sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Ward Brackett . Villefrance-sur-Mer . 1969



 Este é o desenho de capa da revista Seleções de março de 1969. Achei fantástica esta ilustração que retrata a paisagem da orla e a montanha da cidade do sul da França, Villefranche-sur- Mer. O autor, Ward Brackett,  eu não conhecia, nunca tinha ouvido falar. Ele fazia parte de um grupo grande de ilustradores que trabalharam para jornais e revistas americanos quando ainda as fotografias, em muitas matérias, eram substituídas pelos desenhos e ilustrações desses incríveis artistas gráficos, como é o caso de Ward Brackett - 1914/2006 - que trabalhou para a Seleções Reader's Digest, Cosmopolitan e outras revistas.
Fiquei tão fascinado pelo traço do ilustrador que fui para o Google fuçar o trabalho dele e "arrastar" aqui para o blog.
Ele fez coisas sensacionais e bem diversificadas, um ilustrador de "mão cheia", de muita imaginação, criatividade e muitas ideias.
Abaixo, algumas dessas "coisinhas" que trouxe para cá.





























 Fotografia de Villefranche-sur-Mer paisagem que Ward Brackett captou com seu lindo e elegante traço.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Lucíola de José de Alencar . Desenho de Capa e Dedicatória Natalina


Comprei hoje em um um sebo este livro de José de Alencar. Esta edição é dos anos 40, conclusão a qual cheguei pela dedicatória, já que não há nenhuma menção à data de publicação. 
Acho um horror quando compro um livro e não encontro a data da edição. Acho um desleixo ou descaso das editoras, mas isto é um fato bem comum. Ainda bem que este tem a dedicatória natalina a me situar no tempo.
Sim, mas eu comprei este livro pela capa, um desenho de mulher muito bonito e que, infelizmente, não tem crédito do autor. Descaso ou desleixo. Imaginei ser o desenho de Vicente do Rego Monteiro ou de Ismael Nery, mas não consegui achar nenhuma informação. 
 



 O "Papai Noel" significa presente. Presente de sua mamãe.




Adoro esta marca da Melhoramentos, o processo de fabrico do papel até chegar ao livro. Didáctico!


O romântico José de Alencar em desenho desta edição de Lucíola, livro que foi editado pela primeira vez em 1862.

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Varig 1969


Tempo do vôo.
Propaganda de março 1969
Varig
Seleções Reader's Digest.
Quando voar era um banquete: talheres - muitas facas, ninguém iria enfiá-las em alguém. Boa comida. Distinção. Hoje, dezembro de 2017, quem tem grana ainda tem bom serviço. Para quem não tem, bolachinhas e água: é o serviço básico de bordo. 
Quem quiser forrar melhorzinho o estômago, que pague por fora.
E a Varig acabou.
Tempo do vôo.


E, encontrei hoje - 29.12.2017 - na página de um amigo do Facebook, esta foto dos talheres de prata, ou banhados à prata e que eram usados nos voos da Varig. Maravilha!!! Tudo a ver e veio a calhar com a postagem que fiz há alguns dias. Tratei de salvar e colocar aqui.
A foto é, na verdade, do grupo Varig Experience do Facebook que eu só fui conhecer hoje através do meu amigo.
Adorei!!!
Tempo do vôo.


sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Natal 1968

Sim, não se espante, a data acima está certa!


Pepita de Ouro!


Formosa!


Candura!


As árvores dessa propaganda de Seleções - dezembro de 1967 - são lindas, levíssimas, uma transição entre aquelas pesadonas verdes que se decorava com algodão/neve e, depois, umas medonhas prateadas de material duro e super cafonas e que até hoje existem. Podres!  Essas são lindas, delicadas, mas, na época, nunca vi...deveriam ser caras e não estariam para o orçamento de meus papais. Oh! 
A de lá de casa era a verde que durou anos, com o algodão e as bolas de vidro, aljôfar. Eu gostava mais das bolas que da árvore. Tinha umas bolas lindas, de diferentes formatos, decoradas, ricas. Ponteiras magníficas chegando quase ao teto. Hoje as bolas são medonhas! 
Não gosto de Árvores de Natal, aliás não gosto do Natal, festa ansiosa e feita para o consumo. Mesmo eu ficando meio por fora, sou invadido pelo "triquitriqui" e acabo comprando lembrancinhas e presentes. Oh! 
Festa agoniada, reuniões chatas. Felizmente os meus últimos natais tem sido com pouquíssima gente, mãe e irmãos e os ramos mais próximos da nossa árvore.
Feliz 1968, sim, não se espante! A data está certa, ou seja: é sempre a mesma coisa, a mesma lenga-lenga.

Sanduíche de... Rato!


