quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Maria Odete . Revista Intervalo . 1967



Maria Odete em duas matérias para a revista Intervalo, a primeira de janeiro de 67 e a segunda de fevereiro de 67. Eu adorava Maria Odete, tinha umas músicas do repertório dela que eu amava. Dá-me era uma delas. Uma outra dizia assim, eu vim de um mundo desigual...preste bem atenção para o que eu vou dizer, pense profundo pois esse mundo bem pode ser o seu... a realidade é a verdade que mais se custa a crer... Ultimato era o nome! Acho que ela cantava também Símbolo de PazUm Dia e Boa Palavra ela arrasava e tinha outras...e ela cantava bem interpretando, tipo visceral, arrebatada, aquele olhão azul dela, eu adorava Maria Odete que, entre tantas outras boas cantoras da época, era muito original, não imitava ninguém.

Na primeira matéria ela diz uma coisa certa e que ela já percebia, Gil era uma outra Bahia, com belezas e problemas sociais, desigualdades e depois ele botou pra fora a Bahia negra que estava dentro dele, e Caetano, o poeta. 

Caetano podia ter dado, além de uma boa palavra, uma passagem aérea para Maria Odete conhecer a Bahia...ainda tá em tempo, um dia, quem sabe.









 

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