quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Christiana Neves da Rocha em Vermelho e Preto





No mês dedicado a Santa Bárbara, "invoco" através do Google, essas imagens vermelhas e berrantes de Christiana Neves da Rocha. Só ela para poder usar esta combinação de vermelho e preto e em tecido estampado!
Pelo Google também encontrei esta Mulher em uma Poltrona de Gustav Klimt, obra de 1897.
Tudo a ver.
Tudo vermelho.
Tudo muito chique.
Tudo sublime.
Tudo dezembro.
As fotos de Christiana são de 2012.


Palhaço



" Palhaço: Personagem cômica que nos circos provoca o riso com esgares e bobices; bobo. Saltimbanco. Arlequim." 
(Novo Dicionário Enciclopédico Luso-Brasileiro, reedição dos anos 50).



terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Santa Bárbara 2018


 Imagem de Santa Bárbara do século XVIII, pertencente à Igreja do Rosário dos Pretos, no Pelourinho, que todos os anos sai à frente da procissão.


Estampa clássica de Santa Bárbara que sai em pequenas reproduções na parte dos classificados dos jornais impressos, ao lado de orações, pedidos etc. 
Adoro essa imagem!
As fotos são de Adenilson Nunes para o Bocão News, hoje, 4 de dezembro, dia de Santa Bárbara. Abaixo, foto de Marina Silva para o Correio da Bahia ,edição de 5 de dezembro.


segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Carmen Mayrink Veiga e os Versos de Cruz e Souza


03 de dezembro de 2018, hoje faz um ano da morte de Carmen Mayrink Veiga e eu que faço este blog me sinto no dever de lembrar a data, de não deixá-la passar em branco e de alguma forma prestar mais uma homenagem a ela. 
O meu blog sempre foi de homenagens a Carmen enquanto viva e, agora, morta, merece o meu respeito, o meu sentimento e o meu agradecimento por ela ter existido e me feito tão bem com a sua beleza, elegância e inteligência.
Esta foto de Carmen está na Enciclopédia da Beleza Feminina, publicação de 1969 e abre um capítulo chamado O Charme, nele várias mulheres, brasileiras, estão ali reunidas e unidas pelo charme.
A foto linda de Carmen, bem anos 60, usando o seu bom caftan e o "cabelo de leão", tão em moda na época, é encimada por um trecho de um poema de Cruz e Souza, nosso poeta maior - ao lado de Alphonsus de Guimaraens - do Simbolismo no Brasil. Os versos de Cruz e Souza, poeta de vida tão sofrida, caem como uma luva para Carmen quando insinua e diz, melodiosamente, tudo aquilo que ela foi em vida.
 Carmen Mayrink Veiga e o poeta negro Cruz e Souza se encontram no apuro e no refinamento: ele, na linguagem harmoniosa e perfeita e Carmen, na sofisticação e na beleza. 

sábado, 1 de dezembro de 2018

Cachaça Cacareco

...E fui ao Google para saber alguma coisa sobre esta antiga cachaça e não achei nada, mas, lá, fiquei sabendo que "Cacareco" era o nome de um rinoceronte que vivia no zoológico de São Paulo e que em 1959, durante as eleições daquele ano, "Cacareco" foi o campeão de votos para deputado federal pelo estado e a votação por ele obtida seria suficiente para eleger um candidato ao cargo. 
Portanto, o nome da antiga cachaça/aguardente deve ter inspiração no rinoceronte do zoológico de SP que, por sua vez, serviu também de inspiração para os eleitores nas antigas cédulas de votação ainda manuscritas na época.
O rótulo está no Guia Internacional do Bar de Michael Jackson, editado em 1980. Adorei Cacareco! Aliás, cacareco é sinônimo também de tralhas, coisas velhas, trecos etc. Aqui em Salvador tinha uma Feira do Cacareco, onde se vendia coisas usadas, tipo bazar.

Ângela Maria

Ângela Maria e o marido, Daniel.

