segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
Natal 2018
Para quem entra aqui no meu "congá", no meu "império", templo e igreja, na minha choupana, no meu barraco e mansão, no meu espaço quase tudo, o meu Feliz Natal para todos.
domingo, 23 de dezembro de 2018
Elis . 1971
Das páginas do revista Já de 1971, Elis em imagens e respondendo a cartinha de fã. E eu, tanto tempo depois sempre fã de Elis Regina, Elis Rainha.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
Paredão em Cobogó
Enorme paredão abaulado e coberto por cobogó em cada andar de um edifício do início dos anos 50 de inspiração art- déco. Ainda tem muita coisa original, piso e corrimão em marmorite na escadaria larga que dá acesso aos apartamentos. Na entrada do edifício, mármore francês em dois tons de cinza forram as imensas paredes, a escadaria é também em mármore, um mármore lindo, róseo.
Mas, coisas absurdas, obras malucas que já fizeram por lá estão dia a dia descaracterizando o prédio e nem quero pensar no que ainda farão de barbaridades.
Poderia colocar outras fotos do edifício mas, hoje, só vou de cobogó.
Passeio Antiguinho . Cobogó Rosa
Em um edifício em que vou sempre este cobogó me chama atenção pela cor rosa, pela utilidade, ele ilumina e ventila um corredor escuro e, também, pelo abandono. Ele é dos anos 50 e acho que ele não é limpo desde aquela época, portanto, tem sujidades históricas que remontam à sua inauguração em 1956.
O cobogó além da utilidade faziam um efeito de movimento belíssimo nas paredes onde os colocavam, transformavam lugares tristes em alegres, quentes em frescos. Uma pena que os moradores não se toquem com a importância deles para o prédio e para a vida dos que nele habitam.
Gosto dos cobogós, mas só gosto dos antigos. Estes novos que tentam parecer antigos, não gosto. Gosto desses, de cerâmica vidrada, gosto também de uns rústicos de cimento bruto que pintavam de acordo com a cores do ambiente.
Cobogós, cobogós... em tempos mais frescos eram tantos e hoje, em tempos tão quentes, ficaram raros.
terça-feira, 18 de dezembro de 2018
Coisas da Globerama
Globerama e suas ilustrações e desenhos ótimos e engraçados. Este rapaz já torra ao sol do globo a poucos dias da entrada do verão 2019. Um rapaz moqueado, um rapaz torrado, um rapaz churrasco.
Coitado!
Coitado!
domingo, 16 de dezembro de 2018
Um Pequeno Imperador do Divino Espírito Santo
Esta foto é espetacular por vários motivos. Ela é de uma época em que se comemorava o dia de Pentecostes, a vinda do Espírito Santo à rigor, com todos os passos da cerimônia tradicional. A festa, uma tradição portuguesa, se realiza aqui em Salvador também, lá no bairro de Santo Antonio. A festa, com o passar dos anos tem perdido o seu brilho, seu esplendor e riqueza: hoje é mais simples. Nesta foto, feita em Jacobina, Bahia no ano de 1953 dá para perceber o deslumbramento que era a festa realizada naquela cidade do interior baiano desde o século XVIII. O garoto vestido de Imperador - em azul e branco como está descrito - está impecável em seu traje composto de meia, calça de cetim curta e bufante, blusa que deveria ser de veludo com aplicações douradas, o cinto, o manto curto também de veludo que deveria ser ricamente bordado e com um grande laçarote arrematando. Nas mãos, um cetro representando o poder do imperador. Uma beleza!
Para completar, o garoto está apoiado em uma mesinha coberta com - simplesmente - uma pele de onça pintada e, em cima do tampo, está a coroa em prata lavrada, linda, de mais de 150 anos, símbolo da festa do Divino Espírito Santo. A coroa fica durante um ano na casa do "Imperador", em lugar de destaque, esperando o ano seguinte quando é levada para a casa do novo Imperador que irá novamente reorganizar a festa.
Isto tudo, esta grande produção para os festejos do Divino Espírito Santo, aconteceu em Jacobina, cidade que prezava as tradições católicas, pelo visto, da maneira mais tradicional. E a família deste garoto desta foto se esmerou naquele ano para abrilhantar a festa.
A festa do Divino naquela cidade deve continuar suponho, mas não sei se com o mesmo aparato como ela foi descrita no livro "Caminhos Percorridos - Adhemar - De Caatinga do Moura a Jacobina", editado em 2003. O livro conta a vida do Sr. Ademar Silveira Carvalho Silva e foi escrito por sua esposa d. Alcira Pereira Carvalho Silva. Naquele ano de 1953 o sr. Adhemar foi o Imperador coordenando a festa e o menino é o seu filho Ubirajara vestido como o pequeno imperador.