Ilustrando uma piadinha sem graça, aquelas bem típicas das revistas Seleções, para toda a família, estava esse desenho de um sanduíche de rato ou um rato intrometido enfiado no meio de duas fatias de pão. Achei uma gracinha o desenho do rato com as orelhinhas em pé e o rabinho saindo de entre o pão dando  uma volta elegante. KKKK
Esta ilustração está em uma Seleções nova, isto é, de 1999, época em que já quase nada se salvava ou se aproveitava em relação às propagandas e ilustrações. A fase boa vai até os anos 60, 70 no máximo.
Mas, entre uma coisinha e outra, um ratinho aqui, um pãozinho ali, eis que me apareceu - e adorei! - este apetitoso sanduíche de rato. 
No desenho tudo bem, mas na realidade eu teria uma síncope. Fatal.



quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Brigitte Bardot e o Verão


Quando eu vi esta foto de BB no Facebook - Brigitte Bardot par Manuel -  me lembrei logo do verão, de praia, de sol, desta estação do ano que Brigitte corria atrás. Onde estava o sol, onde estava o verão, BB  estava lá. Por ele e por l'amour ela veio parar em Búzios, no Brasil, por duas vezes.
Lembro de uma matéria pregada em meu álbum de BB, quando ela foi a uma ilha minúscula e deserta chamada Ilha Nua - autêntica plage abandonnée -, para tomar sol, cair na água e amar o homem da época. 
Ai, que maravilha, que descompromisso fantástico!!!
Eu amava esta leveza de Brigitte a quem só interessava os homens bonitos, os animais, o sol, a praia, o verão. Leve, leve, levíssima BB.
Hoje, gosto de vê-la enrugada, velha, se amparando numa bengala e os animais - todos - correndo atrás dela. Gosto de saber que vendeu tudo o que tinha de valor ganho no cinema para fazer uma fundação de proteção aos animais. Atuante BB!
Não gosto de umas posições equivocadas que ela tem em relação a algumas coisas, política, homossexualismo, imigrantes. 
Mas, ninguém é perfeito e, a mim, só interessa a mulher bonita, a mais bonita e sexy estrela do cinema que foi Brigitte Bardot.
Abaixo um remix delicioso de La Madrague.




quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Joan Crawford e o Natal


Revista Seleções, dezembro de 1967.


 Adoro Joan Crawford e a cara dela de maluca prestes a surtar, explodir e dar um ataque de nervos violentíssimo. Apesar de sempre estar impávida e colossal em seus trajes elegantes e conjuntos de joias combinando, impecável, o climão era de falsa calma, de controle no descontrole. 
Rosto impenetrável. 
Maquiagem pesada. Linda e serenamente falsa. 
Um vulcão adormecido e pronto para explodir!
-Corram, crianças!!!!! 
Imaginemos um Natal em casa da Crawford. Meigo.
Que pax!


Anúncio da Pepsi, revista Seleções, abril de 1967.



segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Biscoito Avoador . 2


Ou voador, como está escrito na receita, são os famosos biscoitos de polvilho feitos no interior da Bahia, Sergipe e em Minas Gerais, porém com algumas variações e denominações. O comum a todas as receitas é a massa escaldada com água ou leite fervendo e misturado à gordura. Aqui na Bahia, além do nome voador ou avoador são chamados também de Chimango e de Peta. Em Minas são biscoitos de polvilho ou de goma mesmo.
Os biscoitos Globo famosíssimos no Rio de Janeiro são, também, biscoitos feitos de polvilho ou de goma. 
O pão de queijo mineiro também é de polvilho.
A bolachinha de goma, doce, é de polvilho.
O Brasil é o país da goma e do polvilho. E haja mandioca!
Aliás, louvemos a mandioca!
Esta receita - que não lembro quem me deu - está colada em um caderno meu. Uma outra de avoador - voador - e também manuscrita, já postei aqui. Mas essa eu me lembro bem quem me deu: d. Maria, senhora nascida em Palmeiras, Chapada Diamantina e que já faleceu. Dela eu ganhava sacos e mais sacos ENORMES de avoador - voador.
É por isso que eu sou uma pessoa muito viajada.
Voo demais.

domingo, 17 de dezembro de 2017

A Hora do Chá em 1968 . 2


Mais um reclame do Chá Tender Leaf na revista Seleções em 1968. Na outra postagem também sobre a hora do chá, a sala de visitas era mais moderna, móveis e decoração mais a cara dos anos 60. Aqui, o esquema 68 é outro, um esquema mais para o tradicional com direito a cadeiras tipo poltrona de palhinha - deveriam ser hiper desconfortáveis - um móvel em primeiro plano com a bandejona e os bules de prata para o chá e leite, salvinha com biscoitinhos de polvilho (?) e triviais.
De lado parece que tem um aparador ou um console, com decorações douradas. No fundo um móvel bufê.
Pintura acadêmica e moldura dourada imensa. Papel na parede e candelabro suspenso.
Enquanto o mundo fervia e dava reviravoltas na política e nos costumes, as mocinhas aqui passavam incólumes e ilesas sobre qualquer movimento contestatório. O chá era mais importante.

