Luci, minha mãe, nos passeios comigo pelo Shopping Barra, aonde vamos lanchar, tomar sorvete, chocolate quente e fazer comprinhas. Tardes ótimas, pois minha mãe é animada, conversadeira e muito engraçada. A voz, apesar dos 83 anos não mudou em nada, é a mesma voz de antes, de quando jovem, voz de menina. Tem uma cabeça ótima, não tem preconceito nenhum, entende tudo, é totalmente do bem.
E as pernas lindas e torneadas, os joelhos cheinhos. Um arraso Dona Luci!
Esse fica muito bem para aquela mocinha que, digamos, já passou dos 25 e já é uma moça feita, não é mesmo? O estampado em rosas graúdas em campo branco realçam o modelo de pregas largas enriquecido por um cinto forrado e com laço no mesmo tom da fazenda.
A jovem senhorinha está muito bem, não é mesmo? E que tal copiar o modelo para o verão que se aproxima?
Vamos mocinha, vamos comprar a fazenda!
Dois costumes bem joviais e alegres para as mocinhas que querem se destacar andando sempre na última moda. Os estampados são umas maravilhas, vistosos e, sendo de algodão, se adequam completamente ao nosso clima árido, seco, tórrido, não é mesmo minhas queridas? Então, é só comprar as fazendas, favor não comprarem só a conta exata do modelo para não terem que recorrer às abomináveis bainhas postiças, nesgas e emendas que causam espécie nas amiguinhas. É melhor ter sempre pano com folga e não para faltar e fazer feio depois em sociedade.
Os lindos e práticos modelos apresentados aqui são do El Corte de Oro Lutterloh que sempre traz em suas páginas o que há de mais adequado para as mulheres de todas as idades.
Ohhh!!!, eu adoro o Lutterloh!
Esse vestido vai muito bem em qualquer ocasião descontraída, um fim de tarde no club, um chá, uma reunião da juventude.
Dois modelos de noivas bem de acordo para a estação quente que se aproxima. Em qualquer noivinha elegante ambos os modelos do El Corte de Oro Lutterloh vão muito bem.
Meu intelectual brasileiro preferido. O outro: Carlos Heitor Cony, mas, Ferreira Gullar, era completo, era um artista, desenhava, pintava, fazia colagens, criava, não parava. Sempre em movimento. Um pensador.
Era crítico de arte, cronista de jornal. Antenadíssimo. Sabia de tudo. Interessava-se por tudo e de tudo tinha uma opinião, a opinião livre de Gullar. Seus escritos musicados, cantados e tornados sucesso nas vozes de vários cantores, entre eles, Nara Leão, sua amiga de canto livre. O Canto Livre de Nara.
Sempre associo os dois - como dois e dois são quatro - pois ouvia muita canções de Nara com letra de Gullar. O show Opinião. Os textos das contracapas de alguns discos de Nara escritos por Gullar. E tudo isto nos anos 60.
É isso. Nem sei o que dizer, só sei que a presença de Gullar e o seu pensamento livre irão fazer muita falta neste Brasil tão empobrecido culturalmente, tão confuso e esgarçado, Brasil que se perdeu.
Estas fotos e textos foram escaneados de matéria do Correio da Bahia de 5 de dezembro de 2016, ano em que Ferreira Gullar deixou o Brasil na mão e mais pobre. Paupérrimo e de cuia na mão. Faz escuro e o faroleiro foi-se.
Suportemos sozinhos o que está aí e o que virá.
A linda Maysa em fotos de revista guardada por longuíssimos anos. Carlos Alberto era o marido dela na época.
Anos 70.
Meu deus! Onde eu estava com a cabeça colocando o casal de cabeça para baixo??? Jesus, sinto vertigens!!!
Agora jáh era! Não vou reeditar a minha postagem.
Perdoem-me famílias!
Que deslize francamente imperdoável!!!!
Capítulos excelentes abordando temas bem atuais e para todas as famílias do planeta. Adorei Uma ocupação de projeções Ignoradas. Muito bom! Agora estou no capítulo Dois venenos de Ação Retardada.
