terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Verão


 Desenho de Ferdinand T. Mendes para a capa do livro A Cidade e as Ruas - Novelas Cariocas - 1965.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Uma Casa Velha


Essa casa ficou visível para mim depois de aberta a via expressa que passa por trás da Baixa de Quintas, eu acho. No lugar onde ela ainda se encontra não resta mais nada antigo, tudo destruído, aliás, construções novas e sem graça se ergueram, mas ela continua ali, bonita e velha, maltratada, mas ainda original. Original.  Janela antiga, porta num vermelho velho, bandeiras das portas de ferro em gradil bonito. Amarela, creme, desmaiada e pálida. Indefinido tom abandonado.

Quando passo por ali vejo uma época que passou, mas ainda não apagada pela presença dessa casa no lugar. Parece dizer, balanço mas não caio.

Não sei o que funciona ali. Ou será ainda um lar?

Linda casa - anos 20 do século XX ? - com adornos bonitos na fachada, ainda resta um vaso ao alto, mas tudo sem destaque no todo pálido.



 

sábado, 18 de dezembro de 2021

Uma Casa Velha

Adoro essas casas dos anos 20 ou 30 do século XX. Elas estão rareando, todas sendo demolidas para dar lugar a uma nova construção em estilo caixote de interior amplo para abrigar qualquer comércio. E assim a cidade se desfigura e assim exemplares da arquitetura das antigas casas de família vão desaparecendo.

Passei por esta casa e vi um movimento de operários e pensei, vão demolir! Tratei de fotografar, mas, algum tempo depois, lá  estava ela toda pintadinha de novo no seu vermelho, o vermelho que parece ser o original, realçado, avivado e, então, imagino que a demolição que virá, com certeza, não será de imediato.

Que bom!

Eu amo esses adornos de fachada moldados em cimento que dão ideia de um balcão sob a janela. Enfeitam, embelezam.  Pintados, ressaem os desenhos de flores e guirlandas tão bonitos e de gosto tão nostálgico...quem morou ali, quem era a família que viveu ali os seus dias até vendê-la para alguém que não a usa como morada - a casa parece ser de alguma instituição e funciona como uma repartição, sei lá.

Quem ali viveu bons e dramáticos acontecimentos?

Lembro da crônica de Hidelgardes Vianna que descrevia as casas de antigamente e o "janelar" todos os dias dos seus moradores, pelas mocinhas e tias velhas apreciando o movimento da rua. Para "janelar" bem e por muito tempo se usava uma almofadinha para não machucar os cotovelos. Tinha muita coisa para apreciar...Nas procissões e dias festivos estendia-se uma toalha adamascada.

E assim seguia a vida de quem fazia da janela uma tela de cinema.

Foi-se esse costume tão prosaico e, hoje, fazer uma janelada pode resultar em incômodo, assalto, invasão da casa, um deus nos acuda qualquer. Socorro! Tempo tenebroso como me dizia um amigo e tão diferente do ingênuo tempo do "janelar" das antigas casas de família.


Ô de casa!

 Participação especial, a fiação da iluminação pública que tece verdadeiras teias e emaranhados sem fim e poluem visualmente toda a cidade. Um horror! Os fios são tantos que se destacam mais que o objeto fotografado. Socorro!

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Carmen Mayrink Veiga . México . 1974





 Um amigo do blog me deu a dica sobre um vídeo onde Carmen Mayrink Veiga aparece em dois momentos, na praia dando pinta com um enorme chapéu, acho que ela não deveria gostar de sol nem de praia e, à noite em grande estilo na abertura de um grande hotel no México em 1974. Não resisti e copiei as fotos e gravei as cenas onde a I e Única surge belíssima, para variar.




quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Torresvidros

Casa de molduras que existiu durante décadas no centro de Salvador e que num piscar de olhos fechou as portas como tantos outros endereços daqui da cidade. De repente caminhando por uma rua damos pela falta de certas casas de comércio que eram a cara da cidade e que estávamos tão habituados a ver e lá não estão mais. Cerram as portas, acabam, porque ficaram antigas, antiquadas, sei lá, não renovaram o "stock" e foram tragadas pelo tempo, pelo moderno.

Na Torresvidros coloquei muitas molduras em quadros. Lá comprei uma coleção de santinhos franceses de primeira comunhão dos anos 50, acho, um refugo maravilhoso, enchi a mão. Na Torresvidros vendia umas Iemanjás pequenas em biscuit que nos anos 70 muita gente tinha em casa e se colocava dentro de uma taça com água. Até hoje eu tenho a minha. "Grande sortimento" KKK de velas em todos os tamanhos, imagens de santos, ex-votos de cera, calungas de louça diversos, cafonálias maravilhosas diversas e interessantes era o que compunha os productos à venda na loja. Uma beleza!

Era a própria dona da loja que atendia, uma senhora ótima, simpática e tinha uma funcionária antiquíssima que trabalhava no balcão.

É coisa!

Os santinhos franceses belíssimos eu já coloquei aqui no blog. A Iemanjá também.



