Nas pequenas coisas o universo inteiro.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2021
quinta-feira, 23 de dezembro de 2021
terça-feira, 21 de dezembro de 2021
segunda-feira, 20 de dezembro de 2021
Uma Casa Velha
Quando passo por ali vejo uma época que passou, mas ainda não apagada pela presença dessa casa no lugar. Parece dizer, balanço mas não caio.
Não sei o que funciona ali. Ou será ainda um lar?
Linda casa - anos 20 do século XX ? - com adornos bonitos na fachada, ainda resta um vaso ao alto, mas tudo sem destaque no todo pálido.
sábado, 18 de dezembro de 2021
Uma Casa Velha
Passei por esta casa e vi um movimento de operários e pensei, vão demolir! Tratei de fotografar, mas, algum tempo depois, lá estava ela toda pintadinha de novo no seu vermelho, o vermelho que parece ser o original, realçado, avivado e, então, imagino que a demolição que virá, com certeza, não será de imediato.
Que bom!
Eu amo esses adornos de fachada moldados em cimento que dão ideia de um balcão sob a janela. Enfeitam, embelezam. Pintados, ressaem os desenhos de flores e guirlandas tão bonitos e de gosto tão nostálgico...quem morou ali, quem era a família que viveu ali os seus dias até vendê-la para alguém que não a usa como morada - a casa parece ser de alguma instituição e funciona como uma repartição, sei lá.
Quem ali viveu bons e dramáticos acontecimentos?
Lembro da crônica de Hidelgardes Vianna que descrevia as casas de antigamente e o "janelar" todos os dias dos seus moradores, pelas mocinhas e tias velhas apreciando o movimento da rua. Para "janelar" bem e por muito tempo se usava uma almofadinha para não machucar os cotovelos. Tinha muita coisa para apreciar...Nas procissões e dias festivos estendia-se uma toalha adamascada.
E assim seguia a vida de quem fazia da janela uma tela de cinema.
Foi-se esse costume tão prosaico e, hoje, fazer uma janelada pode resultar em incômodo, assalto, invasão da casa, um deus nos acuda qualquer. Socorro! Tempo tenebroso como me dizia um amigo e tão diferente do ingênuo tempo do "janelar" das antigas casas de família.
Participação especial, a fiação da iluminação pública que tece verdadeiras teias e emaranhados sem fim e poluem visualmente toda a cidade. Um horror! Os fios são tantos que se destacam mais que o objeto fotografado. Socorro!
terça-feira, 14 de dezembro de 2021
Carmen Mayrink Veiga . México . 1974
Um amigo do blog me deu a dica sobre um vídeo onde Carmen Mayrink Veiga aparece em dois momentos, na praia dando pinta com um enorme chapéu, acho que ela não deveria gostar de sol nem de praia e, à noite em grande estilo na abertura de um grande hotel no México em 1974. Não resisti e copiei as fotos e gravei as cenas onde a I e Única surge belíssima, para variar.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2021
Torresvidros
Na Torresvidros coloquei muitas molduras em quadros. Lá comprei uma coleção de santinhos franceses de primeira comunhão dos anos 50, acho, um refugo maravilhoso, enchi a mão. Na Torresvidros vendia umas Iemanjás pequenas em biscuit que nos anos 70 muita gente tinha em casa e se colocava dentro de uma taça com água. Até hoje eu tenho a minha. "Grande sortimento" KKK de velas em todos os tamanhos, imagens de santos, ex-votos de cera, calungas de louça diversos, cafonálias maravilhosas diversas e interessantes era o que compunha os productos à venda na loja. Uma beleza!
Era a própria dona da loja que atendia, uma senhora ótima, simpática e tinha uma funcionária antiquíssima que trabalhava no balcão.
É coisa!
Os santinhos franceses belíssimos eu já coloquei aqui no blog. A Iemanjá também.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2021
Carmen Mayrink Veiga e os Álbuns
Se estiverem guardados e conservados por alguém ou instituição, aqueles álbuns valem ouro, pois contam não só a vida de Carmen em fotos e matérias de revistas colecionados por ela, anotações e a descrição detalhada dos muitos jantares, almoços e festas em suas casas do Rio e de Paris, mas, também, a história de algumas décadas de muito luxo, requinte e sofisticação, anos 50 para os 2000 do século XXI. Um documento, é a palavra.
Sim, essas décadas estão ali contadas através de uma pessoa que viveu um mundo seleto, no qual ela estava incluída, de pessoas privilegiadas, bafejadas pela sorte, daquelas que tinham muito dinheiro, prestígio e tradição. Um recorte. Um viés. Os álbuns, um documento.
De vez em quando releio o ABC de Carmen, livro de crônicas deliciosas que ela escreveu sobre tudo e tão bem e, me bati com o A de álbuns e fiquei a pensar e imaginar como seria interessante que os mesmos fossem editados, publicadas as fotos e os comentários de época por ela feitos. Um documento. Memórias. Ali tem tudo. Seria muito bom que eles viessem à luz.