"Aspecto" do trancetê que é a Rua do Lavradio no dia da feira. É uma delícia ver tanta coisa sendo vendida, a animação do carioca e dos visitantes mas, sinceramente, eu não aguento tanta gente e o calor insuportável do Rio. Dei a minha volta básica, almocei e segui depois para a Chácara do Céu e a Casa de Laurinda Santos Lobo em Santa Tereza.
Este gato estava dormindo na calçada da porta de um restaurante. Um vai e vem de gente e ele pregado, não dava a mínima. Todos olhavam. Passei duas vezes por lá e ele na mesma posição. Deve ser um gato da Rua do Lavradio do século XIX. Do tempo de Machado de Assis. De Bilac!
O furdunço.
Vitrine tremida e caixa de queijo Catupiry. Tudo se vende e tudo se compra.
Edifício catito em estilo Art Déco na Rua do Lavradio onde predomina, ainda, as casas do XIX e do início do XX e todas conservadas, nos trinques.
Edifício Magdalena em letra cheia, déco.
Praça Emilinha BoRRRRRRRba! Nem sabia que existia e entrei em transe, em choque. Lá dentro, depois das grades, era uma multidão, coisas pra vender, barraquinhas e muita agonia pro meu gosto. Fiquei pelas bordas da Borba. Um calor! Mais forte do que deveria ser o calor do auditório da Nacional nos anos 50. Adorei as Emilinhas recortadas em papel ladeando a entrada da praça e os posters da Rainha da Marinha, do Rádio e agora, da Lavradio.
Boneca!
Boneca!
Boneca!
Boneca!
Boneca!
Boneca!E Emilinha com a estola da Praça XV!
Boneca!
E os shows acontecendo na entrada da praça. Música, vozerio, ansiedade do povo, muvuca, calor, aflição, sofreguidão e calor, calor, calor!!! Tem que sair pra respirar e foi o que eu fiz: um táxi para Santa Tereza. Melhor seria, Um Táxi para Viena d'Áustria!!!! Mais friozinho...
No primeiro domingo de cada mês acontece na Rua do Lavradio uma feira de artesanato e de antiguidades. Muita gente, todos os restaurantes da rua abertos, shows na rua - entrada da Praça Emilinha Borba (!) e, é claro, muita fechação, muito furdunço e animação. A ida à feira é um ótimo passeio. Comprei quase nada: tudo caríssimo! Encontrei por lá, talvez vinda de algum show, a Isabelita de...chinelinha baixa para descansar a patinha. Ela posou pra mim e, depois, fui seguindo a argentina andando na minha frente. KKKKK Ela é popularíssima, sempre parada e requisitada pelo povo para conversar e tirar fotos. Ela me disse que está vindo pra Salvador fazer show e me deu um cartãozinho já devidamente autografado. Antiga, Isabelita!!! Um amor de "arrentina!"
Claudette é a dona, a sócia - proprietária da bossa, da bossa ligeirinha, balançada, de ritmo acelerado e que ela canta com dicção perfeita e ninguém perde uma palavra das letras. Cantora das boas! Claudette aos 79 anos - broto completamente - está lançando mais um "carnaúba" em que, dessa vez, ela é a dona de Caymmi. A foto é do Face de Claudette.
Um Dolores Botafogo moderno para Claudette. A glace não deve ser de limão e poderia ter uma bonequinha com microfone na mão no meio do bolo. Decoração mais Dolores. Foto do face de Claudette.
Fotos em 30.10.2015. Dia 01 de Novembro é o Dia da Baía de Todos os Santos, então...Parabéns!!!
Ui! É lindo também em dia nublado.
Tranqüilo. Com trema e tudo. Tremendo na base.
Futuro Fasano. Fasano Futuro. Que todos os Santos, Deus, Iemanjá, todos os Deuses guardem e protejam a nós todos e, também, os futuros hóspedes do Fasano.
