sexta-feira, 16 de junho de 2023

Leite Innoxa


Das revistas antigas, além das matérias variadas com imagens e textos ótimos, gosto demais das propagandas, anúncios, os reclames de produtos que se vendiam na época e que hoje desapareceram. Às vezes, as propagandas eram pequeninas, num cantinho de página, com fotos ou ilustrações impressos em clichê, o que davam a esses anúncios, pra mim, um encanto e uma beleza especial, pois são bem artesanais, feitos a mão, marcados, escarifados em uma chapa e, depois, colocada a tinta, levados à impressão. Tempos super analógicos, do fazer a mão, das redações e gráficas de revistas, dos desenhista e ilustradores contratados pelas editoras, do clichê, do artesanato.

E como são engraçados esses reclames de época!

Esse anúncio do Leite Innoxa é demais! Só o nome do produto já me enlouqueceu! Leite Innoxa! Nele, há um desenho ilustrativo e o texto que afirma, referenda o produto como o indicado para para a pele da leitora. Geralmente esses produtos são fórmulas criadas por um especialista que atesta a validade do seu uso. No Leite Innoxa é o Dr. Debat, de Paris, o responsável pelo leite que tem, também, um pó facial, o Pó Innoxa.

Fico a imaginar mulheres que usavam os produtos Innoxa. Se saíam para comprar, se os maridos era quem traziam da rua, se a filha mais velha compravam...

-Meus deus, meu Leite Inoxxa está acabando! Não posso interromper o regime lácteo da minha cútis!

-Pacheco, querido, passe no magazine e compre o meu Leite Innoxa, sim!

-Filhinha, você usou o meu Pó Inoxxa? Está no fim! Estou raspando a lata! E não me participa! Que menina! Preciso adquirir outro já!

-O Inoxxa está caríssimo! Os olhos da cara!

E por aí o Leite e o Pó Innoxa iam pelas cútis e nas vidas das mulheres.



 

sábado, 10 de junho de 2023

Elis e Bethânia


 Foto de Kaoro Higuchi para matéria da revista Manchete com as duas cantoras. Esta foto, de 1971, é original. Ganhei de um amigo que comprou parte do arquivo de imagens da antiga revista.

Ganhei. Ganhamos.

quinta-feira, 8 de junho de 2023

Os Gondoleiros do Dique do Tororó


Matéria da revista Vamos Ler! de abril de 1942, impressa no Rio de Janeiro pela editora A Noite. Essa edição foi toda dedicada à Bahia. A revista tem muitas matérias interessantes e, uma delas, é a sobre os Gondoleiros do Dique do Tororó, personagens obscuros, hoje completamente esquecidos que faziam um trabalho da maior importância na época que era o de transportar pessoas de uma margem a outra do Dique do Tororó. 

Pelo texto ficamos sabendo que haviam vários gondoleiros, que eram bastante conhecidos até pelos seus nomes e apelidos pela população de SalvadorHoje quando eu passo por ali, noto que o transporte ainda é feito, mas suponho que já não existam grande número de embarcações e de gondoleiros e, também, diminuiu o número de pessoas interessadas no serviço de ir de uma margem à outra de barco.

O Dique do Tororó nos anos 40, era muito maior em extensão e largura que o atual que foi reduzido drasticamente com as obras de saneamento e criação de novas vias para carros. Naquela época, então, o trabalho executado pelos gondoleiros não se restringiria a atravessar simplesmente, como hoje, de uma margem a outra, mas sim, fazer um percurso muito maior.

Eu nunca fiz esse transporte, mas acho que deve ser bastante legal atravessar as águas do misterioso dique, navegando lentamente e guiado, quem sabe, por um descendente dos antigos Gondoleiros do Dique do Tororó!


Qual seria esse gondoleiro? Nini? Nóca? Dió? Eduardo, Popó? o Rei do Dique, ou Ziguidu?





 

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Gal Costa e o Cabelo com Estrelas e Os Mutantes . 1968


Foto de Gal Costa colada nos meus antigos álbuns de artistas. Até esses dias eu não sabia de qual era a apresentação de Gal, assim, com o cabelo cheio de estrelas. E um amigo me mandou essa foto de Rita Lee - Mutantes - e Gal - e as estrelas no cabelos. A imagem é da parte nacional do III Festival Internacional da Canção de 1968. A música que Gal cantava, Gabriela Mais Bela de Roberto e Erasmo Carlos não foi classificada e Gal nunca gravou. No disco da parte nacional, uma cantora de nome Vânia é quem canta a música.
 