Neste dia é solto pelo imperador um preso da cadeia pública, como premio pelo seu bom comportamento.
Uma coisa interessante neste livro é a descrição de caçadas que se fazia nos arredores de Jacobina e a citação de onças e muitos outros animais que haviam por lá. Esta pele de onça que está na foto pode ser de uma das mortas por lá. Hoje, acho que não há mais nenhuma onça para contar a história.... a caça está proibida há muitos anos, mas elas devem ter acabado, infelizmente! E a festa do Divino Espírito Santo, a Festa de Pentecostes, como andará depois de tantos anos?
D. Alcira descreve com detalhes a riqueza que era a festa quando toda a cidade se movimentava em torno dela. É um documento precioso! Ao escrever a biografia/homenagem ao marido, Adhemar, a autora foi além das simples lembranças e reminiscências familiares e fez um livro de memorialista, pois ali estão as tradições católicas, o folclore, a culinária, hábitos, costumes do povo do lugar, a paisagem, flora e fauna...marmelos que eram abundantes...onças pintadas descansando sobre as árvores... Se onças havia o meio ambiente estava equilibrado, pois ela está no topo da cadeia alimentar.
Comprei este livro por acaso, na rua, na "mão" daquelas pessoas que armam barracas para vendê-los. Comprei por preço irrisório, aliás, eu não ia comprar, mas, quando vi a foto do menino à caráter de Imperador, comprei imediatamente! E foi uma delícia ler o livro, histórias de uma família e de uma cidade, de seus costumes e tradições.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2018
quinta-feira, 13 de dezembro de 2018
sábado, 8 de dezembro de 2018
Quarto no Mar
"Stanza sul Mare", pintura de 2016 do italiano Matteo Massagrande.
Eu estou enlouquecido com o trabalho desse pintor de casas decadentes, vilas italianas ao mar, abandonadas, mas, vivas, e que guardam a memória de um tempo mais feliz, contemplativo. Casas que eram feitas para as pessoas viverem integradas à paisagem, equilibradas e respirando junto com elas.
Se apurarmos o ouvido e a imaginação, ouviremos os sons dos moradores e da faina diária e tranquila da casa.
E ainda tem esse piso inglês!!!!!!
Ai, quero morar ali!!!
Eu estou enlouquecido com o trabalho desse pintor de casas decadentes, vilas italianas ao mar, abandonadas, mas, vivas, e que guardam a memória de um tempo mais feliz, contemplativo. Casas que eram feitas para as pessoas viverem integradas à paisagem, equilibradas e respirando junto com elas.
Se apurarmos o ouvido e a imaginação, ouviremos os sons dos moradores e da faina diária e tranquila da casa.
E ainda tem esse piso inglês!!!!!!
Ai, quero morar ali!!!
sexta-feira, 7 de dezembro de 2018
Prestidigitação
Livro de mágicas, ensinando a fazer mágicas, passes e os passos das mágicas. Comprei recentemente pela capa e pelas ilustrações de um tal de Franchot, que são maravilhosas, mas, não consegui nenhuma informação através do Google sobre ele, aparecia sempre Franchot Tone, um antigo ator de Hollywood.
O livro está tão bem conservado que não me senti à vontade para escanear. Escanear, muitas vezes, maltrata o livro e as páginas deste aqui são de papel poroso super frágil. Não dá.
Alguém comprou este livro no Rio de Janeiro e ele veio, magicamente parar na Bahia e agora, parou nas minhas mãos. Não sei fazer mágicas e nem quero. Quem comprou o livro nos anos 50 queria "prestidigitar". Naquela época, acho que ainda dava para enganar, agora, acho difícil, pois tudo está às claras, só não ver quem não quer.
Mas, seria maravilhoso "prestidigitar" nesta época de câmeras por todos os lados. Seria muito bom, o escondido voltar à moda, os segredos, e saber revelá-los na hora certa.
Hummmm, me deu uma vontade de "prestidigitar"...
Livro impresso na Argentina em 1950. Dancemos um tango, então, um tango mágico, prestidigitado, pois eu sou do samba!
-Você não passa de um prestidigitador!!! Um biltre prestidigitador, me iludiu, me enganou, me fez de joguete...
-Odeio-te, maldito!
quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Christiana Neves da Rocha em Vermelho e Preto
No mês dedicado a Santa Bárbara, "invoco" através do Google, essas imagens vermelhas e berrantes de Christiana Neves da Rocha. Só ela para poder usar esta combinação de vermelho e preto e em tecido estampado!
