Não me compraz, não me satisfaz, não me dá nenhum prazer ter de remexer nesses meus recortes antigos de jornais e revistas que trazem um assunto que, na época, me chocou muito e fiquei completamente arrasado: o "ressurgimento" de repente, não mais que de repente e de maneira tristíssima nas manchetes de todos os jornais do Brasil, de duas daquelas que foram os maiores cartazes da música brasileira desde os anos 30 até os 60, Linda e Dircinha Baptista.
Como elas eram muito direitinhas, imaginava que tinham se aposentado numa boa, tinham feito um pé de meia e viviam em casa, bem, bordando, cozinhando, sei lá, tipo duas donas de casa comuns. Qual nada! O que eu li nos jornais sobre as duas, eram cenas de filme de terror, de verdadeiro horror, de total decadência. E fiquei apavorado!!!
Fiquei ligado no que saía na imprensa depois do sucedido e esses recortes são da época, anos 80, já amarelinhos e que precisavam de uma boa escaneada para não desaparecerem. Agora irão ficar por aí, nas nuvens, no céu como as Baptistas.
Revista Isto É - Abril de 1988. |
Os textos seguintes são de 1998, época em que foi feita uma peça no Rio que contava a história das duas cantoras, desde a época da glória total ao terrível abandono em que viveram na velhice.
Não vi a peça. Vi no Youtube umas cenas que não sei se ainda estão por lá. Foi uma boa homenagem prestada às duas cantoras.
De lá pra cá, total silêncio sobre elas. Mas isso acontece com Elizeth, com Nora Ney, com Dalva, com...
Alô!