o meu arquivo de imagens, fotos que já escaneei dos meus antigos álbuns de artistas, vejo esta fotinha azulada de Tereza Rachel, uma atriz impecável e, dizendo isto, poupo-me de listar outros adjetivos que seriam desnecessários, coadjuvantes. Thereza era estrela. Papel pequeno - o que seria isto? - tirava de letra e se tornava o principal. Protagonizava.
Um talento Thereza Rachel.
Um fenômeno no teatro - sua casa - na TV, no cinema... A Amante Muito Louca...qual outra atriz faria aquele papel? Nenhuma. Thereza Única.
Agora morta, quando vejo determinados papeis desempenhados por atrizes nas atuais novelas de TV, lembro logo de Thereza. Na novela Orgulho e Paixão - Globo, 2018 - por exemplo, fico imaginando que "banho" não daria Thereza Rachel fazendo a "Lady Margareth"...como ela tiraria sabor de cada palavra de um texto que é ótimo e, no entanto, desperdiçado.
Nathália do Valle - a "Lady Margareth" da novela das 7 - é ótima, gosto dela, mas não saboreia o texto, não sabe fazer isso, tirar partido das palavras. Ela diz o texto simplesmente, perde detalhes - deixa perder - escapulir o essencial, o visceral da personagem.
Não vejo a novela sempre porque trabalho no horário, mas, às vezes, quando vejo, ouço bifes de textos magníficos e esperdiçados, ditos numa ligeireza, num sem sabor, que não é típico da personagem má, da ardilosa, da pérfida.
Thereza viva e no pedaço, estrelaria Orgulho e Paixão. Roubaria as cenas. Se apropriaria do papel. Seria como sempre foi: preciosa. Uma atriz. Os sem talento, os fracos - ao lado - que se danassem! Thereza era vocação e talento genuínos e seria o "orgulho e paixão" deste país, infelizmente tão burro e de memória tão fraca. E de memória fraca até para os próprios atores que perderam a inspiração e as referências dentro da sua profissão. Thereza Rachel é uma fonte de inspiração e de atuação.
Palmas eternas para Thereza Rachel.
sexta-feira, 27 de julho de 2018
Consulta Médica Comme Il Faut
Mais um livro que compro pela capa, este tem uma mulher chiquérrima de estola fazendo uma consulta médica. Banal, bem banal o atendimento e banalíssimo o vestuário da criatura da ilustração. Amei.
Li umas coisinhas rapidinhas na orelha e contracapa do livro: o autor, Kerry Mitchell - nome ótimo - é especialista em textos envolvendo médicos, atendimentos médicos e tem inúmeros títulos com o tema. Este aqui - Decisão de Médico, de 1963 - trata de uma operação de mudança de sexo. Então, a chique que está no desenho da capa pode ser mesmo uma mulher querendo mudar de sexo ou um homem que já vivendo como mulher quer se tornar fisicamente uma.
Bem, mais eu não saberei porque não irei ler o livro.
O que me interessou foi a capa. A estola. A luva. A bolsa - carteira. O vestido. O decote. O penteado. O colar de voltas de pérolas. 4 voltas...
O sapato deveria ser ótimo, alto, é claro. Ela não iria, evidentemente, a uma consulta médica de saltos baixos.
É uma chique.
terça-feira, 24 de julho de 2018
Acarajé e Molho de Acarajé . Receitas
As duas receitas, o bolinho de acarajé e o molho são perfeitas, são as tradicionais, são também as mais simples e as que dão os melhores bolinhos. O acarajé não precisa de invenção, de inovação, é isto mesmo que está escrito e descrito. O molho é de arrasar de gostoso!
Ambas as receitas estão no livro de Ibrahim Sued, Aprenda a Receber - Etiqueta - Ed. Top Promoções e Publicidade com distribuição pela Ed. Record, 1977.
Dona Lúcia Peltier de Queiróz é senhora de tradicional família baiana - acho que já falecida - e ao passar esta receita para o amigo Ibrahim, passou o melhor, ou seja, a autêntica receita do acarajé e o fantástico molho que tradicionalmente o acompanha.