Não consigo parar de ler A Família Moderna!
Mas o que estariam fazendo estes jovens em uma viela escura no meio da noite??? Boa coisa não devia ser e ainda mais fumando cigarros... e deviam estar a beber também!
Este comportamento positivamente não é recomendável e nem adequado para os jovens de família!
Felizmente!
Ela vislumbrou. Espero que tenha visto, não é mesmo?
Muito bem! Casos exemplares e muito bem abordados em sua problemática!
O vestido da menina retocado em vermelho vivo, vivíssimo, ofuscou minhas vistas. O que é isto? O departamento de arte enlouqueceu???
No mais, que família verdadeiramente encantadora!!!
O papai, nota-se, está com sérios problemas de gengiva. Uma gengivite? Gengiva inflamada com certeza. E o primeiro molar faltante...urge um implante! No futuro, quem sabe, não é mesmo???
E o que dizer do petiz, minha gente? Tão vivaz!
Agora sim!! A foto em sua posição normal. Normal como a família moderna.
Que beleza, não é mesmo?
E vamos comprando o Família Moderna.
Para o Natal de 2016 que se aproxima, constitui um excelente presente.
Comprei esta imagem nos anos 90 quando comecei a fazer um curso particular de restauração, comprei também uma de São Cosme e São Damião. Ambas as imagens estavam com a pintura bastante danificada, aliás, comprei por isso, pois pensava que iria sair do curso restaurando e pintando lindamente as imagens de madeira. Qual nada...kkk
As duas imagens eu retirei toda a pintura que ainda restava, era muito pouca, mas me arrependo de não ter deixado o que havia de estofamento nessa Nossa Senhora da Conceição, pois era o original. Eu deveria ter aproveitado, passado uma cera e ficaria bonita. Dei bobeira nessa. Zero para mim. Mas assim como ficou, na madeira, também ficou muito interessante. É outra coisa. A escultura é muito bonita.
A peanha não é a original, mandei fazer.
O São Cosme e São Damião - já coloquei foto aqui - , o que havia era uma repintura medonha e foi melhor deixá-lo cru, na madeira, pois a escultura é belíssima, aliás, da minha coleção de Cosmes é a mais bonita.
No mais, salve 8 de dezembro, salve Nossa Senhora da Conceição, padroeira da Bahia.
Procissão de Nossa Senhora da Conceição da Praia, hoje, 8.12.2016. Fotos Jornal A Tarde.
Nas minhas andanças por ahaí, fuçando sebos, remexendo balaios cheios de livros velhos, acabados, ditos inúteis e que se vendem por qualquer real, encontrei o livro católico A Tua Religião na Tua Vida de Gaston Dutil, edição de 1965. Ilustrando os textos, várias fotos e, essas três que estão aqui, eu achei sensacionais e por causa delas comprei o livro.
A primeira é uma puxada de rede, cena bem típica da Bahia do passado com seus musculosos e lindos pescadores negros trazendo à praia a pesca do dia.
A foto é retocada. Será um original de Pierre Verger retocado??
Fico vendo esses homens, todos vestidos com calções de algodão amarrados à cintura por um cordão...a indumentária do pescador de antigamente era assim. Hoje quem se veste assim para pescar? Nenhum pescador, com certeza.
Hoje o calção - ninguém mais fala essa palavra - é short e ele é sintético, shorts sintéticos medonhos, esquentam, um horror! Acho que até o peixe agora é sintético.
Nenhuma das três fotos tem créditos no livro: anônimas e maravilhosas.
Esta outra é um sonho anos 50, um alegre passeio por jardim público com tulipas, muitas tulipas e carros e gente encasacada, costumes pesados. Há shorts e há casacos na vida.
A última foto é uma agradável praia com cadeiras e guarda sóis, ninguém tá trabalhando, ninguém tá fazendo a pesca do xaréu pra sobreviver. Vestem sungas e maiôs de helanca. Lazer de classe média numa praia qualquer.
Três fotos e três mundos diferentes. E extintos.
