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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Dona Isabel de Orléans e Bragança . A Condessa de Paris

 E fumando o seu bom cigarro...elegantérrima!


No início dos anos 2000 fui a uma biblioteca aqui em Salvador e encontrei, por acaso,  o livro de memórias de Dona Isabel, o De todo Coração. É um livro de mais de 500 páginas, eu não tinha lido e sempre quis ler, portanto, tomei emprestado.
Lá mesmo, na biblioteca, vi logo na primeira página do livro uma dedicatória escrita de próprio punho pela Princesa para uma conhecidíssima socialite baiana. Um privilégio! Uma sorte!
Ai, se tivesse sido escrita pra mim!
Mas o livro estava intacto, parece que a tal socialite nem se deu ao trabalho de abrir o livro e ler. E nem ao ao menos teve o sentimento de guardar, em respeito à Princesa e pela linda dedicatória a ela feita no exemplar que comprou ou ganhou, sei lá. 
De todo coração, fiquei chocado! Dérrimo!
Li o livro. É ótimo. Histórias de família, com seus momentos tristes, dramáticos, outros alegres, cor de rosa e que envolve a  História do Brasil, a da França, a da Europa, enfim, que fala de um passado que pertence a nós todos, brasileiros, e, pelo menos a mim, interessa.
Para a socialite não interessou, não agradou e apressou-se em doar. Em se desfazer. Coitada!
Mas fez bem até! Só assim eu pude ler e também as outras pessoas que o tomaram para ler depois de mim. 
Ainda bem que a coitada não jogou no incinerador do prédio, não jogou no lixo ou arremessou pela janela do carro depois do lançamento.



Obituário em O Globo, 2003.
Remexendo nos meus guardados antigos, encontrei este recorte do Jornal O Globo e me voltou à memória o fato que narrei.
Cumpra-se. Publique-se. 



2 comentários:

  1. O Conde e a Condessa d'Eu que eu conheço, foram a Princesa Isabel e seu esposo. Após o exilio em 1889 , a princesa Isabel jamais retornou ao Brasil, muito menos acompamhada do esposo e da neta que tinha o mesmo nome, e menos ainda visitou o nordeste com o espos e a neta. O Conde d'Eu esteve no Brasil em janeiro de 1921 para o repatriamento dos caixoes do Imperador D. Pedro II e da esposa Dona Teresa Cristina. Veio acompanhado do filho mais velho, pai da Condessa de Paris, da qual é a matéria do jornal. Pode ser que ela tenha vindo também. A Princesa Isabel não veio, já estava doente quando de lá eles saíram no final de 1920, aliás ano do fim da Lei do Banimento, e não 1922 conforme fora citado também. Em 1922, o Conde d'Eu voltaria de novo ao Brasil para as comemoraçoes do centenario da independencia em setembro. Porem ainda a bordo do Navio Massilia, teve um mal subito e faleceu aos 80 anos. Teve seu corpo velado no Rio de Janeiro e depois devolvido a França, onde a Princesa Isabel já tinha sido sepultada desde de novembro de 1921.

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  2. Boa noite, essa D. Isabel, Condessa de Paris, era neta da Princesa Isabel. Era escritora e tem dois livros publicados. O título de Condessa foi dado a ela como uma deferência.
    O livro de memórias, aqui em questão, é muito bom!
    Um abraço.

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