sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Natal 1968

Sim, não se espante, a data acima está certa!


Pepita de Ouro!


Formosa!


Candura!


As árvores dessa propaganda de Seleções - dezembro de 1967 - são lindas, levíssimas, uma transição entre aquelas pesadonas verdes que se decorava com algodão/neve e, depois, umas medonhas prateadas de material duro e super cafonas e que até hoje existem. Podres!  Essas são lindas, delicadas, mas, na época, nunca vi...deveriam ser caras e não estariam para o orçamento de meus papais. Oh! 
A de lá de casa era a verde que durou anos, com o algodão e as bolas de vidro, aljôfar. Eu gostava mais das bolas que da árvore. Tinha umas bolas lindas, de diferentes formatos, decoradas, ricas. Ponteiras magníficas chegando quase ao teto. Hoje as bolas são medonhas! 
Não gosto de Árvores de Natal, aliás não gosto do Natal, festa ansiosa e feita para o consumo. Mesmo eu ficando meio por fora, sou invadido pelo "triquitriqui" e acabo comprando lembrancinhas e presentes. Oh! 
Festa agoniada, reuniões chatas. Felizmente os meus últimos natais tem sido com pouquíssima gente, mãe e irmãos e os ramos mais próximos da nossa árvore.
Feliz 1968, sim, não se espante! A data está certa, ou seja: é sempre a mesma coisa, a mesma lenga-lenga.

Sanduíche de... Rato!


Ilustrando uma piadinha sem graça, aquelas bem típicas das revistas Seleções, para toda a família, estava esse desenho de um sanduíche de rato ou um rato intrometido enfiado no meio de duas fatias de pão. Achei uma gracinha o desenho do rato com as orelhinhas em pé e o rabinho saindo de entre o pão dando  uma volta elegante. KKKK
Esta ilustração está em uma Seleções nova, isto é, de 1999, época em que já quase nada se salvava ou se aproveitava em relação às propagandas e ilustrações. A fase boa vai até os anos 60, 70 no máximo.
Mas, entre uma coisinha e outra, um ratinho aqui, um pãozinho ali, eis que me apareceu - e adorei! - este apetitoso sanduíche de rato. 
No desenho tudo bem, mas na realidade eu teria uma síncope. Fatal.



quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Brigitte Bardot e o Verão


Quando eu vi esta foto de BB no Facebook - Brigitte Bardot par Manuel -  me lembrei logo do verão, de praia, de sol, desta estação do ano que Brigitte corria atrás. Onde estava o sol, onde estava o verão, BB  estava lá. Por ele e por l'amour ela veio parar em Búzios, no Brasil, por duas vezes.
Lembro de uma matéria pregada em meu álbum de BB, quando ela foi a uma ilha minúscula e deserta chamada Ilha Nua - autêntica plage abandonnée -, para tomar sol, cair na água e amar o homem da época. 
Ai, que maravilha, que descompromisso fantástico!!!
Eu amava esta leveza de Brigitte a quem só interessava os homens bonitos, os animais, o sol, a praia, o verão. Leve, leve, levíssima BB.
Hoje, gosto de vê-la enrugada, velha, se amparando numa bengala e os animais - todos - correndo atrás dela. Gosto de saber que vendeu tudo o que tinha de valor ganho no cinema para fazer uma fundação de proteção aos animais. Atuante BB!
Não gosto de umas posições equivocadas que ela tem em relação a algumas coisas, política, homossexualismo, imigrantes. 
Mas, ninguém é perfeito e, a mim, só interessa a mulher bonita, a mais bonita e sexy estrela do cinema que foi Brigitte Bardot.
Abaixo um remix delicioso de La Madrague.




quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Joan Crawford e o Natal


Revista Seleções, dezembro de 1967.


 Adoro Joan Crawford e a cara dela de maluca prestes a surtar, explodir e dar um ataque de nervos violentíssimo. Apesar de sempre estar impávida e colossal em seus trajes elegantes e conjuntos de joias combinando, impecável, o climão era de falsa calma, de controle no descontrole. 
Rosto impenetrável. 
Maquiagem pesada. Linda e serenamente falsa. 
Um vulcão adormecido e pronto para explodir!
-Corram, crianças!!!!! 
Imaginemos um Natal em casa da Crawford. Meigo.
Que pax!


