O vestuário ficou reduzido ao mais simples, mais rasteiro, mais vulgar. Não há estética alguma, não há nada nele que se possa dizer, por exemplo, a expressão, simples e bonito. É comum, triste, horrível. Horripilante.
Esta imagem é o que eu vejo pela Av. Sete, Av. Joana Angélica, nos ônibus, no bairro em que trabalho, enfim, toda a Salvador. E deve ser todo o Brasil.
Fui atrás de fotos de 1914 na Casa de Noca e achei umas coisas interessantes para fazer uma comparaçãozinha. É claro que tudo mudou, pra pior e pra melhor. A educação se reflete também no modo de vestir.
Um casal de negros do período 1910/14. Que distinção!
O homem está elegantíssimo de paletot e tirou o chapéu para fotografar. A mulher de vestido escuro e manga presunto. Muito bem! A criancinha de casaquinho transpassado, abotoado com quatro botões sobre a roupa de baixo. A gola ampla, tipo aba ou uma pelerinezinha, debruada com um bico.
Uma beleza!
Rua da Ajuda e a Igreja de Nossa Senhora da Ajuda e transeuntes.
Esta foto é de Jequié. Época em que houve uma grande enchente na cidade. Todos devem estar com roupas de algodão.
Largo da Carioca, Rio, 1914. Belezoca! Todos trajando diferente. Cada um do seu jeito.
E que quiosques lindos! Hoje seriam barracas, tendas, no meio da rua.
As baianas de acarajé agora ficam embaixo de tendas. Quilométricas!
Onde será essa Rua Grande???? Os homens são de uma banda, de uma philarmônica.
Cidade de Xique-Xique, período de seca. Descalças e com cara bem de pobres, mas decentes no trajar. Todas em algodão. Tem umas de estampado lindo! As calçolas de cordão, também deveriam ser de algodãozinho. As "partes" respiravam. Hoje vivem abafadas nas lycras enfiadas nas fendas e reentrâncias e a feder.
Recife????? Mas é igual a entrada da Rua da Ajuda em Salvador...Será que a Casa de Noca se enganou na informação?
Que horror!
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