sexta-feira, 8 de maio de 2020
Duas Fotos. Dois Instantes de Fé
A foto acima eu comprei num "servidos", estava em um pacote com imagens feitas em um interior baiano - muitas já postei aqui - mas essa está sem identificação. A cena é de festa religiosa, talvez a do santo padroeiro com a igreja repleta de gente na porta, talvez o início ou fim da missa, a dispersão.
A foto foi comida pelas traças pelo lado esquerdo e quase "leva" o rapaz em primeiro plano que segura o seu chapéu. Ele poder ser o motivo da foto. Ao fundo, os habitantes daquela paragem, todos de branco alvíssimo, "um côco", chiquérrimos, elegantemente trajados na homenagem ao santo na festa da cidade.
Adoro essas fotos que me levam a divagar e a imaginar... onde foi parar esse instante congelado pela fotografia antiga, amarelecida, descascada?... onde se deu aquele instante no tempo que se foi.
Abaixo, uma foto de uma missa no interior de Minas Gerais, cidade de São Miguel do Cajuru, distrito de São João del Rey, 1937. Peguei a foto de um grupo de fazendas antigas no Facebook. Quando eu vi a imagem me lembrei da que eu tinha guardado e imaginei as duas juntas.
Uma missa está sendo celebrada na sede da Fazenda do Mato Virgem pelo padre que deveria ter vindo de São João del Rey. Também, aqui nesta foto, todos estão no seu melhor, roupas domingueiras, "paletots" mil e muitos de branco. "Um côco".
Pronto. Uni o interior da Bahia ao interior de Minas em dois instantes de fé. E elegância.
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