Avenida Lafayete Coutinho . Avenida de Contorno . Salvador . Bahia

Imagem para Ver. Rever. Pensar. Repensar. Imagem para Crer e Descrer. Imagem para imaginar como mentirosa. Falsa. Uma grossa montagem, ou refinada montagem. Uma maquete? Recriação de uma paisagem, de planos, de um recanto, de um lugar, de um logradouro. E perguntar: Essa é realmente a Avenida Lafayete Coutinho, vulgo Av. de Contorno? 

Aonde foram parar essas paisagens. Aonde foi parar Salvador?

Essa "vista parcial" está no livro Bahia Colorida com textos de Jorge Amado, desenhos de Caribé e fotos de Bruno Furrer - Coleção Mercator - São Paulo - 1970.
 

Diminutas Lembranças 1

De minha amiga Vera U. ganhei várias fotos antigas de parentes, amigos, conhecidos, gente antiga que se perderam no tempo. Restaram as imagens, as "diminutas lembranças" que me foram presenteadas. Jogar fora ela não iria, então, melhor dar para um amigo que vai fazer um bom uso delas, tirar um bom caldo.

Das fotos antigas não deixo passar nada, devoro os rostos, expressões, poses, o scenario, roupas, cabelos e as dedicatórias que são uma maravilha, pequenos textos - diminutos - que dizem muito, falam de affecto, carinho, saudades, lembranças. A primeira foto tem uma dedicatória linda, simples, retraída, recatada, respeitosa...que aceitassem aquela delicada lembrança...diminuta. Adorei!!!!

E lá vão aqui as photographias antigas que herdei, em uma série que intitulei de Diminutas Lembranças.

Batendo continência. Avante!

Casal muto chique. A menininha linda com o diminuto, quer dizer, ENORME laçarote no cabelo como era moda nos anos 20. Haja fita larga nos armarinhos!

Maravilhosas mocinhas, com a mamãe ao lado, todas usando os seus melhores trajes para demonstrarem um grande affecto.

Everaldina! Meu deus que nome antigo! Será que ainda batizam uma menina como Everaldina? Nome milenar, amei. E amei o "como expressão inabalável" da dedicatória. E Everaldina estava muito chique no vestido de listras e bem comportado. Era o ano de 1917!

 

Nos anos 20 do século passado a expressão diminuta lembrança estava na moda.

Ontem, Um Gato

Tem Um Dia, Um Gato, o filme e tem ontem, o meu dia, tão comum e sem novidades e um gato que me me chamou atenção ao sair de uma agência dos correios daqui de Salvador. O gato fica num cantinho que ninguém vê, atrás de uma grade amarela que cortei quando editei a foto. Ele é um enfeite, um adorno de jardim, moldado em cimento com estrutura interna de ferro já um pouco aparente. Está bem mal tratadinho pelas sucessivas camadas de pinturas que deixam as suas formas bem menos definidas. Está gordo, parrudo de tanta tinta. Merecia um belo restauro e um lugar de destaque...aqui em casa mesmo ficaria ótimo! Uma beleza! Dava um trato, raspava os borrões de tinta e pronto!

E o meu dia de ontem foi assim: um Gato.