Se o ano é de Ogum para o Candomblé, então deve ser de Santo Antonio para os Católicos.
Para os Orientais, o animal que comandará o ano a partir de fevereiro será a Cabra. O Carneiro.
Então vai ser o ano do Guerreiro e Vencedor Ogum, do querido, milagroso e doce Antonio e da dengosa e luxuosa Cabra.
A mistura é boa.
sábado, 3 de janeiro de 2015
Igreja do Bonfim . Tradições e Milagres do Bonfim
Fotografia assinada por Lindemann no livro Tradições e Milagres do Bonfim e Resenha Histórica da Península de Itapagipe de Carlos Alberto de Carvalho, editado em 1915.
É um livro interessantíssimo de história, com muitos causos e fotos da Igreja do Bonfim e da Cidade Baixa.
Foto assinada por Lindemann.
Proémio é ótimo! Melhor, só Pródromos!
-Eu não disse tudo, fiz apenas um bosquêjo de fatos, um apanhado generalizado...
-Vou fazer uma ligeira explanação, uma pochade, apenas! Não me aterei à detalhes! Serei breve...farei uma pochade simples, meus amigos!
Postal da Igreja do Bonfim. Anos 70
Igreja do Bonfim, postal que deve ser dos anos 70 pelo visu e pelas roupitas usadas pela senhora e a mocinha que descem a escadaria e pelo vendedor de fitinhas e lembranças da igreja, sozinho e discreto com a sua malinha. Nota-se a diferença entre o ontem - e foi outro dia! - e o hoje.
Agora são mil vendedores de fitinhas atendendo a multidões de fies e a igreja com o gradil nu é coisa do passado, hoje é costume amarrar as fitas nele que o deixa totalmente encoberto.
Acho feio esse costume folclórico que começou há pouco tempo, nos anos 80, sei lá!
Em Paris amarra-se cadeados, aqui, fitinhas.
Folclore aqui e lá. Mas lá, em Paris já proibiram a amarração dos cadeados por dois motivos: descaracterizam o gradil e o sobrepeso é um perigo para a ponte.
Mas, voltando à mocinha e a senhora... se a mocinha não estivesse tão prafrentex, eu poderia imaginar que fossem Dona Lucy e Amália Lucy piedosas a pagarem promessas!
Afinal, o postal é 70!
-Estou emocionada, mamãe!
-Eu também, minha filha!
-Não compraram nem uma fitinha! Misericórdia!
Estampa de Santo Antonio de Pádua
Reiniciando os trabalhos para o ano de 1915 aqui no meu congá virtual, começo com uma estampa do meu, do seu, do nosso Santo Antonio, um dos santos mais populares e queridos pelo brasileiro.
Nas terças feiras na Igreja da Piedade são rezadas missas o dia inteiro e sempre lotadas. Gente saindo pela porta, assistindo à missa na escadaria de Lioz. Finíssimos!
Esta estampa, que deve ser do século XIX, eu comprei no ano passado, 14, e, como estava amassadinha, deixei dentro de um livro para estirar.
Os livros além de ilustrar cabeças e, em cima da própria, tornar elegantes aqueles que pretendem sê-lo, servem também de prensa deixando com cara de novo o antigo.
Quantas utilidades têm um livro, não é mesmo, querido telespectador?
Estas estampas de santos chamadas images pieuses, eram muito comuns nos lares católicos.Toda casa de truz, de linha, tinha uma, ou trezentas, a depender do número de devoções e do poder de compra da família.
Esta linda estampa de Santo Antonio deve ser francesa. São no mesmo estilo das alemãs assignadas por Leiber.
A marca do fabricante no canto inferior esquerdo.
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