 

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Carmen Mayrink Veiga e os Álbuns


 


Os álbuns que Carmen Mayrink Veiga fazia e "que ninguém nunca viu", onde andarão??? Com quem ficaram? Com a família? a família doou para alguém, para alguma biblioteca, instituição, um museu? Foram vendidos todos juntos ou separadamente ou será que desapareceram, sumiram mesmo?

Se estiverem guardados e conservados por alguém ou instituição, aqueles álbuns valem ouro, pois contam não só a vida de Carmen em fotos e matérias de revistas colecionados por ela, anotações e a descrição detalhada dos muitos jantares, almoços e festas em suas casas do Rio e de Paris, mas, também, a história de algumas décadas de muito luxo, requinte e sofisticação, anos 50 para os 2000 do século XXI. Um documento, é a palavra.

Sim, essas décadas estão ali contadas através de uma pessoa que viveu um mundo seleto, no qual ela estava incluída, de pessoas privilegiadas, bafejadas pela sorte, daquelas que tinham muito dinheiro, prestígio e tradição. Um recorte. Um viés. Os álbuns, um documento.

De vez em quando releio o ABC de Carmen, livro de crônicas deliciosas que ela escreveu sobre tudo e tão bem e, me bati com o A de álbuns e fiquei a pensar e imaginar como seria interessante que os mesmos fossem editados, publicadas as fotos e os comentários de época por ela feitos. Um documento. Memórias. Ali tem tudo. Seria muito bom que eles viessem à luz.

domingo, 28 de novembro de 2021

Um braço


e pulseira/bracelete de ametistas de matéria plástica usada por uma senhora que estava ao meu lado em uma clínica. Siderei pela pulseira e pela senhora que, simplesmente e muito naturalmente, a usava tipo 10 da manhã de qualquer manhã em atividades corriqueiras como... ir ao médico.
A senhora se produziu, se enfeitou, emperiquitou e lá se foi para a sua consulta. Não imaginava ela que iria encontrar alguém louco por detalhes enfeitativos e fora de moda, esplendor do cafona, que adora detalhes antes tão naturais numa mulher - elas agora andam sem nada - que era o uso de um adorno qualquer, a depender, ametistas verdadeiras no braço da rica e as de vidro ou de plástico nas pobres.  Mais vale um gosto que 100 mil réis! Ainda bem que rolou um gosto barato lilás numa manhã que iria tão cinza não fosse um braço de senhora.

 

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Nara Leão


Foto clássica de Nara, escaneada de um antigo recorte de revista, amarelecido e, por isso, mais bonito ainda.

 A Globo está preparando um documentário sobre a cantora para breve. 

"Será que ela tem na fala mais do que charme, um canhão?

Ou pensam que pelo nome, em vez de Nara, é Leão?"

(Carlos Drummond de Andrade)

terça-feira, 16 de novembro de 2021

A Majestic e Marian Montgomery





 A mulher, embevecida, ouve Marian Montgomery cantando When Sunny Gets Blue, gravação de 1963 que, aliás, acho a melhor. O reclame da Radiola Majestic é da minha pequena coleção da revista National Geographic - esta é de abril de 1959-, que tem fotos e propagandas magníficas.

Amei a embevecida de scarpin viajando no som stereo da Majestic. No fim da música ela deve ter levitado...

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Adorei Piscinas!

Os jovens divertiram-se à valer nos esportes aquáticos! Foi um domingo positivamente salutar!

 

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Adorei Piscinas!

Foi um final de semana positivamente muito agradável! Heloísa Helena - a antiga atriz -,  diria: Adorei piscinas!

E eu adoro esses postais bem felizes.


 

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

São Judas Tadeu

Hoje, 28 de outubro, dia de São Judas Tadeu, o santo das causas impossíveis e padroeiro dos funcionários públicos.

O santinho, super lindo de São Judas, rico e com  todos os seus atributos, a palma do martírio e o machado, são alguns dos muitos que eu guardo ainda de uma coleção que já foi maior e hoje é menor e selecionada. Interessante e muito bonito na iconografia do santo é a chama no alto da cabeça de São Judas. E Viva a São Judas!!


 

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Sanduíches Anos 50

Peixinhos.
Navios.
Caretinhas.
Palhacinhos e, embaixo, Mascotinhos.

