segunda-feira, 30 de abril de 2018

Brasil


Desenho/charge de Adail, revista Maquis, 1958
Se, nessa época, dizia-se que o Brasil estava fechado para balanço, imagine hoje como elezinho está! Não tem nem quem se dê ao trabalho de pregar uma tabuleta. Uma preguiça...e falta prego, martelo e o principal, a coragem! Quem tem dinheiro está indo embora. Ou para a terra de nossos colonizadores - sim, a invasão está se dando ao contrário! - ou para terrinhas de Tio Sam
Babado fortíssimo! 
Novas rotas...da seda, das especiarias, do pau vermelho e, agora, a rota da tranquilidade que se vislumbra em terras além mar. E o brasileiro vai! Isto é, vai quem pode. Quem não pode, como eu, se sacode. E tô todo sacudindo!
Em tempo: a Maquis era uma revista caretérrima dos anos 50 e eu ganhei algumas delas. Dá para aproveitar umas coisinhas de época...umas fotinhas, "deseinhos", algum texto medonho que dá para rir etc. 

4 comentários:

  1. Jorge

    Para quem está de fora do Brasil, como eu, este País é sempre um paradoxo e enfim, já tenho 54 anos e vou acompanhando a sua história há muito tempo. Parece que a qualquer momento vai estourar, mas ao mesmo tempo tem um dinamismo extraordinário, com um teatro e um cinema excelentes, música criativa e a mal ou a bem vai mantendo a sua democracia e denunciando líderes corruptos. Claro, é sempre difícil entender o Brasil já que é tão grande e com realidades tão diferentes. Aqui temos sempre a tendência de pensar que a realidade brasileira são as novelas da Globo, filmadas no eixo Rio-São Paulo.

    Um abraço lisboeta

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  2. Olá, Luís. É claro que não estamos igual à Venezuela onde falta até papel higiênico, mas a violência, o descaso com o patrimônio, com a educação e saúde são visíveis no Brasil atual. E a educação do povo, civilidade,bons modos, coisas que se aprende ou aprendia-se em casa parece que acabou.
    Nunca vi tanta gente mal educada, sem o mínimo de gentileza para com o outro. Triste. Por isso falei do êxodo ao inverso. Muita gente está indo para Portugal fugindo disso...espero que só esteja indo só gente educada, senão, aguarde muito comportamento estranho como, falar alto, aos gritos, música alta, grosseria etc. etc.
    Mas a violência é o que mais assusta. O cinema, o teatro acho que ainda se produz coisa boa, mas a música, pra mim caiu muito. O povo não lê e não escreve e vai compor o quê? Foi-se o tempo de Tom, Gil, Elis.
    Eu não vejo mais solução.
    O povo emburreceu e o Brasil só não afunda porque é um país rico, agricultura, pecuária, indústria...mas poderia estar melhor nesses quesitos também.
    Abraços de um descrente.

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  3. Jorge

    Desde o início dos anos 90, que começou um processo estranho. Os brasileiros começaram a emigrar para Portugal, contrariando uma tendência histórica, que vinha desde Pedro Álvares Cabral, em que os portugueses demandavam os brasis à procura de fazer fortuna rápida.

    Digamos que os brasileiros se tornaram parte da paisagem portuguesa, sobretudo na grande Lisboa. Vivem aqui brasileiros de todas as classes sociais e já ninguém liga muito ao assunto, até porque regra geral integram-se bem.

    Claro, a maioria das manicures, cabeleireiros e empregados de restaurantes são brasileiros, mas também tenho leitores brasileiros na biblioteca onde trabalho.

    Enfim, o brasileiro nas terras lusas tornou-se uma coisa comum, quase tão típica como...o Galo de Barcelos.

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  4. Olá, Luís são os Galos de Barcelos se multiplicando, aliás, esse galo é tão cafona...Portugal virou moda para endinheirados e para as manicures, isto eu não sabia. Não vou para Portugal, não sou rico e não faço unha.
    E pensar que Portugal viveu períodos de penúria bem há pouco tempo, não??? recuperou-se, graças a deus. No Brasil tem a tal violência, insegurança, crise moral, intelectual e por aí vai. Vivi os anos 70, 80 e posso afirmar que mesmo na ditadura o povo lia mais, era mais culto. Hoje há uma vulgarização total ou eu estou ficando tão velho como o galo de Barcelos???
    Abraços.

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