Adoro essas estampas de santos muito comuns à partir do final do século XIX até o XX. As originais alemães - Leiber - são lindas, a impressão perfeita com muitos detalhes e bem coloridas, mas as cópias ou similares também eram muto bonitas, como é o caso dessa estampa de Santa Bárbara que comprei há algum tempo já bem metralhadinha pelo trabalho nefasto das traças. Elas, como eu, são loucas por papel, só que eu conservo e elas... destroem!
Retirei a estampa da moldura para limpar e aproveitei para escanear e postar. Já tenho uma original Leiber de Santa Bárbara, mas esta é totalmente diferente. E linda!
Em breve esta outra estará no meu quarto dos santos.
Nesses 5 anos do blog Antiguinho, fiz 228 postagens com fotos, textos e entrevistas dadas por Carmen Mayrink Veiga na imprensa. Desde o final dos anos 70 que venho colecionando esse material e, é ele, que está publicado, ou melhor, republicado aqui e pacientemente escaneado e editado por mim.
Coincidentemente à morte de Carmen, ocorrida no último dia 3, esse meu baú de Carmen praticamente chegou ao fim, coloquei 99% dele aqui. Planejava ir colocando aos pouquinhos este resto do material, mas, com este acontecimento, pra mim inesperado apesar de sabê-la doente, resolvi, então, que devo escanear tudo e postar o mais breve possível e, assim, encerrar este meu trabalho ao qual me dei com prazer e quase como uma missão.
Tudo o que eu posso ou poderia dizer sobre Carmen Mayrink Veiga, agora, todos os elogios de admiração pela mulher incrível que ela foi, tudo já foi dito por mim aqui, nestas 228 postagens fartas de fotos, textos e entrevistas.
Algumas poucas e finais postagens virão em breve.
E fica o dito pelo dito.
Li uma vez, Carmen dizendo que era popular entre as pessoas do seleto mundo em que viveu. Mas ela foi popular, também, entre os comuns mortais, nos quais eu me incluo. Muitos e vários a admiravam.
Entre as mil fotos estupendas de Carmen Mayrink Veiga, escolhi para fazer esta postagem uma foto publicada na Veja de 1996, quando ela concedeu entrevista para as famosas páginas amarelas da revista e, uma outra, da mesma série. Surpreendentemente são as cores da Bandeira Brasileira que estão ali!
Carmen está com uma super capa imensa verde, recortada num céu azul, o Pão de Açúcar, o Corcovado, a rocha que se ergue imponente ao fundo e o mar do Rio de Janeiro. Como um postal.
É Carmen Mayrink Veiga, um cartão-postal do Rio de Janeiro e do Brasil.
Hoje, 8 de dezembro é o dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do estado da Bahia. Este ano o dia caiu numa sexta-feira, proporcionando um feriadão aos soteropolitanos que podem, assim, descansar da faina, da labuta e luta diária.
Ajudai-nos Nossa Senhora da Conceição!
Não fui à procissão, aliás tem anos que não vou, imagino o trancetê para ir, o trancetê para voltar, então, melhor não ir. Rezo por aqui e acendo minha vela.
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia é a minha predileta, pra mim a mais linda de Salvador, o exterior é suntuoso, todo em pedra de Lioz que veio de Portugal numerada para ser montada depois. A nave, o interior é pequeno, mas simplesmente o máximo, o estilo é o barroco, mas não é das mais riconas, cheias de ouro, mas tem muitos detalhes e um jeito, um clima de capela que acolhe e envolve os que ali entram. Dá um barato entrar ali. Adoro!
Preciso ir lá em um dia mais calmo para rezar - ô igreja boa para rezar! - e fotografar os detalhes que eu quero.
A igreja é do século XVIII, mas, nos fundos da construção, há ainda a antiga capela do século XVII e que foi descoberta a algum tempo. Passado e presente da igreja, história dentro da história.
Salve Nossa Senhora da Conceição!
As imagens, todas, são de sites de jornais locais.
As imagens da santa com o manto mais claro é da procissão deste ano. Estava linda de branco, azul celeste e um véu curto dourado de tule. Acompanhavam a imagem de roca da santa, um Deus Menino, um São José e uma Santa Bárbara.