Pelo Google também encontrei esta Mulher em uma Poltrona de Gustav Klimt, obra de 1897.
Tudo a ver.
Tudo vermelho.
Tudo muito chique.
Tudo sublime.
Tudo dezembro.
As fotos de Christiana são de 2012.
Palhaço
" Palhaço: Personagem cômica que nos circos provoca o riso com esgares e bobices; bobo. Saltimbanco. Arlequim."
(Novo Dicionário Enciclopédico Luso-Brasileiro, reedição dos anos 50).
terça-feira, 4 de dezembro de 2018
Santa Bárbara 2018
Imagem de Santa Bárbara do século XVIII, pertencente à Igreja do Rosário dos Pretos, no Pelourinho, que todos os anos sai à frente da procissão.
Estampa clássica de Santa Bárbara que sai em pequenas reproduções na parte dos classificados dos jornais impressos, ao lado de orações, pedidos etc.
Adoro essa imagem!
As fotos são de Adenilson Nunes para o Bocão News, hoje, 4 de dezembro, dia de Santa Bárbara. Abaixo, foto de Marina Silva para o Correio da Bahia ,edição de 5 de dezembro.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
Carmen Mayrink Veiga e os Versos de Cruz e Souza
03 de dezembro de 2018, hoje faz um ano da morte de Carmen Mayrink Veiga e eu que faço este blog me sinto no dever de lembrar a data, de não deixá-la passar em branco e de alguma forma prestar mais uma homenagem a ela.
O meu blog sempre foi de homenagens a Carmen enquanto viva e, agora, morta, merece o meu respeito, o meu sentimento e o meu agradecimento por ela ter existido e me feito tão bem com a sua beleza, elegância e inteligência.
Esta foto de Carmen está na Enciclopédia da Beleza Feminina, publicação de 1969 e abre um capítulo chamado O Charme, nele várias mulheres, brasileiras, estão ali reunidas e unidas pelo charme.
A foto linda de Carmen, bem anos 60, usando o seu bom caftan e o "cabelo de leão", tão em moda na época, é encimada por um trecho de um poema de Cruz e Souza, nosso poeta maior - ao lado de Alphonsus de Guimaraens - do Simbolismo no Brasil. Os versos de Cruz e Souza, poeta de vida tão sofrida, caem como uma luva para Carmen quando insinua e diz, melodiosamente, tudo aquilo que ela foi em vida.
Carmen Mayrink Veiga e o poeta negro Cruz e Souza se encontram no apuro e no refinamento: ele, na linguagem harmoniosa e perfeita e Carmen, na sofisticação e na beleza.
sábado, 1 de dezembro de 2018
Cachaça Cacareco
...E fui ao Google para saber alguma coisa sobre esta antiga cachaça e não achei nada, mas, lá, fiquei sabendo que "Cacareco" era o nome de um rinoceronte que vivia no zoológico de São Paulo e que em 1959, durante as eleições daquele ano, "Cacareco" foi o campeão de votos para deputado federal pelo estado e a votação por ele obtida seria suficiente para eleger um candidato ao cargo.
Portanto, o nome da antiga cachaça/aguardente deve ter inspiração no rinoceronte do zoológico de SP que, por sua vez, serviu também de inspiração para os eleitores nas antigas cédulas de votação ainda manuscritas na época.
O rótulo está no Guia Internacional do Bar de Michael Jackson, editado em 1980. Adorei Cacareco! Aliás, cacareco é sinônimo também de tralhas, coisas velhas, trecos etc. Aqui em Salvador tinha uma Feira do Cacareco, onde se vendia coisas usadas, tipo bazar.
Portanto, o nome da antiga cachaça/aguardente deve ter inspiração no rinoceronte do zoológico de SP que, por sua vez, serviu também de inspiração para os eleitores nas antigas cédulas de votação ainda manuscritas na época.
O rótulo está no Guia Internacional do Bar de Michael Jackson, editado em 1980. Adorei Cacareco! Aliás, cacareco é sinônimo também de tralhas, coisas velhas, trecos etc. Aqui em Salvador tinha uma Feira do Cacareco, onde se vendia coisas usadas, tipo bazar.
sexta-feira, 30 de novembro de 2018
Coisas da Globerama
Mais uma ilustração da Globerama, Tesouro de Conhecimentos Ilustrado, que gosto muito, muitíssimo dos desenhos super-coloridos e cheios de sombras ótimas produzidas pela impressão em papel poroso. Maluquices maravilhosas.
Esta loura com um óculos 3D assistindo a um filme na parte alta dos antigos cines, é ótima.