Anúncio da Pepsi, revista Seleções, abril de 1967.



segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Biscoito Avoador . 2


Ou voador, como está escrito na receita, são os famosos biscoitos de polvilho feitos no interior da Bahia, Sergipe e em Minas Gerais, porém com algumas variações e denominações. O comum a todas as receitas é a massa escaldada com água ou leite fervendo e misturado à gordura. Aqui na Bahia, além do nome voador ou avoador são chamados também de Chimango e de Peta. Em Minas são biscoitos de polvilho ou de goma mesmo.
Os biscoitos Globo famosíssimos no Rio de Janeiro são, também, biscoitos feitos de polvilho ou de goma. 
O pão de queijo mineiro também é de polvilho.
A bolachinha de goma, doce, é de polvilho.
O Brasil é o país da goma e do polvilho. E haja mandioca!
Aliás, louvemos a mandioca!
Esta receita - que não lembro quem me deu - está colada em um caderno meu. Uma outra de avoador - voador - e também manuscrita, já postei aqui. Mas essa eu me lembro bem quem me deu: d. Maria, senhora nascida em Palmeiras, Chapada Diamantina e que já faleceu. Dela eu ganhava sacos e mais sacos ENORMES de avoador - voador.
É por isso que eu sou uma pessoa muito viajada.
Voo demais.

domingo, 17 de dezembro de 2017

A Hora do Chá em 1968 . 2


Mais um reclame do Chá Tender Leaf na revista Seleções em 1968. Na outra postagem também sobre a hora do chá, a sala de visitas era mais moderna, móveis e decoração mais a cara dos anos 60. Aqui, o esquema 68 é outro, um esquema mais para o tradicional com direito a cadeiras tipo poltrona de palhinha - deveriam ser hiper desconfortáveis - um móvel em primeiro plano com a bandejona e os bules de prata para o chá e leite, salvinha com biscoitinhos de polvilho (?) e triviais.
De lado parece que tem um aparador ou um console, com decorações douradas. No fundo um móvel bufê.
Pintura acadêmica e moldura dourada imensa. Papel na parede e candelabro suspenso.
Enquanto o mundo fervia e dava reviravoltas na política e nos costumes, as mocinhas aqui passavam incólumes e ilesas sobre qualquer movimento contestatório. O chá era mais importante.

O chá? À altura.
Tender Leaf, naturalmente.


E o chá em saquinhos era novidade. Tão prático tomar o chá em 1968!

Carmen Mayrink Veiga na Imprensa de Salvador - Bahia




Nos dois mais importantes jornais impressos de Salvador a morte de Carmen Mayrink Veiga, como não poderia deixar de ser, foi também destaque. 
Carmen em todas as vezes que veio a Salvador sempre mereceu notas desses jornais, principalmente através de suas colunas sociais.
Foi citada a sua presença na missa celebrada pelo Papa João Paulo II quando aqui esteve nos anos 80
No Correio da Bahia, lembro da divulgação nos anos 90 de uma palestra que ela aqui fez sobre moda e etiqueta no Hotel Transamérica.
No jornal A Tarde, o mais antigo e tradicional da cidade, Carmen sempre foi notícia, também, na divulgação de sua palestra nos anos 90. Nesse mesmo período mereceu nota a sua admiração ao provar um bolo de especiarias, receita da tradicional família Wildberg, a qual, levou consigo para o Rio.
No jornal A Tarde era reproduzida semanalmente a coluna de Ibrahim Sued, então, volta e meia e lá estava notas sobre Carmen. Ainda no jornal A Tarde, saiu nos anos 80 uma matéria de quase meia página com foto deslumbrante de Carmen
Tudo isto foi o que li e, por sinal, já colocado aqui no blog. Outras notas, notícias e fotos devem ter rolado pela imprensa local durante décadas, mas essas são as que tive ciência.
E, por fim, estas duas notas reproduzidas aqui, derradeiras e tristes do falecimento da elegantérrima e popular Carmen Mayrink Veiga.
Mas, é isto!
   


Carmen Mayrink Veiga e Danuza Leão . 1981


Quem me comunicou a morte de Carmen Mayrink Veiga foi minha amiga baiana/carioca, a fotógrafa Thereza Eugênia. No e-mail, vinha esta foto que ela tinha feito de Carmen e Danuza na platéia do show Fantasia de Gal Costa no Canecão em 1981.
Já tinha visto Carmen com essa roupa e esses brincos ventarolas, mas tendo Danuza ao lado foi uma novidade para mim e para o blog.
Carmen em 1981: deslumbrante! 

sábado, 16 de dezembro de 2017

Chico Buarque e Elis Regina . 1968


Dois anúncios da Campanha Nacional de Combate ao Câncer, veiculados na revista Seleções Reader's Digest, respectivamente nos meses de agosto e outubro de 1968.