Procissão das boas, fortíssima e o povo baiano fiel seguindo.
Nos meus guardados, esta nota do falecimento de dona Elisinha na revista Isto É, dezembro de 1988.
Encontrei este retrato de Caymmi feito pelo pintor Carlos Bastos no livro Cancioneiro da Bahia da editora Record, 1978, uma reunião de canções do compositor com ilustrações de Clóvis Graciano.
Antes de postar qualquer coisa aqui no meu blog, eu procuro no Google pra ver se já tem ou não e, este desenho, não está por lá.
Então, é uma novidade antiguinha. Mas, será??? O Google nos pega com a boca na botija...
Admirem e arrastem, à vontade, este Caymmi por Carlos Bastos, dois baianos de truz.
Santinho super cafona e maravilhoso feito com montagens de várias imagens da antiga igreja de Nossa Senhora Aparecida, a atual basílica, santuário e a enorme passarela com os visitantes/devotos/peregrinos que vão a Aparecida. Pra arrematar, o mapa do Brasil recortado e a imagem da santa ao meio - sou a dona do pedaço! - e o colorido super retocado, muito azul, muito verde, muito amarelo - que cores seriam estas, hem? e a cúpula da basílica fosforescendo de luz ao alto. Tudo muito, tudo exagerado, trezentas mil informações em um pequenino pedaço de papel.
Achei este santinho dentro de um livro velho que comprei em um sebo. Com ele dentro ganhei o dia: meu lado traça boazinha, aquela que recicla e reaproveita amou e tome no blog!
Abaixo, uma escultura da santa em madeira. Ela está no gabinete da presidência lá em Brasília e salvei de uma foto. Recortei a escultura, que achei belíssima, um bloco de madeira maciça - cedro, deve ser - e a imagem bem simples esculpida.
Eu, na verdade, não gosto da representação da santa, acho aquele manto muito duro, sem movimento, prefiro aqueles de caimento natural ou os esvoaçantes do XVIII, mas esta imagem moderna e sintética da santa esculpida na madeira, pesadona, deu um resultado muito bom e muito chique, a imagem apareceu.
E quem seria o autor?
Elis, ao lado de Danton, maquiador de São Paulo. Essa foto dos dois deve ter sido feita durante um ensaio que Elis fez para a fotógrafa Vânia Toledo em 1978.
A foto é do arquivo particular do meu amigo Antonio, de São Paulo. Coisa rara!
Elis, A Maior, estava espetacular nesse modelo bem sexy, coloridíssimo, ousado e mostrando tudo. Ui!
Seria de Clodovil o vestido?
Matéria maravilhosa sobre o Rio que todos amávamos, sejam os próprios cariocas e os fluminenses orgulhosos do seu Estado, mas todos os brasileiros, pois o Rio de Janeiro era - e ainda é - apesar de tudo, uma cidade, um Estado emblemático, importantíssimo culturalmente, lindo, a vitrine do Brasil para o mundo e etc. e etc.
O Rio precisa voltar ao que foi, voltar a clarear o Brasil.
Não me lembro o ano que saiu esta matéria, da antiga revista do Jornal do Brasil, que por sinal era muito boa, só guardei ela mesmo. Era o que me interessava.
Pode ser dos anos 90, final dos 80...
Lady Hilda!!! Era uma mulata sensacional, altíssima, cantava, dançava, representava: completa em seus quase 1.80 de altura. Era uma mulher que não acabava mais. Muito chique e elegante.
Adorava ver Lady Hilda na TV - é claro - e ela arrasava nos programas humorísticos e nos musicais.
A última vez que vi Lady Hilda foi numa entrevista que ela deu para Jô Soares. Não sei mais nada dela.
Lady Hilda era uma das figuras que "clareava o Rio".
A foto de baixo é dos meus antigos álbuns - meu acervo - e eu já tinha até colocado aqui no blog. Coloco mais uma vez para clarear: Lady Hilda, uma star!
Foto da revista Interview.
Durante anos esta casa permaneceu assim como está nas fotos acima.
