Endoidei.
Tudo estava sendo vendido a preço de banana - quando a banana deveria ser barata - mas eu, nessa época, estudante, não tinha nem dinheiro pra comprar uma banana, mas, mesmo assim, o que eu tinha no bolso deu pra comprar: uns broches lindos de metal pintados tipo anos 40, 50, um pote de vidro de sal para banho de gomos, bojudo e com tampa também de vidro, lacrado e, essas duas caixinhas de alumínio do Pó de Arroz Realce. Caixas lacradas e ainda cheias de pó e que até hoje cheiram. Cheirinho de pó. Cheirinho de mulher antiga.
Os broches dei de presente pra umas amigas da época e guardei alguns. O pote de sal, guardei por séculos, mas não sei onde foi parar, deve ter quebrado - ódio! - e as caixinhas de Realce, algumas eu dei e essas duas conservei.
O flanar pelo Comércio se deu no final dos anos 70.
Branco e Ocre. Dois tons a escolher. Ainda há tempo.
Tempo pra dar um realce.
Ui!!!!
Ui!!!
Realce!!!!
E olhem o pó! Pó de Arroz de época!!!!
Em cima da minha penteadeira dá uma vida! Um realce!
As amiguinhas que estiverem para ir a uma festinha - olhe o fim de ano novamente chegando - e queiram usar um pouquinho do pó branco ou ocre, eu posso disponibilizar pra dar um realce na cútis.
Na face.
Na tez.
Na cara.
Viktor Lazlo. Ouçam e embelezem-se.
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