Eu amo esses livros de culinária antigos que ensinavam a confeitar bolos, fazer aquelas armações, enfeites de glacê etc. etc. Tenho alguns desses livros que, sempre que encontro, compro. As fotos são enlouquecedoras!!! Todas super coloridas e super retocadas. 
Já coloquei muita coisa aqui dos livros de Dolores Botafogo a rainha dos anos 50 e 60 dos bolos confeitados, cada um mais bonito que o outro, mais incrível e completamente malucos na execução. A Botafogo botava a imaginação para funcionar e com aqueles materiais à base de açúcar fazia bolos e bandejas que eram verdadeiras obras de engenharia, arquitetura e arte.
Esses sanduíches que estou passando a bandeja hoje aqui, não são de livros de Dolores Botafogo, são de uma dupla da pesadíssima que também faziam coisas inimagináveis nos bolos e salgados, Francisco e Elza Henriques Calçada. Deles eu tenho três livros, as edições de 53, 55 e 59. Esses sanduíches são da terceira edição do livro É Fácil Decorar, da Editora e Estamparia Calçada, São Paulo, 1953.
Os sanduíches são cortados com moldes, recheados e decorados. Os recheios são aqueles bem de época, bem gordurosos, pastas de manteiga, queijo, parmesão, frango, maionese, presunto, azeitonas e tudo que servisse para deixá-los além de lindos, em cima daquelas bandejas forradas com papel laminado, uma delícia e uma viagem louca pelo visual. A petizada deveria amar, as mamães nessa época eram elas quem fazia mesmo. Exaustas recebiam depois os convidados. O papai abria o bolso.
Me lembro que esses sanduíches eram feitos com antecedência e colocados entre panos úmidos que davam eles uma frescura e consistência super macia. Delícia!!! Fui em muitos aniversários de amiguinhos e amiguinhas nos anos 60, mas só me lembro mesmo dos sanduíches cortados em triângulos, macios, úmidos e com pastinha de queijo e presunto. Desses deslumbrantes aqui do livro dos Calçada nunca abocanhei. Nunca comi sanduíches obras de arte.
Os nomes dos sanduíches também são ótimos.

Vaso de Flores.
Arabescos.
Cachorrinhos.
Boneca de Alface.
 

domingo, 17 de outubro de 2021

Marlene Dietrich



Foto bem conhecida de Marlene Dietrich. Está no Google em muito melhor qualidade, mas preferi escanear da coleção Universo 1967 que reunia em suas páginas, mês a mês, tudo aquilo que havia sido notícia naquele ano. Eu tenho mais um volume, o de 1968, o primeiro foi o de 1966 e depois, não sei se a coleção continuou.

Gosto das páginas amareladas das antigas revistas e coleções e gosto do tom das impressões em cinza. Acho que as pernas de Marlene ficaram mais bonitas granuladas, mais insinuantes. O nítido das atuais reproduções, na maioria das vezes, perde o charme. E o mistério.

Essa foto de Marlene é do fotógrafo Milton Greene que, aliás, faz parte de uma série de fotos que ela fez com ele em 1952, tendo como foco as pernas perfeitas da estrela.

Voltando para os anos 60...

O mês era outubro e, naquele 1968 tão conturbado politicamente no mundo todo, Marlene estava em Nova York hipnotizando e eletrizando as platéias.

Um anjo provocante, Marlene Dietrich. Em cinza e eternamente Azul!



 

sábado, 16 de outubro de 2021

Modess . Um Reclame dos Anos 50

Já coloquei aqui algumas antigas propagandas do Modess, todas da revista Seleções da qual guardo vários exemplares justamente pelos reclames e anúncios sempre tão bem feitos, de uma época em que a maioria recorriam às ilustrações feitas por desenhistas maravilhosos. Esta propaganda é mais uma muito bonita com mulheres elegantes em preto e cinza e todas... protegidas.

Neste Brasil de 2021 de tantas e eternas desigualdades, o absorvente é ainda inacessível pra muitas mulheres de baixa renda que se expõem a perigos enormes de saúde pela falta do absorvente higiênico.

Triste constatar a distância entre o charme do reclame antigo e a triste realidade atual de muitas brasileiras desprotegidas no básico.

Esse anúncio é do final dos anos 50.



 

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Primavera...em Paris!


Adoro essas capas de discos de 12 polegadas e que têm umas capas ótimas feitas à partir de desenhos ou não. Esse disco eu achei pelo chão das ruas, abandonadinho na primavera de Salvador e tratei de fotografar. A vendedora da capa é ótima, enquanto merca as suas flores no lindo carrinho não larga o seu tricot! Ela não era boba! Amei! 
Meia, dois tricots, meia, dois tricots e assim ia a primavera parisiense.



 ...meia, dois tricots...sous le ciel de Paris...meia, dois tricots...

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Língua Portuguesa . Vinheta


 Vinheta de abertura do livro Língua Portuguesa de João F. Pinto e Silva, editado em 1925.

Senhora Sant'Ana, mãe e mestra, deixa os seus afazeres pra ensinar a Maria Menina.

domingo, 10 de outubro de 2021

Caderno de Variedades 2

No classificador escolar onde eu guardei minhas 'variedades' doas anos 70, desenhos e cartazes, trabalhos de um grande amigo meu na época, Marcio Meirelles estavam lá. Nessa época, Marcio  desenhava e pintava em azul. Eu adorava, achava lindo e ele me deu muita coisa em papel e também trabalhos em outros suportes.

Marcio era ótimo desenhista e pintor e essas habilidades ele levou para o teatro onde, além de dirigir suas peças, também faz os cenários e os figurinos. Talentoso e múltiplo o rapaz.




Euzinho.

Abaixo, um desenho que, depois de feito, passava verniz por cima. Era a técnica vernissage KKKKKKK, morríamos de rir com o nome.





Euzinho.






 


Bethânia, onipresente.





Tenho mais trabalhos de Marcio, com o tempo, fotografo e acrescento aqui nessa página.