domingo, 11 de janeiro de 2015

Nina Chavs . Paris Via Varig






Nem me lembrava que tinha comprado este livro de Nina Chavs no Rio, nas minhas poucas estadas pela Corte.
Quando há alguns anos tive que me desfazer de muitos livros, revistas, papéis, tralhas e mais tralhas para poder viver em outro local e poder transitar nele- ou eu ia ou iriam os papéis- fiz uma seleção daquilo que eu não poderia, ainda, viver sem. Separei todos os livros de crônicas, que é um gênero que adoro e que fui acumulando ao longo da.
Guardei os livros de Rubem Braga, Paulo Mendes Campos, Carlinhos Oliveira, Antonio Maria, Drummond, Elsie Lessa e este de Nina Chavs. 
A crônica por ser curta e de condensar naquela página, página e meia, tudo o que se quer dizer a respeito de um assunto sem rodeios, é a melhor coisa pra se ler antes de dormir. Na cama. A leitura é rápida e o sono vem.
Como é bom ler uma crônica de 1956, de 1961, de 1970, sem compromisso, crônicas antigas, assuntos passados, mas, de tão boas, gostosas de ler e bem escritas, não têm data, são eternas, ficaram, ficam e ficarão pelos séculos.
Este livro de Nina Chavs é uma delícia de ler. Infelizmente acho que ela só publicou ele. Nina se continuasse a escrever faria uma carreira de escritora muito boa, no nível de uma Elsie Lessa. Lembranças, viagens, pessoas, divagações, reflexões, o mundo de Nina. A vida de Nina. E ela tem o que contar e conta bem. 
Escaneei a orelha do livro escrita por Justino Martins, o prefácio de Jorge Amado, a introdução-Intenção- feita pela autora e, também, duas crônicas, as duas últimas do livro. Nelas estão o humor, a ironia e a inteligência da autora.

 Jorge Amado fez também o prefácio do livro de crônicas de Elsie Lessa, Canta que a Vida é Um Dia.
O prefaciador das cronistas!
Prestigiou o que é bom.





















sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Nara Leão





Foto da capa do LP de Nara em 68, reproduzida em matéria do Correio da Bahia, 2004.

Três Paninhos de Crochê

 Este, em ponto irlandês, é o mais bonito pra mim. Minha bisa, Nini, era craque neste tipo de crochê que, tem a característica de ter os pontos revestidos em ponto festão, chamados também de meio ponto, e detalhes, enfeites em picôs.
Quem quiser tirar o ponto, é só apurar a vista. 



 Este é irlandês também. Ponto apertado e festão na borda. Tá velhinho, se desfazendo. A linha apodrecendo. 
Adoro!
Quanto mais velho, melhor!




Este, bastante antigo, imita renda e tem uma forma muito bonita e incomum.
Todos os 3 Paninhos já não rolam mais por ahaí, não se fazem mais com tanta frequência porque, o número de prendadas caiu bastante- por que será???- e o costume dos Paninhos embaixo de jarrinhos e biscuits saiu de moda, ficou super cafona. 
Concordo, mas um crochê bem feito, de truz tem o seu lugar, isto é, nas casas das pessoas de bom gosto.
Uma Toalha, uma Toalhinha ou um Paninho de crochê quando bem usados e, numa casa em que se saiba misturar o antigo com o novo fica bem. Muito bem!
É bem usar crochê!
Sou defensor do crochê!
Viva os Paninhos!



quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Alka-Seltzer . Propaganda . 1951




Glima Modas


Tão importante quanto o livro e o seu conteúdo é o papel que, às vezes, vêm como forro. Este da Glima Modas é algo!
 Além de bonito com suas flores e buquês estampados em cores vivas e pálidas está cheio de lembranças e informações de época como o endereço da loja, a localização, o ramo-moda-o número do telefone de 5 números!, a marca do papel, o nome da fábrica que ficava na Guanabara.
 Enfim, são pedacinhos de Salvador em um pedaço de papel! 
Me lembro dessa loja, mas não lembro direito onde ficava, em que altura da outrora elegante 7. Era em São Pedro, mas??...
Amei este papel, velho, manchado, rasgado, um lixo luxo aqui no Antiguinho.
Espero que me apareçam muitos livros forrados com papéis de lojas antigas, livros forrados por mãos que tentavam preservá-los, prolongando a sua existência.
 Ai, se me aparece um papel das Duas Américas, um da Sloper, da O Cruzeiro, da Saffilhos, da Sarkis, da Lobrás, M Kraychete, C Sampaio, Casa da Música KKKKK... Viverei a escanear!
E a forrar o Antiguinho.








Passeio Antiguinho . Travessa Vidal da Cunha


Dando a nota de distincção na entrada da Travessa, ruela, viela, beco Vidal da Cunha o belo e bem
tratado gato da vendeuse na esquina. Ela me disse que "ele é castrado e só come ração". Chiquérrimo! Portanto, não é um gato qualquer, é um gato de linha!
 É o dono, o guardião da travessa. Deve ser um descendente direto dos Vidal da Cunha. 
A ruazita, o bequito não dá nem para entrar direito. Dois carros se enfiavam por lá estacionados não deixando espaço dos lados e, ao final, um monturo de lixo impede a passagem de qualquer ser. Entrei até onde deu e fiz essas fotinhas.
Eu adoro a casa que fica no final da travessa. É linda! 
No tempo das Cruzadas, eu fui em um aniversário lá. Pode? Uma tia era amiga dos da casa e lá fomos nós comer empadinhas...
Depois dessa casa ainda tem uma escada que vai dar em uma casa mais abaixo. Pois é! Uma "desça" sem fim.
É coisa, nessa Bahia de meu deus! 
São buracos magníficos que vão dar em surpreendentes paisagens, que revelam vistas novas da velha Bahia de Todos os Santos. Aqui, no, na Vidal da Cunha ela surge através de uma nesga, uma fresta, uma talho.
Vamos olhar o buraco?


 Adorei a sapatilha vermelha. Será que ela comprou na Jaciara, na Rua Alfredo Brito no Pelourinho? Quando eu passar por lá, vou perguntar. 
A Jaciara tem um grande estoque de calçados...uma loja muito sortida.






Eu sou um Vidal da Cunha! Exijo respeito na minha travessa!

Passeio Antiguinho . Chuva, Ondina e Pedra Portuguesa



segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Teresa Souza Campos . 1969


O que é isto, minha gente?
Que foto é esta?? 
E que mulher é esta???
Olhem o tamanho, o diâmetro da boca da pantalona!!!
E a estampa de bolas imensas!!! Bolas, aliás, bolões como estes, quem poderia ou pode ousar vestir???
Pra usar, envergar, um costume desses tem que ser uma super mulher, uma super elegante e, Teresa Souza Campos foi, ou é, esta mulher.
Teresa fazia parte da Santíssima Trindade da Elegância Carioca ao lado de Lourdes Catão e de Carmen Mayrink Veiga. As três eram as rainhas: abafavam, fechavam, trancavam.
E olhe que na época da trinca, anos 50/60, sobrava mulher elegante e refinada.
Esta foto de Teresa está na Enciclopédia da Beleza Feminina de 1969 mas, é tão deslumbrante que, pra mim, não tem data. 
É 2015, é 3015 é...