Os Mutantes, nesse festival de 1968 cantaram Caminhante Noturno.




domingo, 23 de abril de 2023

São Jorge


Essa imagem de São Jorge faz parte do acervo particular do casal Jorge e Zélia Amado e está numa das paredes da casa do Rio Vermelho.

Salve São Jorge

Valei-nos São Jorge!!!



 

domingo, 26 de fevereiro de 2023

Uma Cadeira Trono!


Amo esta cadeira - uma cadeirão, quase um trono - que comprei há muitos anos em um antiquário. Mandei fazer essa almofada de tecido mais chamativo pra dar uma modernada legal, mas, muitas vezes enjoo e deixo ela sem a almofada, na palhinha que é original. Aliás, a função da almofada é proteger a palhinha...mas ela fica assim, encostadinha em um canto...agora mesmo que estou em outra mansarda, a cadeira está ainda fora do seu lugar definitivo. Como a cadeira, eu não paro e carrego ela e todas as outras minhas tralhas comigo!

E assim eu vou.




 E a que está atrás, uma thonet original - mas a palhinha n. 01 miudinha, tinhosa - eu mandei refazer - e é outro escândalo de linda!

E haja bundas antigas e novas para sentar nelas!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Centro de Salvador em Passeio Antiguinho

Na quarta fui ao centro da cidade e fiz umas fotos rapidinhas já que meu tempo era curto. Tinha tanto tempo que não ia por ali... o centro está estranho, vazio, sem lojas, prédios fechados e pouca gente circulando. Sinistro.

Na porta do antigo Tesouro, hoje uma secretaria da prefeitura, um adereço de fachada bem decó, que eu adoro, feito de cimento prensado ou ele é mesmo de mármore, porém com grossas mãos de tinta por cima. É lindo!


Rua do Pau da Bandeira, agora sem a casa onde funcionou o Varandá  durante décadas e que ficava no final da ladeira tapando a vista sensacional da Baía de Todos os Santos. Antes esse visu só era visto pelos frequentadores do antigo bar/boate/casa de shows que foi o Varandá
A casa caiu e o buraco abriu e a paisagem é agora pra todos.

Elevador Lacerda


A marina e o telhado da Igreja da Conceição da Praia.
O Forte de São Marcelo e a escultura de Mario Cravo que eu não  tinha visto recuperada. Pegou fogo, fez-se outra.

Igreja de N Sra. da Ajuda que eu amo! É do início do século XX, as outras que existiam ali desde a fundação da cidade de Salvador foram derrubadas para seguirem o gosto da época. A que foi de taipa virou barroca que, por fim, passou a ser neoclássica.

Altar com N. Sra. da Ajuda, imagem do XVI e ladeando, abaixo, duas outras lindas imagens do XVIII, Santa Luzia e Santa Apolônia. Olhos e Dentes.
Altares laterais

O púlpito de onde o Padre Vieira discursava
Imagem de roca de Cristo carregando a cruz e que ainda sai em procissão na Semana Santa.
Igreja maravilhosa e sem ninguém, vazia, só pra mim.

 Altar de Santa Rita que tem a sua devoção com missa todas as quintas-feiras na igreja.

sábado, 21 de janeiro de 2023

Tapioca . Um Saco para Tapioca


 Um saco para guardar tapioca com bordado de aplicação. Nem é preciso dizer mais aqui que sou louco por esses bordados tão ingênuos com motivos tão simples a servirem para armazenarem coisas e deixar a cozinha mais bonita. A cozinha antiga, não é?

Me lembro dos sacos para pães, o de roupa "servida"os panos para cobrirem o fogão - todos já postados aqui. Tinha as toalhas de prato também bordadas. A cozinha não ficava triste, sempre tinha uma cena bordada...um coelho com sua cenoura, bonecas cozinheiras, cestas com flores ou legumes, mestres cucas com seus chapéus altos, grande sortimento de japonesas...tudo bordado em puro algodão, linhas e aplicações de retalhos também de algodão. Hoje o algodão anda misturado e as linhas idem.

Minha avó bordava na máquina, fazia esse tipo de bordado que descrevi, como o desse "saco porta tapioca". Imagino aquela tapioca - a goma - fina, armazenada para ser usada em vários pratos, dar o ponto no cuscuz, mingaus e a tapioca de frigideira como panqueca para passar manteiga.

Uma tia me contou que na cozinha da infância dela, sempre tinha tapioca - goma - em um pote e que era usada em mil coisas. Na cozinha da minha infância já não havia esse pote e a goma era comprada e guardada em um pote. A goma também era um item fundamental para engomar as roupas e não podia faltar em uma casa...um colarinho sem estar engomado, sem forma, nem pensar, uma camisa de linho ou de tricoline, as pregas de uma saia... Haja goma. Haja tapioca.

