sábado, 19 de setembro de 2020

Passeio Antiguinho . Uma Exposição em Belo Horizonte . CEMIG 2016


Visitei essa exposição em 2016 e desde aquela época que estou para postar aqui no blog as fotos que fiz dela. Adorei, logo ao entrar no antigo casarão a decoração de cadeiras soltas no ar, pendendo do teto e presas por estruturas de andaimes de ferro o que dava um contraste magnífico com a imponência do edifício, da construção suntuosa e da escadaria belíssima. Nada como misturar o antigo com o novo, dar aos espaços outros usos e novas possibilidades de intervir sem macacar, sem descaraterizar. Adorei, fiquei suspenso no ar, sem respirar com o engraçado equilíbrio.

Não me lembro o nome da exposição. Brasilidades?? Não posso afirmar, mas tem tudo a ver. Sei que teve uma mostra com esse nome lá no CEMIG.









A mostra tinha uma parte  popular com a decoração do teto, linda, em papel de seda picotado, imagens de santos em gesso bem coloridas em altares, objetos e, os bordados que, posso dizer, tenha sido a parte erudita da exposição, pois são aqueles bordados clássicos feitos por antigas bordadeiras e que pertenceram à antigas famílias mineiras. Hoje, esses bordados tão classudos, refinados são parte do acervo no Museu do Bordado em BH que infelizmente não visitei.

Uma pena eu não ter guardado alguma coisa impressa sobre a exposição, assim poderia precisar melhor o período e detalhar e identificar melhor o que estava exposto. Não sei quem organizou, quem fez a curadoria, quem concebeu. Mas, enfim, as imagens que fiz falam por si mesmas. Amei esta exposição. Naquele momento BH fervilhava com o movimento cultural da cidade, hoje, imagino o paradeiro que deve estar.


Um Divino divino.













Os bordados e as amostras.


Frivolité. É uma renda super leve. Uma vez me disseram que alguém tinha uma colcha de frivolité e que quando ela estava sobre a cama a mesma perecia que andava...kkkk. Acho que o frivolité dá essa sensação de movimento na extrema leveza. Hoje, poucas prendadas fazem a renda. Outras frivolidades deram lugar ao belo frivolité.

Os bordados e as amostras de crochet e bainha abertas feitas por antigas prendadas mineiras. As prendadas escassearam.



















E as cadeiras no desce e sobe da escada em leque e a leveza que deram ao local. O que era pesado, de repente flutuou no espaço. Amei!


Beleza de altar, beleza de instalação.