Todos sabem, mais vou repetir, o acarajé é uma comida do candomblé, é de origem africana e do orixá Iansã. Antes de fazer os bolinhos para vender as baianas de acarajé fazem pequenos bolinhos que são lançados à rua em frente ao tabuleiro em oferenda à Iansã e só depois disso é que elas começam a fazer os bolinhos maiores, as verdadeiras delícias para vender ao público.
sábado, 21 de julho de 2018
Tempo. Samsonite. Elegância.
Revista National Geographic. Anos 50. Tempo de anúncios super, super elegantes.
Como me faz bem ver essas antigas propagandas. Homens, mulheres elegantes, um mundo refinado que já acabou e ficou nas páginas de antigas revistas de papel amarelecido, muitas vezes puído, rasgado, tornado trapo, farrapo...do que restou, do que foi.
tempo tempo tempo tempo
Este desenho de mulher de silhueta tão elegante, limpa, portando uma mala e um guarda-chuva, tudo em cinza...muito bonito! Nas antigas propagandas um detalhe mínimo já me dão o recado. Não quero nem saber do que se trata, só o detalhe me fala, me preenche.
E enche o meu blog.
sexta-feira, 20 de julho de 2018
A Rainha Elizabeth II e Ibrahim Sued
Comprei esse livro de Ibrahim Sued há algumas semanas por 2 reais em um sebo. Ibrahim não está em alta, etiqueta não está em alta, aliás tudo está em baixa no Brasil de 2018. Em alta mesmo neste mundo tão sem civilidade e sem educação - nem falo de etiqueta - está a rainha Elizabeth II, impávida aos 92 anos.
Os cães ladram e a Rainha passa.
Ademã que a Rainha vai em frente.
Tenho alguns livros de Ibrahim e esse - edição de 1977 - eu acho que já tive e me desfiz, não sei. Ao folhear relembrei. Se não tivesse o nome do dono e eu estaria comprando um livro que já havia me pertencido. Seria uma meta compra.
Amei a foto da Rainha Elizabeth recortada na capa, acho hilária essas fotos recortadas em fundo neutro.
Ibrahim naquele dia da recepção para a rainha - 1968 - deve ter entrado em transe quando se viu frente a frente com ela.
Deve ter dito pra si próprio: - "Cheguei lá! Ademã que eu vou em frente."
A Rainha Elizabeth II e o seu conhecido e famoso olhar aterrador. Ela devia estar sentindo o calor abominável dos trópicos.
E ainda ofereceram cafezinho brasileiro.
Quente.
Bolo Dourado dos Anos Dourados
O desenho da garotinha é assustador, apavorante! Menininha horrível!!!!
-Mamãe, eu não quero este bolo da menina medonha!
-E desde quando criança tem querer? Vai comer, sim! Mamãe "gastou os tubos" para fazer este Bolo Dourado e papai não está achando dinheiro pela rua.
-Buááá!!!!!
A propaganda do Fermento Royal - época em que a embalagem era de papelão - é de março de 1957 e está em uma...Seleções! Será que eu virei, bem fora de tempo, um representante da antiga revista? Será que virei um antigo mercador da revista que ia de porta em porta? Mascateio Seleções, será? Ofereço à domicílio a Seleções para que toda família a leiam juntinho no aconchego do dictoso lar??? Será que estou tendo bons ganhos?
Na verdade sempre odiei a Seleções que era uma revista para adultos, para o papai e para a mamãe, com suas matérias e artigos caretérrimos, longos... mas as propagandas e os desenhos, as ilustrações, as capas, eram muito legais. Hoje eu adoro, redescobri, e gasto meu dinheirinho com as velhas revistas quando as encontro pelos sebos ou deitadas no meio da rua como se fossem lixo. Viraram luxo para mim.
