sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Paredão em Cobogó


Enorme paredão abaulado e coberto por cobogó em cada andar de um edifício do início dos anos 50 de inspiração art- déco. Ainda tem muita coisa original, piso e corrimão em marmorite na escadaria larga que dá acesso aos apartamentos. Na entrada do edifício, mármore francês em dois tons de cinza forram as imensas paredes, a escadaria é também em mármore, um mármore lindo, róseo. 
Mas, coisas absurdas, obras malucas que já fizeram por lá estão dia a dia descaracterizando o prédio e nem quero pensar no que ainda farão de barbaridades.
Poderia colocar outras fotos do edifício mas, hoje, só vou de cobogó

 

Passeio Antiguinho . Cobogó Rosa




 Em um edifício em que vou sempre este cobogó me chama atenção pela cor rosa, pela utilidade, ele ilumina e ventila um corredor escuro e, também, pelo abandono. Ele é dos anos 50 e acho que ele não é limpo desde aquela época, portanto, tem sujidades históricas que remontam  à sua inauguração em 1956
O cobogó além da utilidade faziam um efeito de movimento belíssimo nas paredes onde os colocavam, transformavam  lugares tristes em alegres, quentes em frescos. Uma pena que os moradores não se toquem com a importância deles para o prédio e para a vida dos que nele habitam.
Gosto dos cobogós, mas só gosto dos antigos. Estes novos que tentam parecer antigos, não gosto. Gosto desses, de cerâmica vidrada, gosto também de uns rústicos de cimento bruto que pintavam de acordo com a cores do ambiente. 
Cobogós, cobogós... em tempos mais frescos eram tantos e hoje, em tempos tão quentes, ficaram raros.