Essas fotos são de 2016, feitas no Pelourinho pelo amigo Paulo quando veio aqui em Salvador. Na época fiz a linha centrão, levando o amigo a pontos turístico da cidade. Desde então voltei lá só mais duas vezes. Difícil ficar andando por aí como eu fazia - e todos faziam - algum tempo atrás. Como dizia o robô de Perdidos no Espaço: - Perigo! Perigo!
Ultimamente me liguei no balangandã que acho tão bonito, mas, pra muita gente aqui, ter um na decoração da casa é assaz cafona. Já era. Eu também acho, mas daquele antigão de prata de lei ou de bronze, cobre ou mesmo latão, com aquelas peças todas trabalhadas no buril e muito bem feitas é um deslumbramento. Hoje os balangandãs que estão à venda em pontos turísticos são desses tipos aqui, alguns até bonitos, outros, feios e grosseiros.
Tenho aqui em casa um mini balangandã que ganhei de presente de uma amiga. Bonito. Também tenho duas cabaças antigas de cobre muito bonitas.
Essas peças fica para um balangandã 3.
No mais, sai coisa ruim!
Acho muito interessante!Abraços!
ResponderExcluirAgora me deu vontade de ter um, mas bem antigo e bem trabalhado. Só me faltava ter esse desejo de consumo...realmente acho que eu sou uma pessoa do século XIX, do tempo que se ia às ruas com um balangandã na cintura. Nesse caso eu seria uma baiana...o homem carregava um patuá que, aliás, eu acho lindo também.
ResponderExcluirAbraços.
Jorge
ResponderExcluirFora do Brasil o balangandã é sempre associado à Carmen Miranda, com o seu estilo fabuloso, de chapéus e sapatos de salto, que desafiavam as leis da física. Não há dúvida que a Maria do Carmo Miranda construiu no exterior uma imagem do Brasil e da sua alegria de viver que continua a perdurar na Europa, nos Estados Unidos ou no Japão.
Um abraço do outro lado do mar
Luís, querido amigo português, Maria do Carmo não construiu nada, quem construiu foi Carmen Miranda, nascida artista no Brasil para o mundo. Maria do Carmo não é ninguém. Acho que nem Carmen lembrava de ser portuguesa de nascimento. Isso é irrelevante. São simples dados biográficos. No trabalho dela não tinha nada que lembrasse Portugal. Acho que ela deve ter vindo muito cedo de Portugal e virou uma brasileira nata.
ResponderExcluirO balangandã é joia de negra, adereço rico das negras alforriadas que fizeram alguma fortuna ou não, também daquelas pobres que economizavam os vinténs para comprar um item da penca por vez. Ou das negras empregadas em casas de ricos que as levavam para passear ostentando as ricas joias, famílias ricas, negras ricas.
Mas o balangandã tinha o seu valor místico, espantava maus olhados, inveja, o desdém alheio, o ódio.
Vejo muita coisa de Carmen no Youtube e não me lembro dela usando o balangandã...vou fuçar mais.
Infelizmente a Carmen Miranda, a artista brasileira, está tão esquecida por aqui. Acho que deveria ter um aeroporto Carmen Miranda, um armarinho Carmen Miranda, tudo poderia levar o nome dela, já que a artista levou o nome do Brasil para o mundo todo, botou o Brasil no mapa, atendendo a uma política da época ou não. Se não tivesse talento teria sido um fiasco e não ficaria um ano nos States. Atriz de um filme só.
Carmen tinha graça, malícia e humor tipicamente cariocas, ela e Aurora eram duas meninas do Rio de Janeiro, brasileiríssimas e jamais associadas a Portugal.Nem sotaque tinham.
Acho que a alegria de viver e a imagem positiva do Brasil que ela divulgou lá fora acabou. Se não louvam Carmen, hoje, aqui, é porque a alegria acabou.
Acho que você está me entendendo.
Ester de Abreu, Olivinha Carvalho, foram cantoras que construíram carreiras aqui cantando repertório português. Carmen era sambista. Brasileira autêntica. Muitas cantoras brasileiras começaram as suas carreiras imitando Carmen.
No item Carmen Miranda, o Brasil não deve nada a Portugal e nem Portugal pode reivindicar nenhum direito sobre Carmen.
Pasteis de Belém aí, Carmen aqui.
Espero que tenha entendido o meu ponto de vista sobre Carmen que é o de todos por aqui. Pelo menos quem é fã e lembra dela.
Saúde, saúde para todos nós neste momento triste...e a gente lembrando de Carmen Miranda KKKKK