segunda-feira, 3 de setembro de 2018
Ó Céus! O Museu Nacional, O Trágico, Nunca Esperado, Mas Anunciado Fim
Esses dias fiz uma postagem em cima de uma ilustração em que uma dona de casa estava desolada por causa de uma torta que ela havia esquecido no fogo e queimado. "Ó céus", escrevi para dimensionar a decepção e o sofrimento da senhora diante da torta do dia-a-dia queimada. E eis que chega no domingo, 02.09.2018, a notícia do sinistro que tomou conta e destruiu por completo no Museu Nacional. Não tenho palavras, nem o ó céus me alivia e nem dimensiona a minha tristeza.
Metáfora de um Brasil que chegou ao fundo do mais profundo poço, este incêndio representa a ignorância e o descaso com a cultura, o emburrecimento, a insensibilidade e a rudeza que tomaram conta deste país ao qual se augurou tanta esperança e se imaginou um futuro belo e próspero. Já era. Acabou.
Ó céus!
Ai, se D. Pedro II e toda família imperial, desde D. João VI soubessem onde viriam desembarcar, em que camisa de onze varas se meteriam, acho que, talvez, talvez, permanecessem em Portugal. Para cá, não viriam.
Ó céus!
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