sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Janelas Ogivais - William Lagos - 2011

Como um salão de âmbar as janelas
se abrem ogivais desde o passado,
de antigo olhar seu vidro trespassado:
remotas mãos tocaram em suas telas.

Por elas já se viu combate irado,
contemplaram-se igualmente damas belas,
donairosos cavaleiros em suas selas,
desde os séculos do vetusto califado.

(Janelas Ogivais 1. As duas primeiras estrofes do poema de William Lagos.)


Teatro Polytheama

A foto de sempre. Matéria de A Tarde em 2001. Mas, deu um caldinho ao detalhar...

Bonito. Estilo eclético. Frontão neoclássico com óculos e janelas  ogivais. Era tipo um casarão. Acho que ficava onde é, hoje, o Instituto Feminino.Em várias fotos da Salvador antiga, sempre aparece um condutor de burros ou jegues, não sei a diferença... Acho ótimo! Às vezes, tem gente chiquérrima e, do lado, um jegue!

Não poderia estar de pé, hoje??? E phuncionando???? Estariam levando o quê? Um drama em 5 atos? Um boulevard?

Cine Teatro Guarany

Matéria do Jornal A Tarde de 2001. Vamos fuçar!













 Esse prédio era lindo! Demoliram ou pegou fogo?

Acho que a porta deveria ser mais trabalhada, fechativa, combinando com a construção. Ou já tinham colocado porta de correr por causa da gatunagem???? Acho que quando abriam essa porta de rua, vinha uma outra interna, mais condizente com o local, madeira, vidros etc... Será?



 Um filme-O Beija-Flor?- de Gloria Swanson estava sendo levado, mas, é claro, não era ainda o tempo de Norma Desmond. Ela ainda não tinha enlouquecido Cecil!


 Entradinha simples, com um portãozinho...

 Tinha anúncio nessa pilastra. Quem entende? Tem que chamar Molina!



Muito movimento!

A gente do local...

Uma baiana de truz! Ela está com um pequeno embrulho ou um papel na mão. Estaria comendo uma cocada ou um delicado e minúsculo acarajé? Um acaçá? Branco ou vermelho? Um quadrado de amoda?
Subiria a Ladeira de são Bento ou quebraria à Barroquinha em direção à rua da Vala? Em qual caminho seguisse, entraria nas igrejas em frente e, genuflexa, se benzeria e rezaria um Pai Nosso, uma Ave Maria ou diria uma jaculatória rápida e seguiria caminho.
Não tinha pressa, tinha tempo pra tudo e o tempo sobrava. Da rua da Vala-Baixa dos Sapateiros- se desse na cabeça, pegava um bonde e ia no Rio vermelho visitar uma comadre. Passava na casa de Iemanjá, comprava um quilo de peixe e voltava pra casa.Sem pressa. O peixe era fresco, não iria "moer". Pra que correr? Correr pra quê?

Teatro São João 2


Matéria do Jornal A Tarde de 2001 sobre teatro na Bahia e das casas de espetáculos que existiram: o Teatro São João, o Cine - Teatro Guarany e o Politeama. Não resisti e detalhei as fotos procurando ver o que rolava naquele cotidiano tranquilo e os hábitos do povo, através desses instantâneos congelados no tempo.

 Não entendi o que está escrito... Tem que chamar Molina?






Belezoca! Lindo!!!!







 Maravalha!

 Eu estava lá!

 Incêndio! Nunca vi uma cidade pra acontecer tantos sinistros como esta! Tudo pega fogo! Ou se demole! Tudo vai abaixo, igrejas, teatros, bibliotecas...Uma desgraça! Salvador poderia se chamar Fênix. Sempre renasce, mas, um dia...


 Interior do teatro. Nesse dia acontecia um jantar. No palco e na plateia, mesas postas. E nas frisas, camarotes e torrinhas??? "assistia-se" ao jantar da aristocracia??? Se isto acontecesse hoje seria um festival de cusparadas!












Ela estava ótima!!!! Sentadinha no camarote dando a nota, olhando o povo a comer e morrendo de fome!