Um leitor aqui do blog me pediu há tempos que eu fotografasse para ele uma página do jornal Domingo Ilustrado, uma coleção que meu pai fez nos anos 70 - 1971 - e depois me deu de presente os exemplares encadernados. Fiz as fotos e depois fotografei outras coisas interessantes pra colocar aqui, como essa matéria sobre as casas noturnas Flag e a Number One que, naquele ano de 71, estavam dividindo a frequência dos boêmios, intelectuais e elegantes cariocas da época. "Guerra na Noite" foi como chamou a jornalista Maria Lúcia - seria a Dahl? - para a divisão e as preferências dos notívagos cariocas.
Me lembro que por essa época li uma entrevista de Danuza Leão e ela dizia que a vontade que ela tinha naquele momento seria cantar na noite do Flag. Será que cantou? Deve ter cantado. Quem recusaria um desejo de Danuza?
O que eu gostei também foi ver as fachadas das duas casas noturnas que eu nunca tinha visto, imagens dos seus interiores e os seus frequentadores, todos elegantes, cada qual defendendo os seus territórios.
E quem seria esta cantora se apresentando?
Página do Domingo Ilustrado de agosto de 1971.
Jorge
ResponderExcluirAchei graça o Jorge ter usado o termo boite, directamente derivado do francês boîte de nuit. Também nesse tempo era a palavra que se usava em Portugal para designar essas casas nocturnas, onde se bebia, dançava e se podia também assistir a um pequeno espectáculo. Agora o termo é discoteca, que no passado se usava para designar uma loja que vendia discos em vinil. Enfim, tudo coisas antiguinhas.
Um grande abraço de Lisboa
Boite não é melhor??? O povo anda tão ignorante que nem deve saber o que é uma boite. A palavra já foi aportuguesada como muitos outros termos em francês. Prefiro a grafia antiga. As casas noturnas gays são sempre chamadas de boite, melhor, boate gay.
ResponderExcluirAqui no Brasil as palavras discoteca, danceteria já saíram de moda, agora é casa noturna que acho até melhor.
Boite é coisa do tempo do abajour lilás.
Abraços.