Bem, odiei o desenho da menina, mas gostei da receita do Bolo Dourado dos anos dourados repousando sobre um lindo e singelo prato para bolos de louça brasileira, com certeza...Um prato para bolos da Mauá, da Matarazzo, da Adelinas ou de outra marca entre as muitas de ótima qualidade que havia aqui no Brasil.
quarta-feira, 18 de julho de 2018
segunda-feira, 16 de julho de 2018
Antipatia
Achei este "nariz em pé", esta "purgante" por aí na net ou em mensagem do zap, não sei.
Desenho ótimo personificando a mulher enjoada, a podre, a antipática.
Desenho ótimo personificando a mulher enjoada, a podre, a antipática.
domingo, 15 de julho de 2018
sábado, 14 de julho de 2018
Um Bule Copeland e Lembranças De Uma Família Rural
Decorações simples na alça e no bico. Peça facetada com filetes em azul borrão.
Quando li o livro Uma Comunidade Rural do Brasil Antigo de Lycurgo Santos Filho fiquei encantado com o aparelho de louça inglesa que servia a família de Exupério Canguçu em sua fazenda Brejo do Campo Seco na antiga Vila de Bom Jesus hoje a cidade de Brumado, Bahia. O livro é de uma riqueza de detalhes impressionantes, pois a família - felizmente e inusitadamente - tinha tudo documentado, assentado em livros o que possibilitou a reconstituição do cotidiano da família desde o século XVIII ao final do XIX. A história é linda, retrata o período de prosperidade e depois a decadência da família que não não se adequou às mudanças no século XIX. Habitavam um solar imenso e belíssimo.
Eu li o livro há uns cinco anos, a edição é de 2012, facsimilar, e eu fui lendo e anotando tudo, todas as partes que me surpreendiam pelos detalhes.
O livro tem algumas fotos de objetos que restaram da família e está escrito: " Comprou louça da China e inglesa, esta da marca Copeland, não brasonada e nem fina, mas louça comum, importada e usada pelas famílias de classe média." Pelo dito, infere-se que a família apesar de rica não se dava a grandes luxos e usava aquele serviço "simples e de classe média" no dia a dia de uma fazenda no meio do sertão, naquela época um lugar inóspito e isolado.
Um amigo meu comprou há alguns anos este bule ou leiteira, não sei, e, como ele sabe que eu era louco por ele, resolveu, de repente, me dar de presente!! Uau!
A peça, que falta a tampa, é exatamente igual ao serviço da famíla Canguçu, é tipo louça borrão, de Macau. Não tem nenhuma marca indicando Copeland, mas deve ser mesmo inglesa. Realmente é um aparelho simples, é austero, sem enfeites exagerados, só os filetes em azul e a decoração de folhas de chá. Uma louça de Macau, China, à época em que Macau era uma colônia portuguesa.
E pensar que esta louça divina ia pro diário e no meio do sertão! Serviam carne de bode em cima, farinha, feijão, pirão, mocotó. Muitas peças devem ter ter quebrado nas lavagens nas pias pela criadagem.
Um luxo realmente a família do Sobrado do Brejo!
Queria um aparelho completo desse. Ai, se eu fosse um Canguçu!
Repouso para o polegar com decoração de folhas de chá.
Uma louça de Chine - Macau - com certeza.
Decoração simples de pequenas folhinhas no bico.
Já andei procurando o modelo desse bule para chá na página da Copeland na internet, mas não vi nenhum modelo parecido. Acho que esta é uma louça produzida em Macau. Pelo que está escrito no inventário dos Canguçu, eles compraram louça inglesa e da China. Esta é chinesa, azul borrão, de Macau.
Na parte de baixo nenhuma marca.
Em um dos gomos do bule uma pequena mancha - um borrão - que pode tratar-se, talvez, de uma marca.
Ao longo do bico do bule repetem-se o motivo folhas de chá. Simplérrimo, uma beleza, um luxo!
quinta-feira, 12 de julho de 2018
O Crush e a Velha Bahia
Anúncio super bonito do refrigerante Crush com detalhe da antiga rampa do Mercado Modelo ainda com os lindos saveiros que aportavam lá nas idas e vindas para o Recôncavo baiano. Era lindo aqueles saveiros abarrotados de potes de barro e muitas frutas e frutos do mar. Hoje não há mais nenhum saveiro ali, nem para contar a história...