Imagino a cozinha antiga e o saco, este saco que aqui está, pendurado na parede e cheio, gordo de tapioca.

O bordado de aplicação desse saco lembra uma holandesa, mas poderia ser uma japonesa, uma alemã, uma brasileira, qualquer nacionalidade servia que é o mais hilário. Todos os motivos serviam para debuxar, cortar e aplicar no tecido - com goma! - e depois bordar na máquina.

Comprei esse saco em um local de despejo do que não serve mais e endoidei quando vi! Lavei, passei, já comprei um novo cordão e em breve vou colocá-lo em um lugar de honra na minha cozinha.

Tapiocas para todos!



segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Gina Lollobrigida e Dercy Gonçalves . GINA !!!!!!!!!!


Imaginemos a fechação que foi Dercy Gonçalves, eleita a Rainha das Atrizes de 1967, encontrando Lolô.  Muito à vontade, íntima, deve ter gritado: GINA!!!!!!!!   KKKKK



Há tanto tempo que tô pra postar essa matéria do livro Universo 1967 e, só agora que soube da morte da atriz, me habilitei a pegar o grosso livro para escanear as fotos.

Fica aí a minha homenagem a Gina Lollobrigida!!!

GINA!!!!!!!



 À direita de Lollobrigida na primeira foto, uma das grandes figuras do carnaval carioca, Evandro de Castro Lima, baiano de família tradicional de Salvador. Ele e Clóvis Bornay foram os dois grandes costureiros e criadores de fantasias incríveis na categoria luxo dos desfiles do Municipal. Eram o máximo!

domingo, 8 de janeiro de 2023

Caetano Veloso . 1974





 Continuando hoje com a Tribuna da Bahia, do livro lançado em 2019 em comemoração dos 50 anos do jornal. Cada página do livro era a imagem da edição de capa de cada ano da Tribuna. De 1969 a 2019.

Aproveitei a Festa de Reis da Lapinha daquele 1974 e, é claro essa notícia sobre Caetano Veloso também na primeira página sobre uma "suspensão"- kkkkk -,  absurda  que ele sofreu em um show feito na Concha Acústica por atentado ao pudor e aos bons costumes.

Não me lembro desse acontecimento. Devo ter visto esse show, e não me lembro de nada que tivesse me constrangido, atentado contra mim. 

O show seguinte de Caetano, o do Vila Velha, eu devo ter visto também, na época eu via tudo, todos os shows da Concha e do Vila. E via tudo mais de uma vez!  Na época eu tinha muitos amigos e entrava em todos sem pagar. Muita gente entrava sem pagar, não sei o quanto Caetano e outros artistas lucravam com tantos penetras, amigos dos amigos - eu - e os convidados. Era show e festa. E desbunde kkkkkk

O Vila Velha era o local, o teatro que eu ia, amava, via tudo, era uma delícia!!!! Uma delícia da década de 70. Todos os artistas se apresentavam ali, naquele teatro alto astral. O TCA eu também ia muito, mas como o Vila com seus shows com os artistas tão próximos da gente não tinha, não teve igual. Show e Festa! E alegria total!!

Os shows da meia noite nas sextas... Uau! Os shows de samba com Batatinha e todos os sambistas maravilhosos de Salvador...o Essa Noite se Improvisa, também à meia noite... kkkkk tudo uma delícia. 

E fico por aqui.

sábado, 7 de janeiro de 2023

Festa de Reis . Salvador . 1974





 Uma página de um livro comemorativo dos cinquenta anos do jornal  A Tribuna da Bahia. Para cada ano, a fotografia das primeiras páginas com as notícias quentes do dia da edição.

Dessa página de 1974 - 49 anos! -  escaneada, selecionei essa manchete sobre a Festa de Reis da Lapinha que, na época, já era realizada com dificuldades e hoje, imagino que esteja numa situação bem pior, apesar das pessoas que ainda tentam manter a tradição.

Era linda a festa no bairro da Lapinha. Fui uma única vez, muito animada, muito cetim, muito brilho nas roupas, muita música, uma animação e uma manifestação linda. 

Espero que nunca acabe os tradicionais e lindos Ternos de Reis do bairro da Lapinha.

O Terno dos Astros. Será que ainda existe???

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

São Jorge


 Para iniciar as postagens do ano do blog, nada melhor que uma imagem de São Jorge, aqui, numa alegoria de escola de samba do Rio de Janeiro, cidade devotíssima do santo guerreiro.

E vamos em frente!

E com São Jorge!