O Fasano e ao lado, a caixa de sapato, isto é, o Glauber.
Cine Caixa de Sapato. Medonho.
O Edifício Sulacap. E será que irão arrancar as pedras portuguesas por aqui também? No Rio o que se vê, são operários calceteiros consertando os passeios danificados.Viva!!! Tudo o que é português está desaparecendo por aqui e, agora, com o novo programa de História a ser aplicado no ensino das escolas, tudo o que é europeu deverá passar batido. Uau!!! Vamos ficar sem lastro, sem História, sem chão. A começar pela gradativa retirada das pedras portuguesas com seus lindos desenhos e onde pisamos durante esses 500 anos. Agora serão outros 500. Nublados e tristes. Triste Bahia.
Mirante Quem Se Habilita. Uma graça. Tem escultura de Iemanjá no fundo.
Lindo balaústre. Aliás, é o que mais gosto neste sítio.
Mirante Quem Se Habilita. Uma graça.
Mirante Quem Se Habilita, voltado para a Preguiça. Quem se habilita? Ali, os futuros hóspedes do Fasano poderão desfrutar da linda paisagem da Bahia de Todos os Santos. É só andar alguns metros e já dá no Quem Se Habilita. Todos voltarão para o luxuoso hotel com todos os seus pertences. Evidentemente, não é mesmo?
Iemanjá que nos proteja. A mocinha, contritíssima, faz um pedido à Rainha do Mar. O pedido deve ser: "Iemanjá, eu quero ter o meu direito de ir e vir na minha cidade, é só isso o que peço!"
Enquanto estava na Corte - Rio de Janeiro - li em O Globo esta matéria de 06.10.2015 e fiquei mais admirador do artista e pensador, sim! pensador Frans Krajcberg e pela lucidez com que ele fala do Brasil, do mundo e seus problemas atuais mais graves, os quais concordo e constato assim como ele: a falta de cultura, a crise moral, a alienação das pessoas, o descaso com o planeta em relação à sua conservação, ao clima. Etc. Etc. Triste fiquei de saber um pouco sobre a sua vida, porque não sabia que ele era uma pessoa só, sem família, um sobrevivente da Segunda Guerra Mundial. Triste fiquei em saber que a sua defesa pela preservação do lugar em que mora há muitas décadas, na Bahia "de meu deus", o fez por lá uma persona non grata, mal vista, maldita e ameaçadora (!!!) no local, devido ao seu trabalho de preservação. Triste. Triste fiquei em saber das agressões à sua pessoa, ao roubo de um "cordão", única lembrança material da mãe. Crueldade. Bem, sei que ninguém mais para para ler, pois agora só se veem figuras, imagens e textos só os curtos ou legenda mesmo, mas, quem quiser "perder" um tempinho e "ganhar" um pouquinho da sabedoria de Krajcberg é só ler o texto desta matéria do jornal que eu trouxe do Rio, escaneei e recortei para colocar aqui. O sentimento que sinto eu expresso com uma frase já tão usada e banal em relação a muitas coisas e pessoas: "o Brasil não merece...". Lá vai ela: O Brasil não merece Krajcberg.
A menininha ao telefone fazia parte de um conjunto, o vovô, a vovó e a netinha, todos ao telefone. São enfeites de cerâmica para decoração em paredes. Comprei só a netinha no papo com o ENORME telefone preto. Os avós estavam acabadérrimos. Provectérrimos! A menina, fardada e faladeira, já está na parede da minha cozinha. Nostálgicos esses enfeites!!!! Anos 30, 40??
Cena romântica de casal em Cuba de antes da revolução. O radinho de pilha, ao lado, é bom demais. O casal me lembrou Ruth e Carlos, os protagonistas das cartinhas de amor e de tristeza. A roupita da Ruth está ótima, super retocada. Linha cheguei. Comprei esse postal, belezoca, na feirinha da Glória, Rio.
