sexta-feira, 17 de junho de 2016

Canivets do Tempo 1: Nossa Senhora das Candeias e Santa Luzia

Nossa Senhora das Candeias em estampa assignada - que eu não conhecia - toda trabalhada pelas traças, as loucas por papel. Felizmente não comeram  o meio da imagem. Chegaram perto... Ainda bem que cheguei a tempo. Eu sou o oposto das traças: conservo papel e o devoro de outra forma.

 Comprei hoje esses dois santinhos de papel presos em pequenas molduras que, como a estampa, já estavam se desfazendo e pedindo a morte. Comprei, dei uma sobrevida, já pensando em escanear e colocar aqui esses restos de devoções particulares e antigas que um dia já ficaram pendurados na parede da casa de alguém. Comprei mais outros dois e depois vou colocar aqui. Agora, é a vez desses dois canivets  "trabalhados ao longo do tempo" pelas traças que roeram, cavaram, cortaram o papel tecendo uma renda finíssima e delicada, como o trabalho manual das freirinhas que, no interior de seus conventos preenchiam o tempo picotando papel.
A traça é uma desgraça - uma destraça - inutilizam coisas preciosas, mas não é que elas fazem um trabalho até bonito? Elas roem o papel na horizontal - tinhosas!!! - e ele vai ficando fino, tão fino que se rompe e aí aparecem os desenhos, o rendado, os caminhos sem fim, os canivets produzidos pelas insaciáveis traças. Alguns "trabalhos" parece que elas deram um banho de prata, brilham, brilham!!! 
Uma vez fiz uma pesquisa em uma biblioteca, pedi uns livros e quando trouxeram e eu abri, tinha traça do tamanho de um dedo! IMENSAS, prateadas e brilhantes. Uma coisa!
Bem, não estou aqui defendendo as traças, mas que elas fazem um trabalho surpreendente, é inegável.
Infelizmente para o mal.





Santa Luzia, imagem bem conhecida da santa e toda trabalhada em rendados das traças. Ainda bem que elas não enlouqueceram e roeram tudo. Ficaram nas bordas.


Canivet de Santo Antônio de Pádua. Este é produto de fábrica. Uma beleza. Uma riqueza!
 Já havia colocado este santinho rendilhado em outro post aqui no blog.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Jornal Domingo Ilustrado . 1971: Wanderléa, Mutantes, Elis, Nara, Tom Jobim, Sérgio Ricardo, Chico Buarque, Capinam, A Bolha


 Da minha coleção - que foi de meu pai - estas duas páginas do Domingo Ilustrado de outubro de 1971, época do Festival da Canção do Rio. Fofocas, fofoquinhas, fofocões.
O Domingo Ilustrado era um jornal lindo editado por Samuel Weiner, coloridíssimo, imenso, cheio de páginas com matérias ótimas, fotos magníficas, o papel super bom o que faz com que depois de tantos anos, as fotos estejam perfeitas, o jornal inteiro super lindo e pronto pra ser lido ainda e tirar um grande sarro.
Por ser muito grande e estar encadernado é impossível escanear. Só rola fazer fotos. 
Já coloquei algumas matérias aqui no blog e, agora, jogo esta: um barato 70!




















Passeio Antiguinho . Hospital Santa Isabel de Salvador









Ano passado estive no Hospital Santa Isabel e levei minha máquina para fazer umas fotos porque me lembrei dessas imagens em faiança que ficavam no salão e queria fotografá-las. Digo imagens porque me lembrava de ter visto mais que essa, a da Caridade. Onde andará a Esperança e a Fé? Ou não existirão mais, ou mudaram de local dentro do hospital ou a Fé e a Esperança já deixaram mesmo de existir?
Bem, aproveitei e fiz estas fotos que aqui estão. Com esperança e com fé. 










Adoro este pé de luminária em ferro com o Ordem em Progresso!



A ferragem e a bolsa rosa...
O caso da bolsa rosa...
De quem será a bolsa rosa? 
O crime da bolsa rosa...
Era uma vez uma bolsa rosa...
A bolsa rosa do hospital...











 E o chão em paralelepípedo do interior do hospital. O paralelepípedo é coisa rara em Salvador que já foi, um dia, todinha pavimentada com essas pedras. Agora são poucas as ruas que ainda têm. 
Portanto, vamos fotografar paralelepípedo!


quarta-feira, 15 de junho de 2016

"Quero ser pálida e interessante"!



Ilustração num dos livros da coleção O Mundo da Criança.
O Mundo da Criança é uma coleção que existe desde os anos 20 do século passado. Agora, não vejo mais ser vendida por aí, nem mesmo adaptada para o mundo moderno da criança.
A coleção era feita para os petizes e para os papais com ensinamentos variados de como criar e cuidar bem dos filhotes.
Eu tenho a coleção há um tempo e comprada em um sebo como quase lixo. Uma pena! A coleção tem fotos maravilhosas e textos interessantes, como o da piada acima, textos, hoje, completamente datados, de época e  pra serem lidos dando muita risada, pois o mundo mudou, as crianças mudaram e os pais são outros.