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segunda-feira, 1 de março de 2021

Um Clichê . Um Papel de Embrulho


Um papel de embrulho com essas figuras geométricas que não querem dizer nada - ou tudo - a fazerem uma composição num campo branco de figuras cheias e figuras vazadas. Amo um papel de embrulho antigo com composições assim, absurdas, malucas, produzidas em tipografias ou em gráficas simples, analógicas, mal impressas, borradas e sem nitidez, bem artesanais, estampas feitas à partir de clichês tipográficos gravados à mão, em metal, para serem rodados e transformados em rolos, nos rolos de papel. Rolos que depois iam para os armazéns, lojas, farmácias, armarinhos... e enrolavam tudo, miudezas e grandezas. 

Esse papel, super amarelecido e vincado, na verdade um pedacinho de papel, estava enrolando há anos um agulhão de costurar saco e, não é que precisei dele depois de tanto tempo!... desenrolei o agulhão, ainda bem que não tinham colocado durex que arrasa com as estampas e fui esticá-lo no ferro para escanear.

Moderníssima a estampa, uma coisa meio Niemeyer, não?

Será que é dele a autoria do chique clichê?






 

2 comentários:

  1. Um olhar especial sobre coisas simples. é isso.

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  2. Sim, eu vejo beleza nesses desenhos simples e de impressão rudimentar , comparada ao que se tem hoje. Gosto demais e acho engraçado. Maluquices super interessantes.
    Essas coisas passam batidas, eu olho e vejo beleza.
    Abraço, Touché. Saúde!!!

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