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Coisas da Globerama

Mais uma ilustração da Globerama, Tesouro de Conhecimentos Ilustrado, que gosto muito, muitíssimo dos desenhos super-coloridos e cheios de sombras ótimas produzidas pela  impressão em papel poroso. Maluquices maravilhosas. 
Esta loura com um óculos 3D assistindo a um filme na parte alta dos antigos cines, é ótima.
-Ó meu deus, parece que estou dentro da tela, acho que vou desmaiarrrrrrrrrrrrrr!!!!!!!!!! 

domingo, 25 de novembro de 2018

Nara Leão . "Muito Informal" . 1973


Me lembrei de um pedacinho de papel de jornal que recortei e que tinha um tijolinho, um anúncio de um show de Nara Leão de 1973. Mas onde estaria aquele rasgo de papel??... nos álbuns não estavam, abri todos, fui às gavetas, pacotes e eis que o encontro dentro de um caderno daquela época, caderno tipo escolar onde eu copiava letras de músicas e também colava e guardava coisas dentro. Ufa! pensei que não iria encontrar a lasca, o trapo de papel, no meio da barafunda do "prato predileto das traças", mas achei!
O recorte é de jornal do Rio, o Globo ou Jornal do Brasil, não sei, e ele, pequeno fragmento, nos dá conta do movimento cultural maravilhoso da época do Rio de Janeiro, a Corte, onde acontecia o que havia de melhor em teatro, música, dança, exposições etc.
O grupo Oficina, um marco do teatro dos anos 60, continuava ainda vivo nos 70 apresentando um Tchecov. Carlos Imperial, um faz tudo dos anos 60, compositor, ator, cantor, apresentador etc. etc. produzia Marido, Matriz e Filial, uma comédia, deveria ser e, no elenco, estava Hildegard Angel que depois se tornou colunista social, coluna, aliás, da qual o meu blog se serve sempre.
E muitas coisas mais deveria ter nesta página de tijolinhos com os cartazes da época, só coisa boa, fartura de boas produções culturais. Imaginemos as maravilhas!
Nara Leão, nesta época, estava recém chegada de Paris e já tinha, acho, os seus dois filhos, todos pequenos. Segundo o que li na imprensa do período sobre esse seu show, ela entrava pela porta da frente do teatro junto com o público - devia estar com o violão - e ia direto para o palco fazer o show que se dava "no intervalo da amamentação das crianças". Acabado o repertório do espetáculo, Nara corria de volta para casa para amamentar os filhotes, Isabel e Francisco. Que barato!!!
Recentemente saiu uma caixa contendo vários shows de Nara ao vivo e tem um CD que talvez seja a gravação de o Muito Informal que poderia ter se estendido de 72 a 73, não sei.



sábado, 24 de novembro de 2018

Passeio Antiguinho . Sociedade Protetora dos Desvalidos


Em maio do ano passado fui com um amigo de São Paulo a uma visita pelo centro histórico de Salvador e passando pela porta da Sociedade dos Desvalidos resolvemos entrar para conhecer. Na verdade há anos que eu morria de vontade de entrar ali e ver como era as instalações da Sociedade que fica em um prédio do início do século XIX.
Naquele dia tinha muitos adolescentes na casa ensaiando para alguma atividade artística. Fomos recebidos por eles e por umas senhoras que estavam lá e nos receberam muito bem, com muita simpatia. Perguntei se poderia fotografar e elas permitiram numa boa.
Fiquei louco pela construção, salões decorados com pinturas feitas a mão nas paredes, piso corrido em taboado de madeira, escadarias, corrimões, os azulejos hidráulicos do corredor de entrada, pelos móveis de madeira de lei, portas, divisórias, cadeiras e mesas lindas. 
A casa possui também uma pequena capela interna super bonita e com uma imagem de Nossa Senhora da Conceição no nicho do altar encimado por um belo crucifixo.
Ficamos extasiados com a beleza do lugar e pela decoração que, me parece, está tudo igual à época em que a Associação foi fundada e muito bem conservado e limpo.
No dia 20 agora de novembro, li no jornal A Tarde que um documento da Irmandade, uma ata, feita entre os anos de 1832/1847 havia sido restaurado e recebeu um certificado da Unesco como um registro nacional do Programa de Memória do Mundo, documento que é uma relíquia pertencente à Associação dos Desvalidos, uma irmandade criada por negros, ex-escravos de auxílio mútuo. 
Este documento, raro, é importantíssimo pois mostra a presença dos negros na cidade de Salvador no século XIX.
Então, essas simples fotos que fiz estou postando-as em um momento muito importante para a Associação Protetora dos Desvalidos e para a história da Bahia e do Brasil.
Vejam como o local é lindo.