quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Cangaço Colorido . Rubens Antonio . 2016


Há uns dois anos eu coloquei aqui no blog umas imagens do trabalho do artista baiano Rubens Antonio que adorei e achei um trabalho super interessante, delicado, minucioso e que, sem ficar cafona ou parecendo simples fotos retocadas, nos dá uma nova imagem da vida, do cotidiano e, principalmente, da indumentária usada pelo grupo de Lampião, cheia de detalhes, ricamente bordadas, dos adereços, acessórios e as joias usadas.
Nas fotos originais percebemos a riqueza do vestuário, mas, com este trabalho de Rubens Antonio percebemos melhor a estética daquele grupo de pessoas que, apesar de viverem em condições hostis e adversas, sem conforto e se deslocando constantemente de um lugar pra outro do sertão agreste, não se descuidavam da aparência, aliás, parece que o visual, a ostentação nas vestes, era de fundamental importância para eles.
Dizem que Lampião costurava e bordava. Dá pra ver nas roupas a utilização do ponto cheio, nas faixas que cruzavam o corpo, nas bolsas. O ponto corrente devia ser muito usado, assim como o ponto atrás. Muitos pespontos, aplicação de bicos, de tachas. Enfim, requintes a que eles se davam e que a gente nem suspeitava que ocorresse naquelas lonjuras do sertão nordestino.
  





















Além das fotos do cangaço e seus personagens, a Salvador antiga também recebeu as cores do artista.







Saindo da exposição, fiz essas fotos do antigo casarão em estilo eclético - bolo de noiva - da família Catharino.












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