-Ó meu deus, parece que estou dentro da tela, acho que vou desmaiarrrrrrrrrrrrrr!!!!!!!!!!
Esta loura com um óculos 3D assistindo a um filme na parte alta dos antigos cines, é ótima.
-Ó meu deus, parece que estou dentro da tela, acho que vou desmaiarrrrrrrrrrrrrr!!!!!!!!!!
domingo, 25 de novembro de 2018
Nara Leão . "Muito Informal" . 1973
Me lembrei de um pedacinho de papel de jornal que recortei e que tinha um tijolinho, um anúncio de um show de Nara Leão de 1973. Mas onde estaria aquele rasgo de papel??... nos álbuns não estavam, abri todos, fui às gavetas, pacotes e eis que o encontro dentro de um caderno daquela época, caderno tipo escolar onde eu copiava letras de músicas e também colava e guardava coisas dentro. Ufa! pensei que não iria encontrar a lasca, o trapo de papel, no meio da barafunda do "prato predileto das traças", mas achei!
O recorte é de jornal do Rio, o Globo ou Jornal do Brasil, não sei, e ele, pequeno fragmento, nos dá conta do movimento cultural maravilhoso da época do Rio de Janeiro, a Corte, onde acontecia o que havia de melhor em teatro, música, dança, exposições etc.
O grupo Oficina, um marco do teatro dos anos 60, continuava ainda vivo nos 70 apresentando um Tchecov. Carlos Imperial, um faz tudo dos anos 60, compositor, ator, cantor, apresentador etc. etc. produzia Marido, Matriz e Filial, uma comédia, deveria ser e, no elenco, estava Hildegard Angel que depois se tornou colunista social, coluna, aliás, da qual o meu blog se serve sempre.
E muitas coisas mais deveria ter nesta página de tijolinhos com os cartazes da época, só coisa boa, fartura de boas produções culturais. Imaginemos as maravilhas!
Nara Leão, nesta época, estava recém chegada de Paris e já tinha, acho, os seus dois filhos, todos pequenos. Segundo o que li na imprensa do período sobre esse seu show, ela entrava pela porta da frente do teatro junto com o público - devia estar com o violão - e ia direto para o palco fazer o show que se dava "no intervalo da amamentação das crianças". Acabado o repertório do espetáculo, Nara corria de volta para casa para amamentar os filhotes, Isabel e Francisco. Que barato!!!
Recentemente saiu uma caixa contendo vários shows de Nara ao vivo e tem um CD que talvez seja a gravação de o Muito Informal que poderia ter se estendido de 72 a 73, não sei.
sábado, 24 de novembro de 2018
Passeio Antiguinho . Sociedade Protetora dos Desvalidos
Em maio do ano passado fui com um amigo de São Paulo a uma visita pelo centro histórico de Salvador e passando pela porta da Sociedade dos Desvalidos resolvemos entrar para conhecer. Na verdade há anos que eu morria de vontade de entrar ali e ver como era as instalações da Sociedade que fica em um prédio do início do século XIX.
Naquele dia tinha muitos adolescentes na casa ensaiando para alguma atividade artística. Fomos recebidos por eles e por umas senhoras que estavam lá e nos receberam muito bem, com muita simpatia. Perguntei se poderia fotografar e elas permitiram numa boa.
Fiquei louco pela construção, salões decorados com pinturas feitas a mão nas paredes, piso corrido em taboado de madeira, escadarias, corrimões, os azulejos hidráulicos do corredor de entrada, pelos móveis de madeira de lei, portas, divisórias, cadeiras e mesas lindas.
A casa possui também uma pequena capela interna super bonita e com uma imagem de Nossa Senhora da Conceição no nicho do altar encimado por um belo crucifixo.
Ficamos extasiados com a beleza do lugar e pela decoração que, me parece, está tudo igual à época em que a Associação foi fundada e muito bem conservado e limpo.
No dia 20 agora de novembro, li no jornal A Tarde que um documento da Irmandade, uma ata, feita entre os anos de 1832/1847 havia sido restaurado e recebeu um certificado da Unesco como um registro nacional do Programa de Memória do Mundo, documento que é uma relíquia pertencente à Associação dos Desvalidos, uma irmandade criada por negros, ex-escravos de auxílio mútuo.
Este documento, raro, é importantíssimo pois mostra a presença dos negros na cidade de Salvador no século XIX.
Então, essas simples fotos que fiz estou postando-as em um momento muito importante para a Associação Protetora dos Desvalidos e para a história da Bahia e do Brasil.
Vejam como o local é lindo.
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