Ventarola de Santa Bárbara


Na festa de Santa Bárbara deste ano, a ventarola com a imagem da santa deu a nota. Ótima ideia para espantar e aliviar - um pouco - o calor. Adorei. Queria uma para mim...
A foto é de Marina Silva para o Correio da Bahia.


Maracanã


Foto linda e terrível do Maracanã em dia de jogo, isto é, depois do jogo. 
Não gosto e não entendo de futebol, mas gosto do fenômeno futebol quando sei que ele une toda uma população de um país especialmente a brasileira. Não gostar de futebol neste país - do futebol - é exceção na qual estou incluído, mas eu se gostasse do esporte, penso que jamais teria uma atitude agressiva com um torcedor de time opositor. O ato de jogar é uma disputa entre dois times, então que vença o melhor. O perdedor tem que se conformar, partir para um outro jogo e, quem sabe, ser o vencedor da próxima partida.  E a vida segue. Agora ninguém se conforma mais em perder, há um descontrole, um surto de falta de educação geral e o vandalismo toma conta.
Não entendo como as pessoas que gostam deste esporte e dizem ter por ele amor, depredam um estádio, agridem outros torcedores, saqueiam, roubam e até matam. Praticam as maiores e mais absurdas vilanias com naturalidade. Sentimento de culpa, remorso, vergonha e arrependimento não têm mais, pois o lado animal tomou conta e o juízo e o raciocínio saíram de escanteio. 
Esta semana fiquei em choque com cenas que vi pela TV antes, durante e depois de uma partida entre dois times neste estádio que é a cara do Brasil.
O negócio não está bom. O país está doente.
A foto do Maracanã - sem crédito - visto através de um vidro craquelado de O Globo, edição de ontem, é um atestado disto. 


quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Fécula de Batata Colombo




 Essa caixinha azul-rei e meio arroxeada de Fécula de Batata eu vi durante anos nas prateleiras e gôndolas de supermercados em todo o Brasil e ela assim permaneceu, com este desenho antigo durante muito tempo, mas, de repente, não mais que de repente, a fécula sumiu ou mudou de embalagem, se pirulitou. Achava tão bonitinha essa embalagem que a cortei e colei em um antigo caderno de receitas.
Certas embalagens ficaram iguais durante muito tempo, como a de Cremogema - linda! - a de Maizena, sempre amarelona e preta, o Nescau, Ovomaltine... depois todas se modernizaram para se aproximarem de um novo gosto, de uma nova época e de outros consumidores.
Mas a fécula de batata continua sendo vendida por aí, porém não mais azul-rei-arroxeado e não sei se ainda da Colombo.


A receita do Bolo de Fécula de Batata no verso da caixinha é o tradicional e o melhor. Delícia.

Quem faz o Biscoito da Rainha?


Uma boa pergunta.
Propaganda dos anos 80 de biscoitos Cream Craker colada em um livro meu de receitas culinárias.



A rainha Elizabeth II sorridente e satisfeita após degustar o seu biscoito diário.
-Eu aprecio muito este biscoito, meu filho. Vai muito bem com o chá.

Santa Luzia




Hoje em Salvador, 13 de dezembro, aconteceu a missa e procissão de Santa Luzia, que sai da Igreja do Pilar - linda e toda restaurada - e percorre as ruas do Comércio. Na igreja, a fonte de Santa Luzia com a água benta que serve os milhares de devotos que lá vão todos os anos pagar promessas e lavar os olhos. À noite tem festa profana, ou tinha, pois a cada ano vem caindo muito a frequência, assim como a da festa da Conceição. Signal dos tempos! 
Até os anos 80 eram muitas as barracas de comidas e bebidas e muito samba após as rezas. Praticamente acabou aquela alegria. Aliás, tanta coisa boa acabou no Brasil que está ficando um país que não respeita e não conserva as suas tradições. 
Uma tristeza.  Identidade (?) quase zero.
Vamos pedir a Santa Luzia que conserve sempre a saúde dos nossos olhos e os deixe sempre bem abertos e ligados nos males que nos rodeia.