O chá? À altura.
Tender Leaf, naturalmente.


E o chá em saquinhos era novidade. Tão prático tomar o chá em 1968!

Carmen Mayrink Veiga na Imprensa de Salvador - Bahia




Nos dois mais importantes jornais impressos de Salvador a morte de Carmen Mayrink Veiga, como não poderia deixar de ser, foi também destaque. 
Carmen em todas as vezes que veio a Salvador sempre mereceu notas desses jornais, principalmente através de suas colunas sociais.
Foi citada a sua presença na missa celebrada pelo Papa João Paulo II quando aqui esteve nos anos 80
No Correio da Bahia, lembro da divulgação nos anos 90 de uma palestra que ela aqui fez sobre moda e etiqueta no Hotel Transamérica.
No jornal A Tarde, o mais antigo e tradicional da cidade, Carmen sempre foi notícia, também, na divulgação de sua palestra nos anos 90. Nesse mesmo período mereceu nota a sua admiração ao provar um bolo de especiarias, receita da tradicional família Wildberg, a qual, levou consigo para o Rio.
No jornal A Tarde era reproduzida semanalmente a coluna de Ibrahim Sued, então, volta e meia e lá estava notas sobre Carmen. Ainda no jornal A Tarde, saiu nos anos 80 uma matéria de quase meia página com foto deslumbrante de Carmen
Tudo isto foi o que li e, por sinal, já colocado aqui no blog. Outras notas, notícias e fotos devem ter rolado pela imprensa local durante décadas, mas essas são as que tive ciência.
E, por fim, estas duas notas reproduzidas aqui, derradeiras e tristes do falecimento da elegantérrima e popular Carmen Mayrink Veiga.
Mas, é isto!
   


Carmen Mayrink Veiga e Danuza Leão . 1981


Quem me comunicou a morte de Carmen Mayrink Veiga foi minha amiga baiana/carioca, a fotógrafa Thereza Eugênia. No e-mail, vinha esta foto que ela tinha feito de Carmen e Danuza na platéia do show Fantasia de Gal Costa no Canecão em 1981.
Já tinha visto Carmen com essa roupa e esses brincos ventarolas, mas tendo Danuza ao lado foi uma novidade para mim e para o blog.
Carmen em 1981: deslumbrante! 

sábado, 16 de dezembro de 2017

Chico Buarque e Elis Regina . 1968


Dois anúncios da Campanha Nacional de Combate ao Câncer, veiculados na revista Seleções Reader's Digest, respectivamente nos meses de agosto e outubro de 1968.



Ventarola de Santa Bárbara


Na festa de Santa Bárbara deste ano, a ventarola com a imagem da santa deu a nota. Ótima ideia para espantar e aliviar - um pouco - o calor. Adorei. Queria uma para mim...
A foto é de Marina Silva para o Correio da Bahia.


Maracanã


Foto linda e terrível do Maracanã em dia de jogo, isto é, depois do jogo. 
Não gosto e não entendo de futebol, mas gosto do fenômeno futebol quando sei que ele une toda uma população de um país especialmente a brasileira. Não gostar de futebol neste país - do futebol - é exceção na qual estou incluído, mas eu se gostasse do esporte, penso que jamais teria uma atitude agressiva com um torcedor de time opositor. O ato de jogar é uma disputa entre dois times, então que vença o melhor. O perdedor tem que se conformar, partir para um outro jogo e, quem sabe, ser o vencedor da próxima partida.  E a vida segue. Agora ninguém se conforma mais em perder, há um descontrole, um surto de falta de educação geral e o vandalismo toma conta.
Não entendo como as pessoas que gostam deste esporte e dizem ter por ele amor, depredam um estádio, agridem outros torcedores, saqueiam, roubam e até matam. Praticam as maiores e mais absurdas vilanias com naturalidade. Sentimento de culpa, remorso, vergonha e arrependimento não têm mais, pois o lado animal tomou conta e o juízo e o raciocínio saíram de escanteio. 
Esta semana fiquei em choque com cenas que vi pela TV antes, durante e depois de uma partida entre dois times neste estádio que é a cara do Brasil.
O negócio não está bom. O país está doente.
A foto do Maracanã - sem crédito - visto através de um vidro craquelado de O Globo, edição de ontem, é um atestado disto.