Parece que ficou um longo tempo desabitada e fechada, porém a estrutura ficou sempre mantida em sua arquitetura original em estilo funcional de casa típica dos anos 50, nunca foi alterada e, melhor, nunca foi ao chão, nunca ficou decadente, parecia que havia alguém que a mantinha e que de uma hora para outra dariam um destino e um uso legal a ela respeitando o seu estilo próprio de uma época.
Eu adorava vê-la assim, sempre igualzinha alo longo dos anos e tão bonita. Amo as casas dos anos 50.
Mas, passando em frente a ela recentemente, tomei um susto quando a vi, ou melhor, ou pior, não vi a casa que sempre eu via intacta como vinha se mantendo. Fiquei perdido no espaço procurando a casa - onde estou, estou mesmo na Rua Manoel Barreto???? Ou enlouqueci... estou bêbado?... esta casa que agora está aqui não era a casa que sempre esteve aqui...Pirei?
Pois é, deram uma repaginada louca na casa, alteraram adaptando-a a sua nova função de clínica médica. A árvore dançou logo - atrapalhava - e as janelas da frente, agora, é um grande espelho inteiriço e fumê. Virou qualquer coisa. Estilo qualquer coisa.
É isso.
Eu vivo e ando por uma cidade que me mete sustos e esses sustos provindos de transformações radicais no urbanismo e em casas que me situam no espaço em que vivo me deixam triste, pois parece que estou vivendo e andando em outra cidade que não a minha, que não é mais a minha.
-Onde estou?
-Na Rua Manoel Barreto?
-Mas aqui não tinha esta casa!
-Será que estou com problema de vista?
-Preciso consultar um oftalmologista urgente!
Comprei esta imagem de São Brás em um antiquário aqui de Salvador para dar de presente a uma devota do santo que é o protetor dos males da garganta, que livra de engasgos etc.
Uma das coisas que eu mais gosto nos santos são as suas especialidades, suas invocações específicas: cada um para alguma coisa a que se recorre nas aflições. Tem uns que têm utilidades múltiplas e alguns atendem a aflições comuns a outros. Infelizmente já não ouço essas invocações aos santos como eu ouvia quando menino, mas eu continuo a invocá-los e a incomodá-los sempre que preciso.
Essa imagem de São Brás deve ser dos anos 50/60, época em que os santos ainda tinham rostos, corpos e os atributos bem feitos, porque hoje elas são um horror, disformes, uns bolos de massa de gesso. As imagens de resina então, são abomináveis - não sei como alguém reza olhando para uma imagem de resina. Frias.
Essa imagem ainda tem o seu encanto, é bem feita, um bom molde e, o mais interessante, é que foi moldada aqui na Bahia como comprova a marca gravada na base da imagem.
Vi que esta mesma imagem de São Brás ainda é comercializada, mas, esta que aqui está (agora na casa da minha amiga), é made in Bahia.
E vamos todos rezar cruzando as velas acesas!
3 de fevereiro é o dia consagrado a São Brás.
O atributo que é a marca de São Brás, além da roupa de cardeal, são as duas velas cruzadas que ele carrega.
Esta oração a São Brás está no livro Cruz de Caravaca - Capa de Aço - que tem orações antigas incríveis e fortíssimas. Tem rezas pra tudo e pra todos os santos.
Geny Prado a atriz predileta de Mazzaropi em seus filmes e também sempre presente em inúmeras novelas de TV.
Neste livro Saborosos Quitutes de Mamãe Dolores escrito pela atriz Isaura Bruno, Geny Prado e vários outros atores e atrizes são homenageados com receitas. A Geny coube esta torta de banana.
P.S. Esta receita vai para uma leitora aqui do blog, cuja mãe perdeu ou esqueceu como se fazia a receita da torta. Mas, vamos todos aproveitar e fazer a torta que deve ser uma delícia!
Cartum com texto hilário do americano Stan Fine - 1922-2009 - que encontrei por acaso em uma revista Seleções de 1999. As boas Seleções são aquelas bem antigas ou até os anos 70. Eu assim acho. Em todo caso este desenho de Stan Fine foi um achado em uma "revistinha" bem chatinha, mais ou menos recente e que eu não dava nada por ela.
Adorei... a carinha do menino é demais KKKKKKKKKKKK
A bela Carmen com o filho Antenor no casamento da filha Antonia em 1985.