 As fotos são do Correio da Bahia.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Estampa de Santa Bárbara


Adoro essas estampas de santos muito comuns à partir do final do século XIX até o XX. As originais alemães - Leiber - são lindas, a impressão perfeita com muitos detalhes e bem coloridas, mas as cópias ou similares também eram muto bonitas, como é o caso dessa estampa de Santa Bárbara que comprei há algum tempo já bem metralhadinha pelo trabalho nefasto das traças. Elas, como eu, são loucas por papel, só que eu conservo e elas... destroem!
Retirei a estampa da moldura para limpar e aproveitei para escanear e postar. Já tenho uma original Leiber de Santa Bárbara, mas esta é totalmente diferente. E linda!
Em breve esta outra estará no meu quarto dos santos.



sábado, 9 de dezembro de 2017

Carmen Mayrink Veiga . Um Cartão - Postal



Nesses 5 anos do blog Antiguinho, fiz 228 postagens com fotos, textos e entrevistas dadas por Carmen Mayrink Veiga na imprensa. Desde o final dos anos 70 que venho colecionando esse material e, é ele, que está publicado, ou melhor, republicado aqui e pacientemente escaneado e editado por mim.
Coincidentemente à morte de Carmen, ocorrida no último dia 3, esse meu baú de Carmen praticamente chegou ao fim, coloquei 99% dele aqui. Planejava ir colocando aos pouquinhos este resto do material, mas, com este acontecimento, pra mim inesperado apesar de sabê-la doente, resolvi, então, que devo escanear tudo e postar o mais breve possível e, assim, encerrar este meu trabalho ao qual me dei com prazer e quase como uma missão.
Tudo o que eu posso ou poderia dizer sobre Carmen Mayrink Veiga, agora, todos os elogios de admiração pela mulher incrível que ela foi, tudo já foi dito por mim aqui, nestas 228 postagens fartas de fotos, textos e entrevistas. 
Algumas poucas e finais postagens virão em breve.
E fica o dito pelo dito.
Li uma vez, Carmen dizendo que era popular entre as pessoas do seleto mundo em que viveu. Mas ela foi popular, também, entre os comuns mortais, nos quais eu me incluo. Muitos e vários a admiravam.
Entre as mil fotos estupendas de Carmen Mayrink Veiga, escolhi para fazer esta postagem uma foto publicada na Veja de 1996, quando ela concedeu entrevista para as famosas páginas amarelas da revista e, uma outra, da mesma série. Surpreendentemente são as cores da Bandeira Brasileira que estão ali! 
Carmen está com uma super capa imensa verde, recortada num céu azul, o Pão de Açúcar, o Corcovado, a rocha que se ergue imponente ao fundo e o mar do Rio de Janeiro. Como um postal. 
É Carmen Mayrink Veiga, um cartão-postal do Rio de Janeiro e do Brasil.







sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Nossa Senhora da Conceição . Padroeira da Bahia


Hoje, 8 de dezembro é o dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do estado da Bahia. Este ano o dia caiu numa sexta-feira, proporcionando um feriadão aos soteropolitanos que podem, assim, descansar da faina, da labuta e luta diária.
Ajudai-nos Nossa Senhora da Conceição!
Não fui à procissão, aliás tem anos que não vou, imagino o trancetê para ir, o trancetê para voltar, então, melhor não ir. Rezo por aqui e acendo minha vela.
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia é a minha predileta, pra mim a mais linda de Salvador, o exterior é suntuoso, todo em pedra de Lioz que veio de Portugal numerada para ser montada depois.  A nave, o interior é pequeno, mas simplesmente o máximo, o estilo é o barroco, mas não é das mais riconas, cheias de ouro, mas tem muitos detalhes e um jeito, um clima de capela que acolhe e envolve os que ali entram. Dá um barato entrar ali. Adoro!
Preciso ir lá em um dia mais calmo para rezar - ô igreja boa para rezar! - e fotografar os detalhes que eu quero.
A igreja é do século XVIII, mas, nos fundos da construção, há ainda a antiga capela do século XVII e que foi descoberta a algum tempo. Passado e presente da igreja, história dentro da história.
Salve Nossa Senhora da Conceição
As imagens, todas, são de sites de jornais locais.
As imagens da santa com o manto mais claro é da procissão deste ano. Estava linda de branco, azul celeste e um véu curto dourado de tule. Acompanhavam a imagem de roca da santa, um Deus Menino, um São José e uma Santa Bárbara
Procissão das boas, fortíssima e o povo baiano fiel seguindo.