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quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Duas Frenéticas

 Gisella em foto dos anos 70 de Antonio Guerreiro
Amo essa foto!


Ontem duas "frenéticas" ascenderam ao céu. Cada uma na sua prateleira, na sua seara, as duas brilharam freneticamente naquilo que fizeram em vida. Gisella Amaral há anos era uma presença constante na noite acompanhando o marido, Ricardo Amaral, em seus empreendimentos no Rio e mundo afora. Mas, Gisella, era uma mulher do dia também, trabalhava, e muito, em seus projetos e atividades de benemerência ajudando e assistindo pessoas necessitadas. Super católica, ela se entregou totalmente a ajudar o próximo e não parava nunca, parecia que não tinha limites. Era um dínamo! 
Uma vez li que ela trocava de roupa dentro do carro entre um evento e outro kkkkk, imagino a quantos lugares ela ia em um só dia para cumprir compromissos e batalhar o sustento para suas obras. "Fazer" era o verbo que cabia na bela por dentro e por fora que foi Gisella Amaral.
Há algum tempo eu sabia que ela estava doente, mas sempre ela melhorava, reaparecia e sempre estava de volta ao batente. Ontem, notei uma procura exagerada por um post que eu fiz há algum tempo aqui no blog dela com Carmen Mayrink Veiga e, indo ao Google, li a notícia do seu falecimento.
Espero que o trabalho que ela fez tenha prosseguimento.
Edir de Castro era uma das 6 Frenéticas, grupo musical que eu adorava e do qual tenho, ainda, todos os LPs que elas gravaram. As Frenéticas foi um grupo que surgiu em 76, 77, em uma ascensão meteórica. Era o máximo o som que elas faziam super dançante, cantavam e dançavam super bem etc. Depois o grupo foi acabando, teve uma outra formação breve que resultou em um LP, depois parou, voltou novamente, rolou um CD e depois acabou de vez.
No tempo em que o grupo esteve parado, Edir de Castro trabalhou como atriz e, muito tempo depois, eu soube que ela tinha ido para o Retiro dos Artistas no Rio de Janeiro e que estaria doente. Ontem ela faleceu. Abriu as asas. Voou. Descansou.
É isto, meu blog se nutre de coisas fúteis, de banalidades, das coisas que acho bonitas, de arte de maneira geral, de antiguidades - as minhas velharias - meus lixos que acho luxos e, também, se compadece, eu me compadeço, fico triste quando pessoas que eu admirava se despedem da vida, deixando o nosso Brasil mais careta, mais triste.



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