sábado, 27 de julho de 2013

Alvinho Guimarães


Fotos de jornal de Alvinho.
Amigo ótimo e muito engraçado. Conheci Alvinho quando eu tinha 19 anos e ele já tinha seus quarenta e tantos e eu pensava que ele só era um pouco mais velho que eu. Mas, quando vi Alvinho conversando com Jurema Penna e os dois a lembrar do tempo da Escola de Teatro da Ufba, onde foram colegas, aí sim, me dei conta que ele era muito mais velho que eu... (ou mais jovem, mesmo?).
 Jurema, nessa época, já estava bem senhora e isso foi nos anos 70 do séc. XVII! e Alvinho era um petiz. Sempre teve um comportamento jovem e sempre estava cheio de ideias e projetos de peças e filmes pra fazer, pois ele não parava. E sempre tinha um assunto, uma novidade, uma coisa pra dizer e sempre estava bem e de bom humor  Não era babaca, era muito vivo e ligado em tudo e, o melhor, era ótimo caráter, ótima pessoa. Era o tipo de gente "disposta". Se alguém chegasse pra ele e dissesse: "Vamos pra Mongólia amanhã de manhã??" Ele iria pra Mongólia sem pensar.
Eu encontrava sempre Alvinho quando ele estava morando em um apart hotel na Carlos Gomes. Depois sumiu e não fiquei sabendo pra onde tinha ido. Só depois da morte dele é que soube que estava vivendo no interior. Também via sempre Alvinho comendo e bebendo nos bares da Largo Dois de Julho. Em uma das últimas vezes que nos encontramos, ele disse: "Santori eu quero você numa peça, mas quero você fazendo papel de mulher". Morremos de rir e cada um foi pro seu lado. É isso, Alvinho, Nilda, Jurema e outras pessoas faziam a Bahia mais feliz.  Esse tempo acabou. E o teatro baiano eu nem sei como anda.

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