domingo, 8 de dezembro de 2013

O Mobiliário Antigo na Bahia - Carlos Eduardo da Rocha



























2 comentários:

  1. Jorge

    De vez em quando venho aqui para ver as tuas postagens mais antigas e gostei muito destas fotografias do mobiliário antigo da Bahia. É uma época de ouro do mobiliário neste antigo reino, que eramos dantes. Com efeito o mobiliário português dos séculos XVII e XVIII adaptou de uma forma original e feliz as influências espanholas, holandesas, francesas e inglesas. Uma das características deste nosso e vosso mobiliário ´
    e a qualidade das madeiras. Usava-se sobretudo madeiras vindas do Brasil, como o pau santo, que aí e no Açores se designa por Jacarandá, o que conferia desde logo uma grande qualidade ao mobiliário. Eu só não compro mobiliário, porque a minha casa é muito pequena, mas tenho uma dessas mesas com torneados (nºs 1 e 2), com o tampo e pernas em pau santo e as travessas em vinhático. É uma peça original do XVII, herança de família.

    Mas tenho a sorte de trabalhar num museu com uma belíssima colecção de mobiliário desses séculos e posso usufruir todos os dias da semana da beleza e dignidades dessas peças. Temos até uma cómoda oratório semelhante a do nº 14. Espreita o link http://www.museudearteantiga.pt/colecoes/mobiliario/oratorio-sobre-comoda

    Enfim, quando esta pandemia passar e tu poderes viajar, tenho o maior gosto em fazer-te uma visita ao Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa e convidar-te para almoçar no jardim do Museu, com vista para o Tejo.

    Um abraço lusitano

    ResponderExcluir
  2. Aaaaah,Luís, muito obrigado pelo convite, mas viagens, nem sei quado voltarei a fazer! Eu não vislumbro vilegiaturas nem pelo Brasil!
    Sim os móveis coloniais brasileiros eram uma loucura, tem uma mistura de estilos e um sabor bem brasileiros, os móveis têm movimento, as madeiras ficavam dóceis às curvas, mobiliário para ser usado com conforto.
    Eu amo a cor do jacarandá, mas, não tem mais. Acabou. Na verdade, prefiro outras madeiras, o Cedro, o Vinhático, a Gonçalo Alves, o Ipê, a Sucupira. E tem tantas outras lindíssimas.
    Muitos dos móveis do livro de Carlos Eduardo é do acervo do Museu de Arte da Bahia, que tem mobiliário de cair o queixo! Florestas inteiras transformadas em utilitários durante todos esses poucos séculos, foram o suficiente para a extinção de tantas madeiras nobres.
    Em todo caso, ainda bem que não usaram para fazer carvão.
    Está um silêncio no convento hoje...
    Um abraço.

    ResponderExcluir