sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Carmen Mayrink Veiga e os Álbuns


 


Os álbuns que Carmen Mayrink Veiga fazia e "que ninguém nunca viu", onde andarão??? Com quem ficaram? Com a família? a família doou para alguém, para alguma biblioteca, instituição, um museu? Foram vendidos todos juntos ou separadamente ou será que desapareceram, sumiram mesmo?

Se estiverem guardados e conservados por alguém ou instituição, aqueles álbuns valem ouro, pois contam não só a vida de Carmen em fotos e matérias de revistas colecionados por ela, anotações e a descrição detalhada dos muitos jantares, almoços e festas em suas casas do Rio e de Paris, mas, também, a história de algumas décadas de muito luxo, requinte e sofisticação, anos 50 para os 2000 do século XXI. Um documento, é a palavra.

Sim, essas décadas estão ali contadas através de uma pessoa que viveu um mundo seleto, no qual ela estava incluída, de pessoas privilegiadas, bafejadas pela sorte, daquelas que tinham muito dinheiro, prestígio e tradição. Um recorte. Um viés. Os álbuns, um documento.

De vez em quando releio o ABC de Carmen, livro de crônicas deliciosas que ela escreveu sobre tudo e tão bem e, me bati com o A de álbuns e fiquei a pensar e imaginar como seria interessante que os mesmos fossem editados, publicadas as fotos e os comentários de época por ela feitos. Um documento. Memórias. Ali tem tudo. Seria muito bom que eles viessem à luz.