Nessa época - o anúncio é da revista Seleções de abril de 1965 - ainda se associava os saveiros à Bahia, a Salvador. Hoje eu nem sei o quê se associa a esta cidade de meu deus! Tudo mudou muito, perdeu-se o antigo feitiço desta terra.
Os prédios do antiga Biblioteca Pública e o da Imprensa Oficial da Bahia que estão à esquerda do Elevador Lacerda, já foram para o espaço, foram demolidos!!!!!!!
O Crush era um refrigerante delicioso, assim como todos os que haviam feitos à base de laranja naquela época: Sukita, Laranja Turva, Fanta e Mirinda. Quem experimentou algum desses, deve ter guardado o sabor na lembrança.
Há séculos que não tomo refrigerante nenhum, mas sei que devem estar medonhos e sem gosto.
A fábrica da Crush - eu já comentei aqui - ficava na Av. Fernandes da Cunha, no bairro em que eu morei a minha infância e adolescência, os Mares, já quase perto do Largo de Roma. Quando eu passava pela porta da "moderníssima fábrica" que tinha um grande janelão envidraçado na frente, sempre eu olhava para dentro e via as garrafas passando, desfilando, nas esteiras, já com o líquido, para receber as tampinhas. Era um bom espetáculo para os meus dias insossos.
Tim-Tim.
Os edifícios demolidos - nos anos 70 - que se veem no antigo reclame da Crush. (Google)
Mil saveiros. Mil velas entrelaçadas cortando o azul do céu e do mar. E com direito a tomar Crusch. (Google)
Saúde, Bahia!
domingo, 8 de julho de 2018
Capela de Santa Luzia . São Paulo
Essa semana foi de surpresas, de muitas surpresas. Apesar de sempre viajar para São Paulo e nas últimas vezes ter ficado sempre pela região da Av. Paulista, não sabia da existência do antigo Hospital Matarazzo e muito menos que nele havia uma capela, a Capela Santa Luzia. São Paulo é uma cidade que sempre revela surpresas porque muito grande, cresceu loucamente e é impossível por isso conhecê-la, ela sempre guarda surpresas, thesouros que acho que só o paulistano da gema deve saber. É impossível percorrer a cidade nos geralmente 15 dias que passo por lá e isso há muitos e muitos anos.
Adoro São Paulo!
Saber que uma igreja, uma pequena capela que correu risco de demolição ter sido recuperada intacta, suportada por novas vigas e que continuará sendo parte integrante da paisagem da cidade por obra de engenharia, que não foi posta abaixo e sim absorvida por esse novo projeto foi para mim uma surpresa, já que o esperado seria a sua destruição em prol do novo.
Bem, depois dessa obra de engenho, sensibilidade e arte, creio que outras "elevações", "flutuações", "deslocamentos" de construções antigas e históricas do nosso patrimônio artístico, religioso e cultural poderão ser possíveis em quaisquer outros lugares e assim não correrão risco de desaparecer.
Eu já tinha visto esse tipo de "salvamento" nos Estados Unidos, quando deslocaram por quarteirões um enorme casarão, mas, aqui no Brasil, este feito pra mim foi novidade, surpresa. E a surpresa maior foi com a sensibilidade que os donos desse empreendimento tiveram com a capela de Santa Luzia, reintegrando-a ao que se pretende fazer, um shopping, um centro comercial. Lá nas profundezas, abaixo da antiga fundação da velha Capela de Santa Luzia pessoas estarão circulando. Santa Luzia clareou as vistas e as mentes desses empresários que tiveram visão. Eles viram.
Fotos do Google.
A Capela de Santa Luzia e o Hospital Matarazzo são construções de 1904.
Abaixo, quatro imagens da mostra Made by...Feito por Brasileiros de 2014 realizada no no entorno e no interior da capela.
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