sábado, 1 de agosto de 2020

Passando Uma Costura na Máquina . Bordando com a Linha do Tempo


Amo uma máquina de costura antiga de pedal. Cresci vendo minha avó bordando na máquina e eu, ficava ao lado olhando aqueles movimentos lentos dela controlando os pontos para não sair do risco, movimentando o bastidor com calma para sair um belo trabalho.
Tenho uma máquina dessas e faço umas coisas rápidas, passo uma costura, "bato" uma bainha e só. E eu adoro quando tenho que fazer esses simples trabalhos. O barulhinho da máquina me acalma e hipnotiza, entro num transe e me transporto para um lugar bom, calmo e tranquilo, assim como era o jeito de minha querida avó, Ascenção.
Gravei o barulhinho da máquina hoje quando "passei uma costura" na minha Pfaff 30.
( A pintura acima eu esqueci de "assentar" o nome do autor. Quando eu encontrar coloco o nome dele aqui. Minha avó costurava pouco, ela bordava para ela, para presentear e também para vender. Nunca foi de cair exausta em cima de uma máquina como esta moça da pintura e como muitas costureiras que eu conheçi que sustentavam uma casa com o trabalho da costura. E ficavam exaustas, com dores de cabeça, enxaquecas depois de cortar, alinhavar, costurar, fazer as provas e depois, pressionadas pelas freguesas para entregar o suado trabalho no dia combinado. Recebiam o dinheiro e tudo começava novamente. Um árduo trabalho, mas, mais digno que este eu não sei! Hoje, eles e elas não querem mais costurar. A profissão de alfaiate acabou. A de costureira, idem. A menina de hoje não quer costurar, "puxa muito pela cabeça", é preciso raciocinar e não sabem matemática, as quatro operações fundamentais e, a costura, é cálculo, é projeção, matemática! 
Já era, então! Tá difícil!).


A minha Pfaff. E o som dela.






Acima, uma sonhadora e encantadora senhorita sentadinha na sua Pfaff em momento/descanso. Costureira de "mão cheia", ela passaria, em seguida, boas horas aviando as suas costuras na magnífica Pfaff. Tinha boa freguesia, costurava para senhoras do mais fino tracto, senhoras de prol!
E John Lennon, abaixo, passando uma costura na sua boa Pfaff! Ele, aliás, era costureiro e alfaiate e, nas horas vagas, era também cantor e compositor de um grupo vocal que fez relativo sucesso na Inglaterra onde nasceu. 
E tenho dito!


4 comentários:

  1. Minha mãe tem uma máquina dessas,da Singer,que foi da minha avó.Ainda funciona.Abraços e boa semana.

    ResponderExcluir
  2. Minha querida Louca, eu amo uma máquina de costura de pedal, ouvir aquele barulhinho é tudo pra mim, aquele chierinho de óleo Singer pairando no ar...Essas máquinas não quebram, são indestrutíveis!!!! Sobrevivem a tudo se tiverem um mínimo de cuidado. A quantidade de ferro que punham na liga é absurda. É ferro puro. E, em tempos de crise elas são perfeitas, pois não gastam energia elétrica. E ainda fazemos exercício para as pernas.
    Se não sabe costurar, aprenda. Eu faço lencois de puro algodão e sai super mais barato. É uma delícia. Ela vai ficar pra sua filha ou filho, se vc tiver.
    Um abraço. Saúde.

    ResponderExcluir
  3. Minha mãe tinha uma Singer 1933 de pedal que conservamos.Encantava-me bordados com bastidores, culpados,plissados e franzidos.Mas nunca tive habilitado para costura.

    ResponderExcluir
  4. E bom conservar, na hora em que precisar, a máquina está pronta para servir e não consome energia.Mas é bom não deixar ela parada tanto tempo, é bom colocar óleo e passar uma costurinha qualquer de vez em quando.
    Parabéns pela sua Singer 1933 que deve ser linda, uma obra de arte em ferro e madeira de lei e maquinário perfeito.
    Um abraço.

    ResponderExcluir